Crônica da Cidade
por Eliana Kruschewsky –
As pessoas que me procuram, em sua maioria, estão envolvidas por vários tipos de situações das quais acreditam que nunca sairão. Quem já não se viu envolvido em situações difíceis nos aspectos: afetivos, amorosos, financeiros, físicos, geográficos, profissionais, fraternais, familiares, saúde e espirituais? Será que você já sentiu na pele algumas destas situações que até chegou a chamar de problema? E, quando pensava que não ia conseguir resolver, de repente, se resolvia, mas logo após já se envolvia em outro tipo de situação problemática?
Isto já aconteceu com você?
Parabéns, é mais uma prova de que você nasceu no planeta certo, e na época propícia.
A impressão que você tem é que os problemas nunca o abandonarão, não é mesmo? E que quanto mais você reza, mas complicações surgem… Qualquer semelhança é mera coincidência?
Sempre que damos a chance, alguém nos conta pelo menos um de seus problemas.
Outro dia eu estava conversando com uma pessoa e, de repente, ela me pergunta; “Mas qual é o seu problema?” Problema? Respondi que eu não tinha problemas. Então, ela me perguntou: “Então o que você está fazendo aqui?”.
Parei para refletir após esta pergunta e confesso que na hora não tive respostas. Não a resposta que ela queria ouvir. Sempre acreditei que existem situações que, se não cuidarmos, podem se transformar em problemas.
Pessoas procuram ajuda quando estão com problemas e sofrem um longo processo até resolver tal situação. Logo, situações são para serem resolvidas, mas problemas não. Explico.
Existem situações financeiras, amorosas, de saúde, judiciais, familiares e outras. Tais situações acontecem na vida de qualquer ser humano. Claro, pois estamos aqui para aprendermos a lidar com tais situações que em outras existências tivemos que deixar mal resolvidas.
Frequentar este planeta, é o mesmo que frequentar uma universidade, mas que existem certas disciplinas que nos reprovaram de alguma forma e ficamos devendo tal disciplina. Logo, adentramos um outro ano (encarnação). Trazemos a matéria reprovada para ser recuperada e resolvida. Assim são as situações em nossa vida que, muitas vezes, não entendemos porque tais situações vem até nós. Afinal somos tão bonzinhos e não fazemos mal a ninguém. Concordo, mas e antes? E em outras existências? Você tem ideia do mal ou do bem que fizemos a outros em outras existências?
Já ouviram dizer na história da humanidade que um líder orientava seu exército a matar famílias inocentes? Já assistiram filmes em que o rei poderoso e rico usava seu ouro para comprar tudo e todos e humilhar outros? Já souberam, na história, como os reis se comportavam e como outros tantos maltratavam inocentes mulheres e crianças? E os que mandavam degolar pessoas, crucificar e torturar outras só para imporem o poder soberano?
Quem foram estes? Uns criminosos, uns usurpadores, uns maldosos e arrogantes?
E eles sabiam das leis de causa e efeito? Da lei do karma? Das leis da sincronicidade vibracional? Com certeza, não sabiam e muitos de nós ainda não sabemos e, por isto, muitos ainda realizam atos impunes e cruéis.
Raciocinando, se o planeta Terra é uma oportunidade de resolvermos nossos karmas, nossos débitos do passado e, através de provas e expiações, desenvolvermos nossa consciência e pagarmos tudo que fizemos de errado em outras existências, a pergunta é? Estes reis poderosos, estes assassinos cruéis, estes vândalos rebeldes de séculos passados estão ou não estão encarnados aqui no planeta Terra?
Todos que aqui estamos, temos algum tipo de débito espiritual e em algum grau e estamos aqui pagando em forma de resgates existenciais de convivência familiar, profissional, através de uma doença em alguma parte do corpo sem precedentes, através de vários tipos de dificuldades, financeiras, culturais, afetivas e outras.
O importante é que nos foi dada a oportunidade para resolvermos situações que trouxemos de outras existências e não deixarmos tais situações se transformarem em problemas. Enquanto é apenas situação, implica que dá tempo de resolver sem deixar mais sequelas, mas quando deixamos reverter em problema, implica que estamos repetindo os mesmos erros do passado.
As situações que nos surgem, sejam elas de que aspecto forem, são benéficas para aproveitarmos melhor nossa encarnação exercitando nossa evolução espiritual, mas, o acúmulo de problemas consequenciais, estes são danosos e cruéis contra nós mesmos.
As situações sempre existirão, senão a nossa existência atual não teria sentido, mas os problemas, somos nós que criamos, deixando a situação se acumular em nosso campo vibracional, alterando nosso padrão vibracional negativamente e proporcionando sequelas tristes em nossa alma.
Salve sua alma, resolvendo as situações que poderão virar problemas em sua a vida e na dos que nos cercam, principalmente, na vida dos que amamos.
Como resolver suas situações enquanto é tempo?
Peça ajuda profissional, terapêutica, estude sobre as situações, converse com quem entende do assunto, exponha para quem você ama. Contanto que queira resolver, somente através da verdadeira “reforma íntima”, vinda do coração e não da mente, é que poderemos nos libertar das repetições do passado e eliminarmos a geração dos problemas presentes e futuros.
Não tenha medo, pois quanto mais medo, menor a possibilidade de se resolver. Isto porque, o medo nos afasta do Divino e, afastados do Divino, poderemos ser contaminados por uma energia que nos leva a um estado de inércia anímica e nossa alma adoece por sintonia vibracional negativa.
Problemas são situações mal resolvidas, acrisoladas na alma, que, devidamente tratadas, podem interromper o ciclo repetitivo antigo.
“Caso queira transcrever este artigo em parte ou na íntegra, por favor cite a fonte autoral”.
Fonte: Site Vidanova
“Em sânscrito, a palavra ‘SGOM’ (algo como familiarizar-se) é usada, no Tibete, para
designar o que conhecemos como meditação, na cultura ocidental. A vida superior é
paradoxal, ou seja, corre em paralelo à mente e não a toca. A meditação é o meio de
transcender a experiência da mente e perceber a vida superior, na sua própria
dimensão. A meditação é uma prática somente indicada para aqueles que já possuem
certo grau de concentração mental e buscam aperfeiçoar a compreensão das relações
mentais com os elementos da vida. Antes de se acessar o estado meditativo (que é
incidental), a mente humana necessita desenvolver uma estabilidade de concentração,
que suporte esta experiência superior sobremental. Não é o ego humano que busca a
prática da meditação. É a consciência da sua alma que, quando se apronta para
despertar, projeta uma luz atrativa na direção da sua consciência inferior. A
consciência da alma se faz
perceber através de uma voz interna e silenciosa, que usufrui das vias intuitivas
para se comunicar. Sabendo disto, o ser humano iniciante na meditação deve apenas
concentrar a sua mente e entregar-se, em silêncio desinteressado, ao comando de sua
própria alma […] O planeta Terra está passando por uma transformação em sua grade
de energias. A incorporação da quinta dimensão na consciência dos elementais da
Terra impulsionará a humanidade a uma frequência vibracional correspondente aos
estados meditativos, relativos às experiências dos corpos de luz humanos. Desta
forma, as técnicas milenares tradicionais de meditação estão se tornando
ultrapassadas, pela própria facilitação da elevação da consciência planetária.”
(Do livro “VIA CORAÇÃO, caminhos da transformação”, págs 162 e 165, Horácio Netho,
Ed. Alfabeto, 2011)
“Um ser humano pode perdurar por longos períodos praticando várias técnicas de
meditação
e vivenciar uma reduzida carga de experiências conscienciais. Contudo, um outro ser
humano pode penetrar acentuadamente os níveis mais sutis da consciência em pouco
tempo de prática meditativa. Cada ser conduz, normalmente, um nível diferenciado de
propósito diante o seu status evolutivo. Daí, a verdadeira meditação deve respeitar
a individualidade de cada ser, deve se encaminhar como uma prática livre sem
desejos ou metas totalmente definidas. Desta forma, cada ser estará apto para
acessar mais adequadamente o que lhe for correspondente segundo a regência da sua
própria consciência superior […] A partir da sua dimensão de linguagem, as
palavras tentarão expor uma apresentação, uma imagem ou uma idéia sobre as
realidades divinas. Mesmo usufruindo das combinações mais harmônicas e perfeitas
entre as palavras, em qualquer idioma, o plano divino ainda será distorcido. A
consciência humana só compreenderá a divindade por via
direta e esta via é acessada por meio do silêncio, da concentração, da pureza, do
estado meditativo e contemplativo […] Caso o ser ainda não tenha um bom nível de
meditação, ele vai estar sempre diante o plano das máscaras, das personalidades e
dos egos. Nunca poderá se aproximar verdadeiramente da essência de um outro ser.
Ficará limitado ao plano das ilusões, da superficialidade aparente e se perderá
facilmente com a sua ignorância diante os seus julgamentos infundados. Desta forma,
perderá muitas oportunidades de se elevar por não ser capaz de perceber a luz maior
de outros seres e se beneficiar dela […] O místico contemplativo não conduz
técnicas meditativas, está além delas. Ele traz o veio da luz superior acessível em
sua consciência e a toca quando quer […] O ego só é melhor compreendido através
de um certo distanciamento. A meditação é a prática vivencial adequada para
promover o distanciamento e a
observação da consciência humana sobre si própria. Por este meio, a consciência
humana superior ao ego poderá revelar-lhe a sua essência […] Não é a mente que
cria a realidade ou a ilusão, ela simplesmente confirma ou nega estes aspectos. A
natureza da ilusão e da realidade estão acima da capacidade mental. Somente em
meditação e silêncio interno profundo pode-se perceber a essência do propósito da
mente […] Com a meditação analítica e investigativa, o ser pode perceber como se
manifestam e quais espaços ocupam as suas dimensões física, emocional e mental
[…] É da natureza da mente querer estar sempre no controle da vida. Porta-se como
um controlador tirano, ditando o que deve e o que não deve, o que é e o que não é.
Meditar é desapossar este ditador (mente) e entregar o cargo a Deus, humildemente
em silêncio para que um novo reinado surja.” (Do livro “VIA TERRA, caminhos da
luz”, Horácio Netho)
Com agradecimento ao Leitor Horácio Netho
Você briga muito em casa?
:: Silvia Malamud ::
Você faz parte do rol de
pessoas que têm grande parte da sua vida envolvida em diversas discussões
familiares de difícil solução? Às vezes, você acha que esse tipo de situação
nunca vai terminar e/ou explode ou ignora, ou sai de casa, ou fica acuado dentro
do seu quarto esperando aquilo tudo passar?
Experimentar
consecutivamente este tipo de vivência pode ser mais danoso para sua expressão
no mundo do que você pode imaginar. Os sentimentos subliminares que vêm das
brigas crônicas, além de gerar enorme mal-estar, levam a reações emocionais
defensivas indevidas para lidar com este tipo de estresse. O problema é que se
você sente que nunca é ouvido, por exemplo, como reação para a vida afora, você
pode ir com uma crença infundada do tipo: “Eu não valho nada”, ou “sou
insignificante” e por aí vai… E como reação emocional, reflexo do que você
passou ou ainda passa, você pode ter se tornado aquele tipo que tenta se impor a
qualquer custo ou naqueles que se isolam por achar que não vale a pena nem
tentar colocar a opinião. Se você observar, verá que nas duas soluções, o pano
de fundo, o que rege o movimento, é a angústia.
Situações danosas dessa
ordem, indubitavelmente, geram reações indesejáveis mundo afora, e pior, ficamos
atados a elas como robôs. Como se um eu nosso percebesse uma parte sua agindo, e
sem estar satisfeito com esse padrão de funcionamento, sente-se impotente por
não conseguir mudar. E nesse caso, se você não fizer nada a esse respeito,
invariavelmente repetirá o mal-estar que constantemente passa ou passou em casa.
Os cenários mudam, mas nosso sistema de sobrevivência, a nossa máquina
cerebral, se não fizer um bom trabalho de reprocessamento, de ressignificação,
continua fixo no padrão de funcionamento aprendido. Não é nada produtivo passar
por experiências diferentes das que tivemos em casa e reagir com a mesma reação
aprendida. Muitas vezes, as pessoas percebem que as situações ao longo da vida
podem ser diferentes e que o ocorrido em casa já passou, mas fica difícil ser
diferente, o que só piora as angústias, inclusive, promovendo baixa
autoestima.
E o que fazer para mudar este ciclo de repetição?
Mesmo
quando se tem segredos de família mal-resolvidos. Acesso difícil de pais com
filhos ou de filhos com os pais. Quando os pais sentem dificuldades para se
impor, quando sentem que perderam a mão para com os filhos e que não têm mais
autoridade. Quando filhos, mesmo que adultos, sentem-se desqualificados pelos
pais e pela família em geral e em qualquer vivência complicada nesse âmbito onde
alguma angústia de difícil solução insiste em permanecer, a abordagem
terapêutica EMDR ajuda a reprocessar o tema central e toda a rede de informações
emocionais implicadas.
Saiba mais sobre EMDR e como funciona:
EMDR
é uma abordagem desenvolvida por Francine Shapiro, EUA, e que hoje é
mundialmente conhecida e divulgada. A terapia passa por movimento ocular
bilateralizado ou algum outro movimento bilateral para que o cérebro possa
reproduzir a fase REM do sono, que é quando sonhamos e tentamos resolver alguma
questão emocional através dos nossos simbolismos emocionais, pessoais e às vezes
universais. O EMDR é neuropsicologia e ajuda o cérebro a se conduzir como se
estivesse passando por um sonho acordado.
A partir de uma espécie de campo
cirúrgico criado pelo terapeuta e paciente, este, totalmente consciente,
reprocessa a situação perturbadora onde cenas difíceis, sensações corporais,
lembranças e outros, vão sendo reprocessados para a cura e mudança definitiva de
padrões de funcionamento, muitas vezes de toda uma vida.
Fonte: Vidanova
Toda a humanidade está pronta, na expectativa, sentindo uma intensa energia de mudança a fluir ao seu redor, prestes a impactar suas vidas de maneiras jamais imaginadas.
A mudança está no ar e todo mundo está sentindo isso. É inquietante, porque são incapazes de identificá-la ou compará-la com qualquer coisa conhecida, embora alguns admitam ser em decorrência das alterações de humor também enfrentadas.
O que está ocorrendo a nível planetário de energia – invisível e imensurável por até mesmo seus instrumentos científicos mais sensíveis – é algo tão novo e surpreendente que, quando for conhecido – muito em breve – fará submergir totalmente a sua capacidade de se surpreender, atordoando-o de espanto, deixando-o boquiaberto.
Maravilhas que irão encantá-lo estão para estourar em sua consciência como um nascer do sol inesperado e imprevisto. E muito, muito mais brilhante do que poderia ser.
A humanidade celebra novos começos com esperança e entusiasmo por eras – um nascer do sol, a lua nova, uma nova temporada, um novo ano – e agora, um novo começo, totalmente diferente de tudo que você antes já tenha experimentado, oferecendo perspectivas extraordinárias para a limpeza, renovação, na verdade uma revivificação está se aproximando.
A vida é sempre emocionante, porem devido à sua imersão dentro da ilusão parece ter perdido o seu brilho, sua novidade, sua apelação. O novo começo que está se aproximando – o despertar da humanidade a plena consciência – irá restaurar o brilho que tem faltado em suas vidas enquanto se arrasta cansado, através do ambiente de conflito e confusão que está atualmente a enfrentar.
Nós nos reinos espirituais temos oferecido informações através dos vários canais ao longo de eras para ajudá-lo a se preparar para o acontecimento que agora, de fato, está se aproximando muito rapidamente. Temos oferecidos insights, orientações e sugerido métodos pelos quais vocês possam acessar o seu espaço interior, aquele lugar dentro de cada um de vos, onde a chama eterna do amor divino arde continuamente. Muitos já aceitaram de bom grado a nossa ajuda e encontraram conforto e paz, que os ajudou a liberar o medo e se envolver com o amor.
A evolução é um empreendimento criativo em curso, o desenvolvimento das formas de vida, desde as mais básicas até os seres muito mais evoluídos que vocês atualmente possam imaginar. A Consciência gosta de evoluir e evolução é uma de suas muitas finalidades e a Terra – o planeta que suporta a humanidade que lhe permite crescer e evoluir – é apenas um dos muitos que existem no Universo.
Entretanto, o nível ao qual atingiram neste momento em seu processo evolutivo é o mais perigoso, no qual poderiam seguir um caminho de competição de uns com os outros por recursos aparentemente limitados, caso em que há uma forte possibilidade de se destruírem a si mesmos e ao mesmo tempo, causarem danos ainda mais horrendos para o planeta que sempre o apoiou sem reclamar.
O outro caminho é uma cooperação amorosa – que conduz a mais ilimitada evolução, numa harmonia de natureza espiritual, a sua verdadeira natureza e a um retorno à realidade, na sua morada celestial. A fisicalidade é um ponto de partida para a evolução espiritual, a partir da qual, a consciência desenvolverá cada vez mais capacidades intelectuais, que no seu caso, já o levaram a este momento de decisão. A decisão de reconhecer a sua interdependência, e que o amor é o campo de energia em que tudo É, que existem eternamente a abraçarem-se uns aos outros, à medida que reconheçam sua unicidade ou na decisão de negar o amor, negar a realidade e seguir em frente, expandindo suas capacidades tecnológicas para destruírem-se uns aos outros.
Todos vocês já tiveram experiência em assistir as crianças crescerem, até chegarem à idade adulta e observaram o desenvolvimento de seus egos e como excederam seus limites de como poderiam se sair, ao invés de terem uma vida independente e centrada.
Se tudo correr bem, alguns irão reconhecer que deverão honrar aos outros como a eles mesmos, pois tomaram a decisão de fazê-lo para provar que se tornaram adultos. No entanto, aqueles que recusaram a esse compromisso, eventualmente causarão tantos danos que terão de ser contidos.
Alegoricamente falando, a humanidade acaba de passar da fase na qual foi tomada a decisão de se tornar adulta. O amor foi reconhecido como o caminho a seguir e assim, o seu despertar está assegurado, com você a liberar toda “angústia adolescente e rebeldia” para permitir que a harmonia e a cooperação floresçam.
No entanto, os bolsões de “adolescentes rebeldes” – aqueles que tentam controlar e suprimir outros – ainda estão se comportando de maneira imprudente em todo o mundo, mas sua capacidade de infligir sofrimento à humanidade e danos ao planeta está sendo cada vez mais restrita.
A humanidade tomou a decisão coletiva de despertar, embora para muitos esta seja uma decisão que ainda não veio à tona em sua consciência e onde vocês, os portadores de luz e mostradores do caminho estão aqui para ajudar nesta decisão de tornarem-se conscientes, demonstrando amor em cada momento. Você sabe disso, todavia às vezes tem sido muito difícil.
Muitos de vocês sentem que às vezes recuam e culpam-se por isso. Basta compreender que você está, por assim dizer, trabalhando o seu caminho a pé numa pista de gelo e deslizes ocasionais para trás são inevitáveis.
No entanto, mantenha a persistência, a determinação e o poder esmagador do amor para ajudá-lo em todos os momentos, para esses deslizes não derrotá-lo até que a parte superior da encosta esteja à vista, quando então, ouvirá o grito de incentivo de multidões para estimulá-lo a seguir diante. O sucesso será definitivamente seu!
Com muito amor, Saul
Canal: John Smallman
Tradução: Candido Pedro Jorge
Fonte: Anjo de Luz
COMO A MUDANÇA IRÁ ACONTECER
Por Owen Waters
12 de Maio de 2013.
A antiga cultura Maia nos deu mais do que os ciclos cósmicos Maias. Eles foram um caso de teste precoce para o processo da ascensão física que todo o planeta irá experienciar em um futuro próximo.
Sua informação sobre os ciclos nos tornou cientes de que o dia 21 de Dezembro de 2012 se tratava do momento em que os vários ciclos cósmicos de longo prazo de influência na consciência humana chegariam a um término, todos na mesma data e que novos ciclos iriam começar.
Há um ciclo de 5.125 anos, um mais longo de 26.000 anos, bem como alguns ciclos ainda mais longos, todos convergindo para esta mesma data.
A civilização Maia floresceu até 830 D.C., no entanto, o seu conhecimento astronômico excedeu o nível do conhecimento de hoje, em muitos sentidos.
Eles não apenas conheciam as órbitas precisas dos planetas em nosso sistema solar, mas também as órbitas das estrelas em nossa galáxia.
Eles tinham até catalogado informações sobre os principais eventos cósmicos de 400 milhões de anos antes.
Os calendários Maias são obras de arte que ilustram as repetidas espirais do tempo dos ciclos cósmicos dentro dos ciclos, dentro dos ciclos.
Então, na maior parte, os Maias subitamente desapareceram de suas cidades, sem deixar rastros quanto a onde eles tinham se mudado, deixando até as suas panelas e utensílios de cozinha.
Não há sinal de que eles tenham morrido subitamente de alguma doença misteriosa e eles não mudaram para outro lugar conhecido.
Eles não mudaram para qualquer lugar aqui nesta Terra física.
Em vez disto, eles ascenderam de um nível de nossa terceira dimensão de existência, para a quarta dimensão.
A solução para o mistério do seu desaparecimento é que eles não desapareceram: eles ascenderam.
A quarta dimensão é menos densa do que o nosso mundo, mas é ainda física. É também o lar para os reinos espirituais, ou a vida após a morte.
Se vocês fossem um ser humano físico, vivendo na quarta dimensão, iriam achar relativamente fácil entrar em contato com as pessoas em corpos espirituais. Eles viveriam em um sub-reino mais elevado da quarta dimensão.
Os Maias se envolveram em um experimento modelo para ascender da terceira para a quarta dimensão. Eles não foram o único grupo de teste envolvido em tais experimentos.
No Novo México, por exemplo, os moradores de Bandelier e Puye Cliff Dwellings ascenderam com sucesso, assim como os moradores de Machu Picchu, no Peru.
Estes grupos de teste ascenderam da terceira para a quarta dimensão.
A ascensão que está prestes a acontecer na Terra em um futuro próximo será muito semelhante e, no entanto, será diferente em um grande aspecto.
Não estaremos deixando para trás o nosso velho mundo para mudarmos para um novo.
Nosso mundo irá ascender junto com tudo nele, incluindo nós.
Todo o nosso reino de existência aumentará em frequência e ascenderá para uma faixa de frequência na quarta dimensão.
Desta vez, as panelas e utensílios de cozinha não serão abandonados. Eles virão conosco, como tudo mais em nossa realidade.
Quando isto ocorrer, as pessoas que estiverem vivas em corpos físicos irão experienciar a ascensão física, logo após aqueles na experiência pós-vida, a sua ascensão para um sub-reino mais elevado na quarta dimensão.
Na verdade, eles irão desocupar o sub-reino para o qual nós estaremos nos mudando.
A natureza desta ascensão global foi prevista há dois milênios por São Paulo, que até previu a sequência dos eventos.
Ele disse que, em um piscar de olhos, os mortos ressuscitarão, e nós seremos transformados.
Mas, primeiro, ele disse, os mortos ressuscitarão e então, nós seremos arrebatados juntos com eles “nas nuvens” (isto é, nos reinos superiores).
Assim, os “mortos” – os espíritos que residem na vida após a morte – irão ascender primeiro para um sub-reino mais elevado da existência da quarta dimensão e então nós ascenderemos para a quarta dimensão.
Esta próxima transformação de nosso mundo para a quarta dimensão é referida como a Ascensão, o Arrebatamento, a Ressurreição, ou, simplesmente, A Mudança.
Hoje pensamos na Mudança como o fenômeno onde tudo está mudando muito rapidamente.
No futuro, entretanto, A Mudança será vista retrospectivamente como o dia em que o mundo mudou subitamente, ou “subiu aos céus”.
Após A Mudança, a vida irá parecer a mesma coisa no geral, mas com alguns melhoramentos bem perceptíveis para as suas capacidades.
Vocês verão cores como mais brilhantes e bonitas do que nunca.
Os sons terão uma profundidade de significados e de sentimentos que vocês nunca tinham percebido antes.
As auras da energia sutil em torno dos seres vivos se tornarão muito mais fáceis de ver.
A comunicação vai dar um passo para cima, pois vocês serão capazes de usar a telepatia para se comunicarem com aqueles com quem estão sintonizados.
Seus pensamentos e sentimentos manifestarão mudanças em sua realidade, como agora, mas estas mudanças ocorrerão mais rapidamente e mais obviamente do que antes.
A Mudança para a quarta dimensão ocorrerá quando for o momento certo para a humanidade interagir com a experiência, que será quando uma massa crítica for alcançada na consciência da Nova Realidade emergente.
A quarta dimensão é uma faixa de frequência da consciência, centrada no coração.
Quando um número suficiente de pessoas operar neste nível de consciência, então a humanidade estará preparada para A Mudança para a quarta dimensão.
Percentualmente, o número de pessoas requeridas para alcançar o ponto crítico é pequeno, porque a consciência superior tem proporcionalmente, mais influência na atmosfera da mente global do que as frequências menos elevadas da consciência.
Depois que os ciclos cósmicos começaram de novo em 2012, tornou-se muito mais fácil do que nunca promover a consciência generalizada da Nova Realidade.
Seus esforços para mudar o mundo através do pensamento e da ação positiva, operam agora em um ambiente positivo, em vez do velho e decadente ambiente do final do ciclo.
Cada passo que vocês dão agora para promover a consciência centrada no coração em si mesmo e nos outros, afeta profundamente a atmosfera da mente global.
Cada passo que vocês dão para a consciência da Nova Realidade é um passo mais próximo deste ponto crítico para a humanidade como um todo.
Quando a ascensão global da Mudança acontecer e a Nova Realidade desabrochar, tornar-se-á a transformação mais maravilhosa no registro da História.
Ela será lembrada por muito tempo como o tempo em que a humanidade literalmente construiu o Céu na Terra!
Fonte: Anjo de Luz
Tradução: Regina Drumond –
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Que a confiança é uma das bases de qualquer relacionamento que pretende ser saudável ninguém duvida ou questiona. Eu não consigo imaginar duas pessoas construindo uma história que não seja pautada na certeza de que ambos estão sendo honestos. Ou melhor, posso até imaginar elas tentando, como um monte de gente faz todos os dias. Só não acredito que elas serão bem sucedidas. Ainda assim olho com certa desconfiança para aqueles casais que sabem absolutamente tudo um do outro. Ser honesto significa que precisamos dividir todas as histórias vividas e por viver? Eu, particularmente, penso que não.
Não sei vocês, mas existem alguns detalhes da minha vida que eu preferiria que continuassem no passado. Certos episódios dos quais eu não me envergonho, mas que tão pouco contaria para os meus netos. Histórias protagonizadas por um outro Arthur, decisões tomadas por alguém diferente de quem eu sou hoje. Situações que contribuíram para que eu me tornasse a pessoa que me tornei. Mas que em sua grande maioria nada tem a ver com quem faz parte da minha vida hoje. Diante desse fato, não consigo perceber qual a utilidade de dividir certas informações com meu parceiro.
Coisas como o número de pessoas com quem eu transei, os porres que eu tomei ou as maluquices que eu fiz quando mais jovem certamente não contribuirão em nada para a construção de um relacionamento mais sólido, porque são coisas que ficaram no meu passado. Percebam que eu disse meu passado. Não nosso. Porque eu me refiro às coisas feitas antes de o relacionamento começar e que dizem respeito a mim e a ninguém mais.
Os partidários da junção absoluta de dois indivíduos que me desculpem, mas relação simbiótica só dá certo entre fungo e casca de árvore. É preciso garantir espaço para que as duas pessoas que compõem o casal consigam existir de forma plena, sob o risco de morrermos sufocados uns pelos outros. Reservar uma parte da minha vida só para mim não é mentir nem ser individualista. É manter claro onde termina uma pessoa e onde começa outra. Sem falar que namorado não é terapeuta nem melhor amigo. As duas últimas figuras existem, justamente, para que a gente tenha com quem falar de coisas que não quer comentar com a primeira.
Amiga, crescemos assistindo desenhos da Disney e vendo novelas da Globo. Então, é natural que a gente busque um relacionamento onde os dois indivíduos se encaixam tão perfeitamente que chegam a completar as frases um do outro. É dessa fantasia de encontro entre duas pessoas destinadas a ficarem juntas que vem a ideia de que você e o candidato a príncipe têm que ser um só. Precisa dizer que esse tipo de coisa não funciona na vida real? Acho que não, né?
Você tem todas as chances do universo de encontrar um cara incrível e viver feliz para sempre ao lado dele. Estamos todos de dedos cruzados torcendo para que isso aconteça. Relaxa, não dividir cada lembrança do seu passado ou cada impressão e pensamento que ocorra a você no presente não invalida esse projeto e nem te transforma em uma bruxa mentirosa. A essa altura do campeonato, o cara já deveria ter aprendido que uma certa dose de independência faz bem para todo mundo. Se ele ainda não sabe disso, teve a sorte de encontrar você, uma mulher inteligente que vai ter o maior prazer do mundo em ensinar a ele com todo amor e carinho essa lição tão importante.
Também perguntei para algumas amigas quais eram suas crenças inquestionáveis sobre o universo masculino. O objetivo era tentar descobrir até que ponto elas conheciam mesmo seus companheiros barbados ou se elas não estavam se deixando levar pelo oceano de lugares comuns tão característico da guerra dos sexos. O resultado, meus caros, é que as mulheres são mesmo de Vênus e os homens de Marte e um grupo não tem muita noção do que se passa no planetinha do outro.
“Todo homem é igual” é um dos lemas repetido à exaustão pelas mentes femininas. A ideia que a maioria dos caras não vale um Babaloo de melancia e que vai pular a cerca na primeira oportunidade é, talvez, a maior mentira do universo. Além de ser uma baita injustiça. Claro que existem caras assim, que não vão perder a chance de ficar com uma garota se ela der chance, mesmo se eles forem comprometidos. Mas daí a pensar que somos um bando de galinhas é uma distância imensa.
A maioria das mulheres que são traídas por todos os caras com que se relacionam têm o péssimo hábito de se interessarem por sujeitos que tem a palavra “cachorro” tatuada na testa. Tipos que deram em cima delas quando estavam acompanhados pelas namoradas. Aí a loca começa a se relacionar com o sujeito e surta quando leva um par de chifres. Sorry, baby, mas se o cara desrespeitou a ex, tem grandes chances de desrespeitar você. Você é a culpada pela traição? Claro que não. Mas convém observar os homem pelos quais você se sente atraída e quebrar esse padrão. Muitas vezes, não é que os homens sejam todos iguais, mas é você que faz sempre as mesmas escolhas.
A ideia de que os homens acham que as mulheres que tomam iniciativa são fáceis é outro mito que precisa ser combatido para o bem dos relacionamentos da pós-modernidade. Eu estaria mentindo se dissesse que babacas que julgam mal as garotas com atitude são uma espécie em extinção. Mas o buraco é bem mais embaixo. O problema é que grande parte dos homens heterossexuais foram abduzidos e substituídos por meninos de apartamento criados pela avó que não sabem como preparar o próprio leite com chocolate. E isso, minha gente, coloca em perigo a perpetuação da espécie.
Porque diante desse mar de caras que estão mais preocupados em sair nas fotos de site de balada playba fazendo símbolo de Paz e Amor do que em tratar bem a moça que está ao lado deles, só resta às mulheres surpreender o colega e tomar alguma atitude. Aí, ao invés de admitir que é um bundão, que não tem a menor ideia do que fazer com um mulherão que sabe o que quer, ele prefere dizer que você é fácil. Na boa, você está melhor sem um cara desses. A boa notícia é que nem todo mundo pensa assim. Cada vez mais homens estão se ligando que esses joguinhos sexistas não têm nada a ver e chegam junto quando você sai na frente na paquera ao invés de voltar para casa com o rabo entre as pernas propagando preconceitos machistas.
A resistência masculina a atos românticos também é presença fácil na lista dos maiores defeitos dos homens. Acontece, minhas caras, que os homens são românticos, sim. Só que não há buquê de rosas vermelhas, recado deixado no espelho do banheiro ou café da manhã na cama que alcance a fantasia feminina do príncipe encantado. Porque ainda que ele não faça nenhuma dessas coisas óbvias, eu duvido que não rolem gestos gentis no dia-a-dia. É o respirar fundo enquanto você surta porque está de TPM. É topar ver aquele filme mela cueca no sábado à noite e ver você suspirando pelo galã bonitão. Esse é o verdadeiro romantismo, aquele que dá as caras no meio da dureza do cotidiano. Não o agrado programado pelo calendário. Ninguém está dizendo que os homens devam ser alçados a posição de heróis por causa desses gestos. Mas não custa nada reconhecê-los, não?
Claro que não existem regras. O mundo está repleto de gente diferente agindo de forma meio maluca. E, por mais contraditório que possa parecer, isso é bastante saudável. A dica é tentar olhar menos para o próprio umbigo e mais para o outro. Mas olhar de verdade, com olhos e ouvidos a postos para captar os sinais e tentar entender um bocadinho melhor o que realmente acontece do outro lado do balcão. Desencontros sempre vão rolar. O processo perene de descoberta do outro na tentativa de desatar esse nó é o que mantém os relacionamentos vivos e os amantes em constante movimento, um em direção ao outro.
Ser mulher… Eu vivo me perguntando como as mulheres conseguem lidar com tanta pressão. Porque é preciso estar sempre magra e bem vestida, com cabelo escovado, maquiagem feita e perfume etéreo exalando pela sala. Tudo isso se equilibrando em cima de sapatos de saltos altíssimos e fazendo cara de mistério. Na boa, tem que ter um outro jeito de atrair a atenção dos caras e conquistar o respeito das “amigas”.
Não estou dizendo que a partir de hoje o pijama deve ser promovido à roupa de gala. Os homens, como a maioria das pessoas, gostam de ver sua companheira bem arrumada. Eles morrem de orgulho de terem sido escolhidos por aquela garota que chama a atenção de todo mundo por sua beleza, elegância, inteligência e presença de espírito. Essa vaidade faz parte da natureza humana. O que não pode é isso virar um suplício para as mulheres. Porque, de verdade, os caras que valem a pena vão querer ser motivo de alegria e prazer para vocês e não de preocupação.
Sou 250% a favor da beleza. Gosto de roupas bonitas, de paisagens que tiram o fôlego, de gente que parece que saiu da capa de revista, de obras de arte que emocionam. Isso não quer dizer que eu sofra (muito) por não ter dinheiro para vestir todas essas roupas, estar nesses lugares, namorar essas pessoas ou ter uma das obras de arte pendurada na parede de casa. Esse é o ponto: mirar o mais alto possível, mas ficar contente por acertar onde der.
Não estou fazendo apologia à mediocridade. Só estou tentando tirar um pouco do peso que a sociedade, a cultura, o machismo, ou qualquer um desses entes sem rosto colocou sobre os ombros de vocês, mulheres. Porque nem todo mundo nasceu para ser top model, mãe exemplar, rainha do lar, gata sarada ou alta executiva. Muito menos todas essas coisas juntas.
Caprichar na produção no primeiro encontro faz parte. O que não rola é levar a personagem para cama e ficar, indefinidamente, nessa de ser a princesa-perfeita-que-não-solta-pum. Tem coisa mais assustadora do que acordar e dar de cara com uma pessoa penteada, de cara lavada e sorriso no rosto? Primeiro porque o cara vai achar que passou a noite com um androide. Depois ele vai se sentir mega inadequado com a remela nos olhos e o bafinho de quem ainda não escovou os dentes. Para que isso, minha gente?
De verdade? Tudo o que os caras procuram é uma mulher bacana que ria das piadas deles, não dê chilique por causa da sessão semanal de futebol com a galera, saiba ser companheira e com quem possam fazer sexo gostoso e sem frescura. O resto é coisa de revista feminina. Vai por mim, de homem eu entendo.
E na hora da paquera, gente? Então você está no bar com o pessoal do trabalho para aquele happy hour bacana depois de um longo dia de trabalho. Lá pelo terceiro chope, você percebe que um dos engravatados da mesa ao lado é bem bonitinho. Entre uma reclamação e outra a respeito do chefe, você repara que o sujeito está olhando para você e sorrindo. Você retribui, ele recebe sua “resposta” e continua o jogo. Depois de algum tempo, as fofocas do escritório começam a ficar mais interessantes do que esse “sorri e acena”. Aí fica a dúvida: dar o primeiro passo, levar a coisa para o próximo nível e correr o risco de parecer oferecida, ou esperar que o sujeito mova aquela bundinha linda e venha falar com você?
Não se preocupe, minha amiga, você não está sozinha. Tomar ou não tomar a iniciativa da paquera é um dos grandes dilemas da mulher na atualidade. Ao lado, talvez, de questões como onde encontrar uma depiladora de confiança que atenda depois das 21h, por que você escolheu ter filhos em vez de fazer Mestrado na Inglaterra, ou como impedir que a fatia de pudim de leite que você comeu no almoço vá parar direto no seu quadril.
Eu poderia vir com um discurso igualitário cheio de frases como “não há nenhum problema em mulheres darem o primeiro passo” ou “vá à luta porque essa divisão sexista de papeis não está com nada”. Até porque eu acredito de verdade em tudo isso. Mas não seria honesto. Infelizmente ainda existem milhares de caras por aí que se intimidam quando a mulher toma a frente. O número deles vem diminuindo, é verdade, mas ainda assim convém pensar um pouquinho antes de decidir qual postura assumir.
A primeira pergunta a se fazer é que tipo de risco você está disposta a correr. Continuar olhando e sorrindo é, de longe, mais seguro. Afinal, caso o sujeito não se mova sempre dá para dizer que você nem queria mesmo ficar com o cara e que tudo não passou de uma grande diversão. Ok, jogar toda a responsabilidade nas costas do moço reduz a zero as chances de levar um fora, mas te coloca em uma posição de impotência.
Não me venham com essa história de que “se o sujeito estivesse a fim ele teria vindo falar comigo”. Mulheres não são boas em dar sinais claros sobre o que quer que seja, muito menos quando estão sexualmente atraídas pelo cara da mesa ao lado. Então, o sujeito pode, simplesmente, não ter sacado que você estava dando mole para ele. Além disso, alguns caras são tímidos e, a não ser que suas mães super protetoras os arrastassem pela mão, eles jamais tomariam a iniciativa de ir falar com você.
Outro ponto que precisa ser levado em conta é o tipo de cara que você procura. Se o sujeito que completa sua fantasia de família de comercial de margarina for um daqueles tipos mais certinhos (eu ia dizer coxinha, mas achei que poderia ofender alguém), com visões meio esteriotipadas sobre o papel de homens e mulheres na vida, fique exatamente onde está. A ousadia de cruzar o bar, sentar-se ao lado dele e puxar papo pode estar tão fora da maneira como ele enxerga as coisas que você certamente será mal interpretada. Simplificando: ele vai te achar fácil e não vai te levar a sério. Ou seja, se você espera um príncipe montado em um cavalo branco vai ter de fazer a donzela aprisionada na torre. É um porre, eu sei, mas são os ossos do ofício.
Ok, ninguém anda com crachá na balada. Então como saber se o sujeito vai te achar uma mulher de atitude ou uma piranha caso você toma a iniciativa? Tentativa e erro, minha cara, simples assim. Se o sujeito encarar numa boa sua investida, ponto para as meninas. Se ele nunca mais aparecer, agradeça à vida por tirar do seu caminho alguém que provavelmente não te faria feliz e bola para frente.
Por último, mas não menos importante. Por favor, esqueça essa história de mostrar as palmas das mãos, mexer no cabelo, rir jogando a cabeça para trás ou qualquer outra bobagem que o canal da National Geographic disse que demostram o seu interesse. Pode até ser cientificamente comprovado, mas os homens têm algumas inseguranças que os felinos da savana não possuem. Então convém brindá-los com um pouco mais de objetividade. Não precisa cruzar a pista de dança sensualizando e passar uma cantada de pedreiro. Um simples sorriso largo, olhando nos olhos dele e um gesto de “vem cá” com os dedos são suficientes para eliminar qualquer dúvida. Aí é confiar no seu taco e deixar o resto por conta da Mãe Natureza.
E o que vocês acham daquele chavão de que os opostos se atraem? Algum de vocês conhece o “Sou hipster, namoro playboy”? Vale a pena conferir. O tumblrreúne um monte de situações hilárias de desencontros que supostamente rolam quando hipsters (essa gente de óculos de aro grosso, camisa xadrez e chapeu Panamá) namoram playboys (me recuso a explicar o que é um playboy). É impossível não se reconhecer em uma (ou muitas) das situações. O site é um sucesso porque trata com muito bom humor um tema que é para lá de universal: as diferenças entre as pessoas e o reflexo delas nos relacionamentos.
Tenho certeza que não é preciso ir muito longe na memória para dar de cara com meia dúzia de situações em que os seus gostos, posicionamentos e hábitos eram tão bizarramente diferentes dos do seu namorado(a) que ficava difícil imaginar porque, diabos, vocês estavam juntos. Eu mesmo já passei por isso milhares de vezes. Às vezes conseguimos administrar as arestas e seguir em frente juntos. Mas também já existiram casos que as divergências ou eram muito grandes ou se referiam a coisas que nenhum dos dois estava disposto a negociar e acabamos por romper.
As duas situações me ensinaram que respeito, tanto por você quanto pelo outro, é a chave para a construção de uma história saudável. A ausência dele é o caminho para um relacionamento onde um sempre dá as cartas e o outro sempre acata às ordens. A receita pode até parecer um bom negócio por um tempo, principalmente para quem determina as regras do jogo. Mas não se enganem, o espaço entre o opressor e o oprimido é sempre um vazio e essa conta emocional será cobrada, mais cedo ou mais tarde, com juros e correção monetária.
Admito que nem sempre é facil conviver com estilos de vida ou valores muito diferentes dos seus. Mas o esforço vale a pena. Estar aberto para que o outro traga sua bagagem (física, emocional, cultural, etc) é, talvez, a melhor parte do relacionar-se. Quem perde isso, seja por arrogância, insegurança ou falta de generosidade, está jogando fora uma oportunidade incrível de se transformar em algo melhor, não pela aceitação plena de tudo o que o outro tem, mas pelo aprendizado constante.
Veja bem, não estou dizendo que você tenha que aceitar tudo o que o outro fizer ou vice e versa. Isso é submissão ou teimosia. Estou falando de troca entre iguais, onde cada um dá o que tem de melhor e recebe, de bom grado e desde que lhe faça algum sentido, o que o outro oferece. Nada a ver com enfiar suas escolhas goela abaixo do parceiro ou se sentir na obrigação do que quer que seja.
Apesar da boa vontade e do afeto, nem todas as diferenças podem ser negociadas a ponto de coexistirem pacificamente. Porque tudo nessa vida tem limite. E com a gente não é diferente. Então, se você já está até a tampa com o jeito bronco ou mal educado do seu namorado, ou qualquer outra postura que seja uma agressão ou falta grave na sua opinião, converse com ele e coloque as cartas na mesa deixando bem claro o porquê esse tipo de comportamento coloca em risco o relacionamento de vocês. Só tome cuidado para não se perder na ilusão do príncipe encantado, afinal se você tem um monte de defeitos não há a menor lógica em esperar perfeição de quem quer que seja.
Em tempo, estou me referindo às diferenças significativas que podem resultar em problemas sérios para o relacionamento. Você gostar de rock e ele de pagode não entra nessa categoria. Ele ser louco por futebol e você achar o esporte a coisa mais chata do universo também não. Para esses casos eu sugiro que ambos cedam um pouco e acompanhem o parceiro de vez em quando. Não precisa ir ao estádio em toda partida ou não perder nenhum show. Todo mundo reconhece “esforços” desse tipo. E quando você ou ele não estiverem mesmo afim, liberem-se para ir só com os amigos. Eis uma ótima oportunidade para praticar a confiança entre vocês e aproveitar para colocar o papo em dia com a galera.
No fim, é sempre aquela história de tratar as pessoas como nós gostaríamos que nos tratassem. Só a gente sabe o trabalho que deu para chegar até aqui e colecionar lembranças, amigos, conhecimento, projetos, consquistas e sonhos. Se ver tudo isso ser desrespeitado ou diminuído por alguém soa como crime passível de punição severa, não faz sentido sair por aí ditando regra e dizendo o que é ou não digno de nota dentre as coisas que o outro traz consigo. Pense nisso antes de bater no peito cheio de si se achando o representante de tudo o que há de melhor na humanidade.
E quando termina o relacionamento? Um grande amigo terminou o namoro há alguns dias. O cara está sofrendo horrores. Até aí, ok. Normal doer quando o relacionamento acaba e ainda existe afeto, tesão e saudade. O problema é que o sujeito está se sentindo o cocô da mosca do cavalo do bandido por causa do fim de uma história que já se arrastava há meses e variava entre brigas homéricas e desejo de desaparecer e promessas de mudanças que nunca se cumpriam. Aí não dá, né minha gente?
Afeto é muito importante, mas, sozinho, ele não mantém duas pessoas juntas. A convivência tem que ser prazerosa na maior parte do tempo, os valores tem que ser parecidos e as pequenas coisas que fazem parte do dia a dia devem ser motivo de riso, não de atrito. Porque é nos detalhes que construímos os relacionamentos e é neles que a maioria dos relacionamentos desmorona.
Uma coisa é sentir a falta do outro. Outra, completamente diferente, é se achar a pior das mortais por causa do rompimento. Não dá para carregar sozinha toda a responsabilidade pelo término. Da mesma forma que não daria para carregá-la em caso de sucesso. Então, querida, controle o ego e trate de dar para cada um a parte que lhes cabe nesse latifúndio.
Aí você pensa “eu poderia ter encarnado a donzela inocente e sido mais compreensiva ou paciente e não criar tanto caso com todos os defeitos e manias dele que me irritavam a ponto de eu querer acertar o sujeito com uma cadeira”. Sim, do mesmo jeito que ele poderia ter encarnado o príncipe encantado mais vezes, de preferência um parecido com o Richard Gere com direito a limousine branca e tudo. Então para de sofrer à toa porque ninguém deve nada a ninguém. Negociar, fazer concessões e ceder fazem parte do jogo. Mas abrir mão das coisas a ponto de se sentir agredida é demais. Ninguém merece isso e se o relacionamento de vocês fosse saudável não seria preciso chegar tão longe.
Ok, a química entre vocês era incrível. O beijo do cara amolecia suas pernas. Ele sabia extamente como te fazer subir pelas paredes. Agora ele se foi e a ideia de nunca mais se deparar com um amante tão bom te atormenta. Dois tons a menos, por favor. Primeiro porque o sujeito não tinha o membro de ouro. Depois, como diria Madonna, what happens when you’re not in bed (o que acontece quando você não está na cama)? Porque ele mandar bem é importante, mas não é o bastante para sustentar um relacionamento.
Tudo bem, às vezes a gente pisa feio na bola e merece o pé na bunda. Aí, só nos cabe fazer o mea culpa, enfiar o rabo entre as pernas e torcer para ser perdoado, quando ainda há interesse, ou partir para outra, se a vontade de ir for maior do que a de ficar. Se for esse o caso, bora correr atrás do prejuízo e tentar reverter o quadro. Mas sem perder a noção.
Nada de sair por aí perseguindo o ex e deixando um milhão de mensagens na caixa postal. Ligar sem parar para o escritório também não é uma boa. Esperar na saída do expediente não é uma opção. Mandar flores para a firma JAMAIS (melhor deixar para lá qualquer coisa que envolva o trabalho dele, ok?). Homem ODEIA se sentir acuado (na verdade, todo ser humano emocionalmente saudável tem pavor de ser encurralado) então não sufoque o sujeito. Marque posição, mas deixe espaço para que ele decida. Se ele estiver a fim ele vai dizer. Homens não fazem doce. Isso não faz o menor sentido para a gente.
Em todos os casos, quando a ficha cai e a gente se vê em casa em uma noite de sábado rodeado apenas por farelos de amandita, vale a pena ter em mente que as manias e péssimos hábitos do sujeito ainda estáo lá. Basta raspar a tinta dourada que cobriu todas as lembranças de vocês dois de um dia para o outro e você vai vê-los. Talvez não acabe com a dor, mas ajuda a reunir forças para não abrir mais um vidro de nutella.
No entanto, como tudo mais que envolve o ser humano, a amizade não é uma ciência exata. Por vezes, as coisas saem bem diferente do que nós imaginávamos e as pessoas acabam se chateando. Pode ser uma frase fora de lugar, mau jeito na hora de dar uma bronca, ou mesmo falta de atenção com o outro por causa de uma semana corrida no trabalho ou porque o namoro novo tem consumido grande parte do tempo livre. O motivo importa pouco, desde que as coisas sejam resolvidas logo. Esse é o tipo de situação em que a passividade dos envolvidos só piora as coisas. Nada a ver ficar esperando que o outro adivinhe que está em falta ou deu mancada. Algumas pessoas são mais distraídas do que outras e o que é muito importante para você talvez não seja para mim. Então, se o cenário atual não agrada, abra o jogo o quanto antes.
Se foi você quem deu a bola fora, a primeira coisa a fazer é hastear a bandeirinha branca e pedir desculpas. Aí você vira para mim e diz cheia e ironia. “Jura? Isso nunca tinha passado pela minha cabeça.” Eu sei, pode parecer óbvio, mas assumir, verdadeiramente, a responsabilidade pela crise na amizade é um dos passos mais difíceis. Porque não adianta nada ir se desculpar se você estiver na defensiva, com quatro pedras na mão, pronta para revidar a qualquer comentário. É preciso estar de braços, coração e ouvidos abertos ao que o outro tem dizer. Não se trata de escutar calada os desaforos e cobranças que podem vir à tona em momentos como esse. Mas manter em mente que o objetivo do encontro não é mostrar quem tem razão ou quem é vítima e carrasco e sim acertar as coisas, resolver o problema e voltar as boas com alguém de quem você gosta muito.
No caso em que você foi a pessoa prejudicada vale a pena avaliar até que ponto o motivo de tanta chateação faz jus ao gasto energético e desgaste emocional de se indispor com uma amiga. Em 90% dos casos um puxão de orelha bem humorado seguido de um “espero que isso nunca mais se repita” dão conta do recado. Se a falha for recorrente marque um café, ou uma cerveja se vocês forem adeptas de uma boa botecagem, e seja honesta. Intimidade para isso vocês, supostamente têm. Ninguém é perfeito, muito menos você e sua amiga. Então convém temperar seus relacionamentos com doses consideráveis de generosidade, porque sem ela nem as parcerias no jogo de buraco sobrevivem. Fica a dica dada no parágrafo acima, resolver a situação é mais importante do que descobrir de quem é a culpa.
Veja bem, estamos falando aqui de “delitos” leves. Coisas que se resolvem com uma boa conversa e um bocadinho de paciência. Porque algumas atitudes são bem complicadas de entender e quase impossíveis de explicar. Ficar com ex-namorado da amiga, por exemplo, só se for amor de outra vida ou encontro de almas gêmeas. Caso contrário, nem pensar. Paquerar o pretê da outra também deve ser incluído na categoria “De Jeito Nenhum”. Aliás, trairagens de qualquer tipo devem ser evitadas mesmo sob tortura e, quando ocorrerem, devem ser punidas com execução sumária de TODOS os envolvidos, porque o bofe também tem culpa no cartório.
Eu acredito, de verdade, que tudo se resolve com uma boa conversa. Isso não quer dizer que vamos conseguir lidar com todas as coisas bem o bastante a ponto de podermos continuar nossas vidas como se nada tivesse acontecido. Certas atitudes deixam marcas muito profundas ou abalam demais a confiança entre as pessoas. Por vezes, a única solução possível é ir embora, romper os laços e seguir caminhos separados. Não se trata de alimentar ressentimentos ou passar anos remoendo sentimentos ruins e arrastando correntes por aí. Mas de assumir que o vaso se quebrou de tal forma que é, simplesmente, impossível colá-lo.
Não estou falando de desejar coisas ruins para o outro, mas de desejar ser feliz sem o outro ao lado. Porque as amizades, como tudo mais na vida, também terminam. Isso não quer dizer que falhamos. Quer dizer apenas que a partir daquele ponto os caminhos se separam. Isso acontece naturlamente na maioria dos casos. Quando a vida trata de afastar o que não faz mais sentido estar junto. Mas por vezes são nossas atitudes que determinam o término das relações. Do segundo jeito dói mais, é verdade. Mas ele precisa ser encarado com a mesma naturalidade do primeiro.
Claro que eu tenho noção que casar também é a cueca/calcinha esgarçada, o pum debaixo das cobertas, o mau humor depois de um dia complicado, o pé no sofá e a toalha molhada em cima da cama. Até aí sem muitos problemas, porque é da natureza humana se acomodar quando encontra uma situação confortável.
O problema é quando, em um dos pontos baixos dessa curva, a gente resolve dar uma olhada por cima da cerca para conferir o que rola no quintal do vizinho e, ao nos depararmos com a grama verdinha, decidimos pastar na propriedade alheia.
Gente, chifre é uma das verdades inexoráveis da vida. Se até a Ivete Sangalo e o Rodrigo Santoro foram corneados, não há a menor chance de nós, ímpios mortais, sairmos incólumes dessa história. A pergunta é o que fazer depois que o leite derrama, a Inês morre e tantas outras analogias para dizer que agora o erro já foi cometido e é tarde para lamentar.
Ninguém aqui quer banalizar a infidelidade, mas convém dar às coisas o peso e importância que elas possuem. Então, amiga, se você se pegou no banheiro do trabalho com aquele colega gostoso que deu em cima de você por meses e a história se resumiu à diversão sem compromisso em horário comercial não há a menor razão para você abrir o jogo com maridão. A única coisa que você vai conseguir com isso é chatear um sujeito que te ama e que aceitou dividir a vida com você. Desnecessário, né?
Agora, caso o lance com o boy magia da baia ao lado se tornar algo recorrente ou você perceber que além de se pegar com ele no banheiro do escritório, também rola uma vontade de sair para jantar e tomar um vinho talvez seja o momento de parar e repensar seu relacionamento oficial.
Longe de mim ser moralista. Mais do que em namoro ou casamento, eu acredito na felicidade. E se seu companheiro precisa de um suplente para te fazer feliz, talvez tenha algo meio fora do lugar. Não estou dizendo para você chegar em casa metendo o pé na porta e fazendo as malas por causa de uns amassos e uma sessão de sexo casual. Mas convém fazer alguma coisa se rolar uma ressaca moral.
Às vezes um conjunto de lingerie novo, uma jantar romântico em um lugar bacana ou um final de semana na praia são suficientes para reacender a chama (nossa, que expressão mais cafona!).
Se depois de pensar e pesar as coisas, você resolver levar as duas (ou mais) histórias ao mesmo tempo, um conselho: seja discreta. Não por culpa, medo de ser descoberta ou receio do que as pessoas podem pensar de você caso descubram, mas as por consideração pelo sujeito que está em casa. Afinal, se a decisão foi manter o casamento, você deve sentir algo de bom por ele. Então não custa nada ter cuidado para não magoar o moço.
Não sou machista. Mesmo. Penso que homens e mulheres têm direito iguais, inclusive quando o assunto é traição. Mas também acredito em tratar as pessoas como eu gostaria de ser tratado. E ser traído, por si só, já é uma experiência bem dolorosa (eu sei e você também sabe). Não precisamos piorar tudo desfilando de mãos dadas com o casinho para quem quiser ver e contar para o dono oficial do cargo.
Não existem respostas fáceis para questões difíceis e no caso de infidelidade não seria diferente. Decidir manter o casamento após uma, ou várias, puladas de cerca não é necessariamente um problema desde que você consiga lidar com o fato de que está fazendo algo que possivelmente vai magoar alguém que te ama e que você afirma amar. Se colocar no lugar do outro cosuma ajudar nessas horas. Tente pensar em como você se sentiria se estivesse do outro lado do balcão. A resposta pode ser difícil de encarar, mas certamente vai te ajudar a decidir como agir. Fácil? Não. Mas ninguém nunca disse que seria.
O problema é que o aumento da “oferta” também fez crescer as tentações. Se por um lado a rede de computadores permitiu a criação de novos tipos de relacionamentos, com ela também nasceram novas modalidades de traição. É, minha amiga, a pulada de cerca virtual, ao que tudo indcia, é um problema mais do que real para os casais do século XXI.
Cutucadas, mensagens e curtidas, inocentes à primeira vista, podem ser o início de algo com chances efetivas de terminar em um belo par de chifres enfeitando a testa de alguém. Envie o primeiro spam quem nunca recebeu um comentário com segundas intenções em alguma foto ou foi adicionado pelo amigo de um amigo que não pensou duas vezes antes de puxar papo.
Dar bola para o sujeito é uma escolha pessoal e envolve os mesmos riscos que os relacionamentos extra conjugais do mundo real. Isso porque, apesar da sensação de maior liberdade e coragem, as regras ainda são as mesmas. Então, nem tente usar a internet como atenuante para suas escapadinhas (mesmo elas sejam apenas via e-mail, whatsapp ou SMS). Porque, nesses casos, vale a intenção. E ela está presente mesmo nos atos não realizados fisicamente.
Isso não quer dizer que toda e qualquer interação nas redes sociais seja um convite ao adultério ou uma prova inquestionável de que seu namorado está tendo um caso com aquela menina do trabalho dele que vive comentando tudo o que ele posta. Homem morre de preguiça de mulher paranóica do mesmo jeito que morre de preguiça de olhar vitrine em shopping sem inteção de comprar nada. Então, melhor pensar bem antes de bancar a paranóica e sair por aí cobrando explicações sobre uma história que só existe na sua cabeça. Além de correr o risco de sair com fama de maluca e barraqueira (e homem odeia mulher maluca e barraqueira mais do que odeia juiz de futebol ladrão) você pode levantar a bola de uma história que ele talvez nem tenha notado.
A criação de perfis fakes para espionar ou testar a fidelidade do outro também é a maior roubada. Primeiro porque não significa nada: o cara ignorar suas investidas não quer dizer que ele seja santo e se ele te der mole pode ser mais uma questão de vaidade do que de real intenção de fazer alguma coisa para valer.
Se em algum momento seu namorado lhe passar a senha dele para uma situação específica, como verificar uma informação ou imprimir um arquivo, por exemplo, mostre que você é digna da confiança dele e JAMAIS use essa informação em proveito próprio e sem o consentimento dele. Invadir o e-mail ou o Facebook alheio é uma péssima escolha. Além de ser crime.
Caso role alguma desconfiança, vale a pena parar para pensar nas razões nas quais se baseiam essa sensação. Se a avaliação não for suficiente para matar a pulga atrás da sua orelha, uma conversa honesta com seu namorado é a melhor solução.
E outro dia o Facebook anunciou ter alcançado a marca de um bilhões de usuários. Isso mesmo, você fez a conta certo, de cada seis pessoas que habitam este planeta, aproximadamente uma tem uma página na rede social criada por Mark Zuckerberg. Com tanta gente envolvida, mais cedo ou mais tarde os desmandos, maus modos e falta de noção que pululam no nosso dia a dia migrariam do mundo real para o virtual. Pois bem, infelizmente foi mais cedo. Exemplos de mau uso das redes sociais não faltam.
Encher a timeline das pessoas com atualizações, postagens e recados é o primeiro e talvez mais grave dos pecados que podem ser cometidos nas redes sociais. Na minha opinião, quem faz isso deveria ser condenado à fogueira, mas me parece que a Santa Inquisição abandonou a prática. Uma pena. Eu sei que você foi criada em um lar cheio de amor que girava em torno de cada pequena nescessidade sua e que por isso precisa, quase patologicamente, avisar a todos quando vai tomar água, fazer xixi, descascar uma laranja ou deixar/chegar ao trabalho. Na boa, não precisa. Mesmo. Primeiro porque a gente não liga. Depois porque faz você parecer uma louca carente e sem amigos. Melhor não, né?
Postar um milhão de fotos de bichinhos fofinhos com frases inspiradoras ou de autoria questionável é outro deslize que me faz considerar seriamente parar de receber as atualizações de certas pessoas. Caio Fernando Abreu, Clarice Linspector e Drummond JAMAIS escreveriam aquelas coisas e se tivessem escrito não gostariam que suas palavras viessem acompanhadas da foto de um filhote de cachorro. Se isso não for razão suficiente para você abandonar esse hábito, pensa que essas imagens são cafonas, muito cafonas. Tipo apresentação de Power Point com parábolas bíblicas. Se você ainda manda e-mails com apresentações em Power Point com parábolas bíblicas, pare de ler esse texo agora mesmo e volte para os anos 90. A humanindade agradece.
Compartilhar coisas que não são de interesse público é outra coisa que convém evitar. Outro dia uns amigos comentavam que a página deles foi invadida pelas fotos da cirurgia do menisco de um colega em comum. Eu, de verdade, não consigo imaginar o que passa pela cabeça do sujeito para ele achar que as pessoas vão curtir ver o joelho dele todo aberto. A dica é simples: a vida pessoal continua pessoal. Tente limitar o conteúdo das postagens a algo que realmente pode ser útil para quem recebe suas atualizações.
Tópicos muito específicos devem ser compartilhados com pessoas que se interessam pelo tema. Se você é super fã daquela banda finlandesa que faz múscia a partir de latas de sardinha, ótimo. Isso não quer dizer que eu vou achar super legal receber notificações sobre cada um dos videoclipes dos caras que você postar. Futebol, religião e novelas são assuntos que costumam gerar situações assim. Gente, o facebook permite que você separe seus contatos em justamente para evitar esse tipo de aborrecimento. Bora aprender a usar esse recurso e parar de encher o saco dos outros porque o seu time ganhou a partida do final de semana ou a Carminha levou uma surra do Tufão.
Ok, algumas causas são universais e devem ser defendidas por todos nós, mas as pessoas têm o direito de escolher até que ponto querem se envolver. Eu sou contra a violência doméstica ou contra crianças e animais, e não perco a oportunidade de alertar as pessoas sobre esses problemas. Mas prefiro não ver as fotos de um cão que apanhou até morrer ou assistir o video de uma criança sendo espancada pela babá. Esses são os meus limites. Seria elegante respeitá-los.
Marcar os outros em posts e fotos sem autorização também é pisar feio na bola. O mesmo vale para os aplicativos que mostram os lugares que você visitou. A pessoa tem o direito de não querer que saibam onde ela jantou ou o tanto que ela bebeu na última balada. Se para você não tem problema, tudo bem, mas tem gente que prefere não se expor tanto nas redes sociais. Na dúvida pergunte antes se pode associar as imagens e informações ao profile do outro.
No fundo, minha gente, é sempre sobre respeitar o espaço do outro e se colocar no lugar dele. Tipo civilidade, sabe? Pode parecer frescura no começo, mas todo mundo sai ganhando no final. Pode apostar.
A internet é um reflexo do mundo real e, como tal, apenas reproduz seus comportamentos. Se o sujeito flerta com meio mundo no Facebook, a culpa é dele, não do Facebook. O site só expôs um comportamento que ele teria mesmo que as redes sociais jamais fossem inventadas pelo homem. Nada a ver ficar colocando a culpa pelas suas escorregadelas, ou de quem quer que seja, na rede. O uso que damos à tecnologia é que pode ser bom ou mau. Pense nisso antes de responsabilizar o mundo virtual por atitudes questonáveis que você pode vir a tomar.
E quando somos traídos, devemos perdoar ou seguir a vida sozinhos? Muita gente fica enjoada só ao pensar na traição. Não consegue ver motivos para achar que alguém possa perdoar ou ser perdoado por cometer um ato tão sujo e leviano. Epa, calma, calminha! As coisas não são tão “preto no branco” como a gente pensa, existem milhares de tons no meio disso tudo.
Antes de começar qualquer discussão a gente precisa entender o que quer dizer traição para cada pessoa. É fazer sexo com outra pessoa? É fazer sexo com uma pessoa de sexo diferente? É beijar na boca? É pensar em outra pessoa? É sair para tomar um café uma vez por semana e ter conversas profundas e filosóficas? É passar a noite conversando na internet? É se masturbar conversando com outra pessoa numa sala de bate-papo virtual? É mentir sobre coisas importantes para o casal?
Algumas pessoas acreditam que traição é algo físico, então só existe quando duas pessoas se tocam, trocam carícias e chegam, ou não, ao sexo. Outras pessoas acreditam que o pior de tudo é a traição emocional e intelectual — quando as pessoas trocam confidências, se tornam melhores amigas e você deixa de fazer parte desse momento da pessoa amada. Há ainda as que acreditam que enquanto a namorada estiver de caso com outra menina, tudo bem, mas não pode ser com outro cara.
Agora que você já sabe que tudo isso pode mudar a questão do que é traição, é hora de pensar: o que é traição pra mim? E depois de chegar a uma conclusão — que pode mudar de acordo com o momento que você está vivendo — é hora de partir para a segunda pergunta: eu deixaria isso para trás?
E aí existem milhares de outras coisas para pensar, mas a mais importante delas é: eu vou guardar mágoa? Porque mágoa é a pior coisa que existe e se você vai olhar para a pessoa com esse sentimento pulsando dentro de você é melhor seguir sua vida sozinho.
Se você acredita que pode enterrar essa pedra no caminho e usá-la para melhorar as coisas, aí você tem que pensar muito em como trabalhar isso. Antes de falar qualquer coisa para a pessoa é bom você saber muito bem o que está sentindo e como isso mudou você — porque cada pequena coisa que acontece na vida nos marca e modifica.
A traição é algo que, ao ser perdoado, deve ser deixada para trás e esquecida. Você nunca mais vai poder tocar no assunto ou jogar isso na cara da pessoa, vai ser como se nada daquilo tivesse acontecido. Para que isso seja possível você vai ter que colocar tudo para fora na hora certa: antes de aceitar que tudo siga seu rumo.
Trair como vingança, colocar a terceira pessoa contra a parede, usar o acontecido como arma para tudo ou contar para todas as pessoas do planeta o que aconteceu não são coisas saudáveis. Sim, muita gente faz, mas são coisas que não fazem bem nem a você, nem ao relacionamento e muito menos a quem está presenciando esse ato de masoquismo.
Ao decidir esquecer a traição você aperta o pause no relacionamento, volta até o dia em que aquilo aconteceu e apaga até o momento em que você resolveu seguir com aquela pessoa ao seu lado. Durante essa pausa você pode, e deve, perguntar tudo o que queria saber, pensar se o que você sente é forte o suficiente e deixar claro — pra você e para a outra pessoa — como seria caso isso acontecesse novamente. Essa conversa vai ser decisiva e deixará claros os rumos do relacionamento.
Fui eu quem traiu
A primeira coisa que você tem que pensar nesse momento é: por que eu fiz isso? Respostas como “eu tinha bebido demais”, “estava carente naquele dia” ou “apenas rolou” não serão aceitas. Você precisa pensar de verdade, mergulhar no fundo dos seus sentimentos e entender porque você foi procurar algo “fora de casa”.
Depois de encontrar essa resposta você precisa concluir se o motivo pode ser resolvido com a ajuda da outra pessoa ou é algo apenas seu. Se você traiu porque tem necessidade de fazer sexo com mais de uma pessoa a resposta é ficar solteiro ou buscar um relacionamento aberto. Se você traiu porque a outra pessoa não dá a atenção que você precisa, não te trata como você gostaria ou faz com que você se sinta mal, ela pode te ajudar a melhorar isso.
Se você concluir que pode mudar como se sente e resolver os problemas com a ajuda da outra pessoa, é hora de começar a pensar que vale a pena contar sobre a traição. Se você concluir que é algo apenas seu, é hora de conversar sobre outras possibilidades de relacionamento.
Antes de contar sobre a traição para a outra pessoa o que você mais precisa ter em mente é: estou fazendo isso para melhorar o relacionamento ou para tirar um peso das minhas costas?
A resposta sendo a primeira, você conta, arca com todos os problemas que isso pode trazer, joga limpo e depois disso manda a culpa embora. O relacionamento deve seguir como antes, com o pause dado da mesma maneira de quando você é traído. Você deve enterrar a culpa e viver de acordo com o novo “contrato” que fez com a pessoa que está contigo.
Lembre-se que se você leu esse texto até aqui é porque acha que traição é um erro. E insistir no erro é burrice, não é?!
A gente quer ser moderninha, mas homem faz falta, né? E outro dia entrei numas de arrumar um namorado. Assim, com a praticidade de quem decide estudar inglês, fazer academia ou cortar o cabelo. Resolvi encarar a questão como a objetividade de quem desenvolve um projeto importante, desses que precisam de cronogramas, tabelas no Excel e planos de ação. Mobilizei amigos, explorei redes sociais e coloquei o bloco na rua em busca desse sujeito que me ajudaria a enfrentar com um pouco mais de leveza e prazer esses dias terrivelmente chatos.
As coisas andavam às mil maravilhas. Tudo que estava ao meu alcance foi feito para dar cabo a essa vida de homem só. O único detalhe é que o sucesso da contenda não dependia só de mim. E mesmo a parte que dependia não era assim tão fácil de manejar. Porque, vejam bem, por mais que a gente tenha nossos gostos e preferências, ninguém nunca sabe para quem a outra ponta da garrafa vai apontar.
Nessa minha incursão em busca de um homem para chamar de meu, me deparei com muitas coisas. Caras bonitos, mas sem uma gota de bom humor. Gente divertida que mora do outro lado do país. Um povo cheio de preconceitos, uma gente que não gosta de gordo, de magro, de quem bebe, de quem fuma, de quem vai para a balada, de quem é mais novo ou mais velho.
Descobri que boa parte das pessoas, eu incluído nesse grupo, não querem um namorado, querem um personagem para preencher um lugar bastante específico em suas vidas. Então, com essa ideia de príncipe encantado em mente saem pela vida fazendo listas de qualidades almejadas e defeitos inaceitáveis em um pretendente. Azar de quem se apaixonar por essa gente, porque vai se presentear com a ingrata tarefa de ser a representação de um sonho, a personificação de uma série de projeções vindas sabe-se lá deus de onde. Desnecessário dizer que vai dar errado, né?
Além do povo que espera o sujeito montado no cavalo branco (ou suas variações mais modernas e bem menos românticas) conheci um monte de gente que quer namorar, mas não está disposta a correr os riscos inerentes a qualquer história de amor. Aquele tipo que vive reclamando que está solteiro, mas vive arranjando desculpas para não mudar a situação.
Longe de mim incentivar alguém a encarar um relacionamento por carência, pressão social ou qualquer coisa que não seja amor. Mas também é impossível ignorar o esforço que algumas pessoas fazem para se manter na zona de conforto. Apesar de triste, esse tipo de comportamento não seria um problema se ele prejudicasse apenas aqueles que resolve assumí-lo. O problema é que vez ou outra mais alguém tem a infelicidade de ser arrastado por esse redemoinho de racionalização. Resultado: você confusa e apaixonada por um cara que diz estar a fim de ter um relacionamento sério, mas não faz efetivamente nada para levar as coisas para o próximo nível. Não sei se você já percebeu, mas vai sofrer. Muito, provavelmente, se você estiver mesmo gostando dele.
Ninguém sai por aí com crachás no meio do peito indicando pontos fortes e fraquezas. Então convém não enlouquecer tentando adivinhar o comportamento das pessoas. No fim das contas é tudo uma questão de química. Ou bate ou não bate. Melhor nem tentar colocar ordem em um sistema pautado, justamente, na imprevisibilidade e no caos. Fazer a sua parte é uma coisa, forçar a barra é outra e confundir as duas é mais fácil do que a gente imagina.
E a amizade colorida? Quem nunca se apaixonou por um amigo que atire a primeira pedra. Quem nunca confundiu todo aquele companheirismo, bem querer e proximidade com algo que ia muito além da broderagem que dê um passo a frente e deixe a sala imediatamente. Gente, na boa, tem coisa mais fácil do que se deixar levar por aquela sensação de confiança e intimidade e acabar imaginando que existe algo mais do que fraternidade em todos aqueles gestos e boa vontade? Não tem. É aí que mora o perigo.
Veja bem, amizade é um dos tipos mais poderosos de afeto que existem. Amigos vivem e morrem uns pelos outros, ouvem histórias, ajudam sem julgar e estão sempre lá para dar uma mão quando a barra pesa demais, seja com um conselho de última hora ou uma dose de tequila. Sem falar nos gostos parecidos, nas piadas internas e nas milhares de coisas vividas juntas que trazem uma sensação de aconchego que nem colo de mãe supera. Fala sério, essa é ou não é a receita de um relacionamento perfeito? Até seria, se não fosse por um pequeno detalhe: não há amor entre amigos. Pelo menos não do tipo romântico em que as pessoas se beijam, e se casam e vivem felizes para sempre em casas com cerquinha branca. E isso, minha amiga, muda tudo.
Porque amigos, ao contrário de namorados, não exigem exlcusividade, o que dá uma baita leveza para a história. Então pense bem antes de enfiar, a força, a carapaça de “homem da sua vida” naquele cara que você conhece há anos e que nunca deu sinais de querer levar o relacioamento de vocês para outro nível. Porque ele pode, simplesmente, não ser a melhor escolha para o papel.
Concordo que a gente não controla o que sente e muitas vezes somos pegos de surpresa por esse sentimento que tomou um rumo inesperado. No entanto, é preciso estar atento para não confundir os canais e colcoar na prateleira o amor o que deveria ser jogado no cesto da carência. Porque eu aposto como esse amor repentino surgiu, justamente, em um momento em que a vida te deu uma rasteira e você, sem muitas perspectivas, se voltou para o ombro amigo mais próximo.
O lance da projeção também pode levar as pessoas a pensar que o sentimento pelo outro deixou de ser amizade. Porque, as vezes, a gente gosta tanto do outro, admira tanto o outro, se diverte tanto com o outro que acaba querendo ser o outro. Só que não dá, né? Então a gente enfia na cabeça que quer ter o outro só para gente na tentativa de absorver por osmose um bocadinho daquilo tudo que faz dele um ser tão especial. Precisa dizer que isso não vai dar certo? Acho que não.
Não estou dizendo que amigos não podem ser amantes e vice-versa. De vez em quando o afeto se transforma e ganha outros significados. Sorte dos pombinhos se conseguirem manter seu relacionamento leve e profundo como as grandes amizades sãos. O problema é pensar que amor e amizade são etapas de um mesmo processo. Porque geralmente não são.
Longe de mim desencorajar quem quer que seja a viver suas paixões por mais improváveis que elas pareçam. Só acho que não custa nada conferir se tem água na piscina antes de pular. Ou melhor, convém ver se a tal piscina existe mesmo ou se não é uma miragem criada pela sede extrema de afeto da qual sofremos vez ou outra na vida.
E o que vocês acham de a gente ser amante? Chifre é uma das verdades inexoráveis da vida. Já fui duramente criticado por afirmar isso acima. Mas digo e repito, sob o risco de ser atacado pelos moralistas ou desacreditado pelos românticos: mais cedo ou mais tarde todo mundo trairá ou será traído. Ainda que seja uma vez só. Ainda que não seja nada sério. O lance é tão parte da nossa cultura que criaram até uma data para homenagear o pessoal que de vez em quando resolve dar uma passeada pelo quintal do vizinho para conferir se a grama por lá é mesmo mais verde.
A ideia inicial era escrever um texto com prós e contras de ser amante. Tanto para homens quanto para mulheres. Eu tentei, de verdade, encontrar um lado bom nessa história do ponto de vista do terceiro lado desse triângulo amoroso. Mas não deu. Mesmo. Eu, particularmente, acho que ser amante é a maior roubada do universo. Sério. Sou um cara bastante ciumento e a simples possibilidade de dividir meu objeto de desejo com outra pessoa me tira do sério. Ainda que eu seja a filial e, tecnicamente, esteja errado. No entanto, há quem dê conta de viver nessa espécie de clandestinidade afetiva.
Veja bem, ser amante é quase como estar em um relacionamento que não tem as partes mais legais de estar comprometido. Porque existe o tesão, o carinho e a vontade de viver milhares de coisas juntos. Mas nada disso pode ser vivido de forma plena porque há sempre a necessidade de se esconder e de disfarçar e o medo de ser descoberto.
É tipo quando você está apaixonada por um cara que só está a fim de te pegar de vez em quando. O papo é bom, o sexo é bacana, o sujeito é divertido e os momentos que vocês passam juntos são incríveis. Mas quando ele vai embora sem dizer quando volta, ou se volta, fica aquele vazio, aquela sensação de abandono. Quando você se envolve com alguém comprometido rola algo parecido. Porque dá a impressão de que você recebe o que sobra do outro. Talvez por uma mistura de insegurança, sentimento de posse e vaidade isso não me parece ser suficiente para fazer alguém feliz.
Gente, longe de mim iniciar uma caça às bruxas. Nada me irrita mais do que esse povo de vestido de florzinha e colar de pérolas que fica ditando regras sobre a vida afetiva e a sexualidade dos outros. Sou a favor da felicidade e acredito de verdade que o caminho para chegar a ela é bastante pessoal. Se você não se incomoda em ter encontros furtivos em horários inusitados ou não existir oficialmente na vida do outro, tudo bem. Eu não consigo. Mas eu não sou medida de nada.
Nem vou entrar no aspecto ético dessa história toda, porque há pouco a dizer em defesa de quem aceita ser a outra, ou o outro. Sem moralismos, mas quem, assim como eu, já foi traído sabe o quanto dói. Não consigo encontrar argumentos que justifiquem um comportamento capaz de causar tamanho sofrimento a alguém. Claro que a culpa não é só da amante. Para ser sincero, acho que ela é mais vítima do que vilã. Mas vale a máxima do “quando um não quer dois não traem”. Então convém ficar longe do bofe alheio, ainda que ele insista em ficar bem pertinho de você. Se não por respeito, pelo menos por medo. Porque dizem que a vida devolve tudo em dobro e chifre é que nem perfume do Avon: ainda que você use pouco, o estrago é sempre imenso. Imagine se vier em grande quantidade.
Amiga, você quer bater um papo de mulherzinha comigo? Então, escreva para gente, que alguma mulherzinha de nossa Equipe vai te responder, beleza?
Beijocas da Lyly
por Maria Silvia Orlovas
Num mundo tão cheio de compromissos, trabalho, stress, parece
difícil viver bem, sentir-se feliz, estar em harmonia, porém, isso é tudo o que
a gente quer. Queremos ser amados, sentir-nos úteis, realizando um bom trabalho
e tendo reconhecimento por isso. No entanto, quase sempre a realidade à nossa
volta não nos traz felicidade, quase sempre a sensação é de frustração, mas não
podemos nos deixar dominar pelos infortúnios.
Sinto que nesta entrada de
outono as energias do astral estão em grande tumulto. Se até um papa renunciou,
o que podemos imaginar sobre essas forças?
Algumas pessoas me
questionaram sobre a mudança vibracional esperada para 21.12.2012, alguns,
inclusive, reclamando que não sentiram nada. Aliás, que bom que não sentiram,
porque se energeticamente as coisas estão tumultuadas, imaginem se as mudanças
tivessem sido ainda mais densas. O que teria acontecido? Terremotos, maremotos,
destruição?
Os mentores ensinam que um mundo leva milhões de anos
evoluindo. A humanidade em forma física como somos hoje, atravessou muitos
desafios, e já viu nascer e desaparecer importantes civilizações para chegar até
aqui. Assim, não seria sábio perder todo esse esforço. As hierarquias de luz se
uniram para favorecer uma transformação intensa, mas ao mesmo tempo, de modo
menos doloroso possível. Assim o que vemos, o que sentimos, são as ondas
vibracionais e formas-pensamento densas sendo transformadas. O que significa que
as pessoas estão sendo convidadas a olhar para suas histórias, seus
relacionamentos e observar qual atitude é boa e qual é ruim. Estamos crescendo
para fazer escolhas.
Tomar consciência não é indolor. Mas fechar os olhos
e levar a vida no piloto-automático também não alivia o que sentimos quando
estamos nesse movimento de despertar. Assim, dizem os Mestres, é natural o
desconforto. Dizem eles que quando uma luz se acende num quarto escuro, tudo
aquilo que estava em desordem, de repente, toma forma. A sujeira
aparece…
Percebo que muita gente está meio triste, sentindo-se fora de
foco, sem saber o que fazer, e isso se deve justamente pelo movimento
vibracional. As coisas estão mesmo fora do lugar, mas não devemos ter pressa em
arrumar tudo e buscar o conforto na falta de esperança em dias melhores. Então,
vamos ficar por aqui mesmo porque não há nada melhor.
A mudança está apenas
começando e naturalmente vem trazendo desordem. Assim, precisamos de paciência e
esperança.
Esse é o momento de não brigar, de não tentar resolver tudo de
forma impulsiva, de evitar levantar mágoas. Quando conseguimos agir com mais
paciência e sabedoria, a realidade em torno de nós pode também se acomodar de
uma forma mais positiva.
Observe que quando você está triste, o mundo à sua
volta torna-se uma grande tristeza. Já quando você está feliz, naturalmente está
também com boa disposição, inclusive para lidar com os problemas.
Conheci
um médico que dizia que a gente tem que descobrir dentro de nós um estado
semelhante ao da paixão. E quem já esteve apaixonado sabe que inebriados pela
possibilidade de felicidade, achamos tudo lindo, somos capazes de trabalhar um
dia inteiro e ainda sair à noite, lindos, perfumados e gentis…
Mas onde
encontrar essa energia? Se todos sabemos que as mais lindas histórias de amor
não perpetuam o estado da paixão?
Sinto que não temos que ter medo dos
estados negativos, nem tão pouco assumi-los como realidade. O que precisamos
fazer é observar que, se estamos em transição, nem a sombra é a verdade, nem a
luz também nos assegura a paz.
Se a noite sucede o dia, num eterno ciclo
evolutivo, vamos vibrar para ficar bem a despeito das turbulências. E nessas
horas, nada melhor do que todos os dias dar um espaço para as
orações.
Muita luz para você, com coragem para aguentar ver o que ela lhe
mostrará
Fonte: Site Vida Nova
:: Por Silvia Malamud ::
Em nosso dia a dia
constantemente estamos transitando em meio a inúmeras pessoas e em casa, quando
supostamente estaríamos sozinhos, ou assistimos televisão, ou estamos com
vizinhos, ou lendo livros, ou falando ao telefone, acessando internet etc..
Enfim, a todo tempo ficamos envolvidos com toda a sorte de situações que nos
informam de que nunca estamos sós. Ou talvez que nos iludam incitando essa
sensação.
Complementando este tipo de ininterrupta interatividade, a vida
em nosso planeta também tem se mostrado esfuziante, emergente e rápida. E a
Terra, embora sendo o nosso lar, nossa morada, paradoxalmente, acaba sendo lugar
onde poucos têm a verdadeira chance de efetivamente se sentirem em casa.
Essa suposta verdade de que nunca estamos sós acaba se revelando como
uma grandiosíssima mentira. Parece uma peça que nos pregaram e que a todo custo
ainda tentam implantar nos desavisados.
Até podemos acreditar que apenas
pelo motivo de estarmos com muita gente ao redor e também por conta de todo o
excesso de informações que nos atravessam, de que nunca estamos sós, ou de que
não há espaço para sentir esse vazio. Neste sentido, se acaso alguém se
queixasse da solidão, seria algo totalmente infundado. Mas, seria mesmo? Ao que
parece, não, um dos sentimentos mais profundos da humanidade é o da solidão.
Grande número de pessoas literalmente odeiam finais de semana quando terminam
suas atividades de trabalho e se desconectam das relações de referência. Hoje
mais do que nunca pessoas e mais pessoas não se sentem pertencer aos meios em
que circulam, aos ambientes onde vivem. Muitos encontram-se como um peixe fora
da água.
Os mais ávidos por se sentirem vinculados, ou se casam
indevidamente, ou caem na noite, usam drogas ou mesmo viciam-se em sexo sem
compromisso entre outras situações danosas. A busca é a da saciedade para se
evitar o sentimento do vazio da solidão, que é pior dos mundos, lugar onde mesmo
quando acompanhados a sensação é a de isolamento.
Em meio a cavalgadas
silenciosas, jovens, adultos e mesmo crianças transitam numa busca cega pelo
sentimento de lar, sentimento este, muitas vezes jamais vivenciado em sua
plenitude.
A vida no século XXI dificulta sobremaneira a resolução deste
tipo de conflito, pois todos parecem estar com pressa, principalmente nas
cidades grandes. Quando se tenta fazer amigos pela internet, por exemplo, estes
em pouquíssimo tempo evidenciam ser amizades apenas virtuais, ou seja,
deletáveis. Na vida prática, quando se faz amigos no trabalho, a competitividade
é o que impera. Tudo fica efêmero, desfazendo-se em instantes.
Os mais
sensíveis, que necessitam de um contato mais direto, olho no olho, essência com
essência, normalmente ficam à margem de tudo e de todos. À margem dos programas
de funcionamento prático de vida que isentam o ser humano da relação de conexão
profunda que se pode ter com o outro. Silenciosamente, porém, e mesmo sem saber
dos caminhos certeiros, buscam abrir espaço para que a riqueza existente nas
trocas afetivas aconteça e para que o significado dos vínculos e dos desafios,
que existem em todas as relações, possam chegar como reais experiências de
vida.
Não se enganem os mais introvertidos ao suporem que o mundo dos
extrovertidos é diferente dos deles. O que se passa do lado de dentro, muitas
vezes, é da mesma ordem de percepção para ambos.
Hoje mais do que nunca,
as pessoas sentem solidão. Ao mesmo tempo em que há um desprendimento para se
viajar só, para comer em restaurantes e cinemas na própria companhia, a
sociedade “autossuficiente” neste quesito peca ao esconder em suas profundezas a
dificuldade para se vincular. Há, porém, um limite para se isentar ou passar por
cima das dificuldades que acontecem nas entrelinhas. Um dia, a casa cai e o
sentimento de solidão e de falta de vínculo irrompe sangrando.
O que
dificulta este tema é que hoje é muito difícil as pessoas falarem da própria
solidão, todas estão frenética e ininterruptamente plugadas, conectadas. A
grande questão é que o momento do confronto consigo mesmo um dia fatalmente
acontece derrubando qualquer mecanismo de defesa.
A busca de terapia vem
nessas ocasiões onde a solidão e o sentimento de não pertencer se tornam tão
implacáveis que o próprio sentido da vida desaparece. São nestes momentos que
angústias impensáveis tomam posse do indivíduo e a conhecida lida com a vida
fracassa. É quando a crise chega.
Se bem guiada, a resolução da crise
poderá transformar o indivíduo por completo e um verdadeiro renascimento poderá
ocorrer. Novas escolhas e ousadia para se bancar no que for importante é o que
passará a valer. Isso pode ocorrer independente de idade.
Tive uma
paciente que aos 70 anos conheceu um senhor russo pela internet e disse convicta
aos filhos e netos que retornaria ao seu país de origem, Rússia, para viver com
este que lhe recuperara o seu sentimento de pertencer. Disse que a sua voz de
russo apaziguava o seu coração trazendo de volta lembranças de seu berço de
origem, de sua língua-mãe.
Na vida de hoje, tudo se organiza de modo
diferente de outrora. O sentimento de pertencer a algo, de se sentir em casa
mudou radicalmente. Diversas famílias se configuram de modo distante de
antigamente, muitos mudaram de religião, os empregos já não são permanentes e
nem são garantia de nada. A cada dia que passa, a tecnologia muda. O que é moda
hoje, horas depois corre o risco de não ser mais.
Transitar, pertencer e se
vincular num mundo onde a nova lei baseia-se na mudança constante, não é tarefa
fácil. A não fixidez dificulta as referências de origem, o reconhecimento da
estrutura interna.
Encontrar-se consigo mesmo e com as suas verdades faz
com que o vazio e a solidão transformem-se na energia radiante que vem do si
mesmo, no seu lugar seguro e de referência. O seu mundo interno, mesmo que
mutante deve ser o seu templo.
Centrar-se e reconhecer o que faz sentido
é a porta de acesso ao outro, aos vínculos e ao crescimento promovido por todas
as relações.
Fonte: STUM
Atraídos pelo clima, beleza, estilo de vida e oportunidades profissionais, muitos estrangeiros desembarcam no Rio sem ter muita consciência do custo de vida. Considerada uma das mais caras do mundo, a cidade tem o 2º maior custo de vida do Brasil e das Américas (atrás apenas de São Paulo) e o 13º no mundo para expatriados, segundo levantamento da consultoria Mercer. E vira um desafio orçamentário para quem vem de outro país.
– Como pode um vinho argentino ou chileno custar mais barato na Inglaterra? O vinho Casillero del Diablo custa R$ 38 no Pão de Açúcar, enquanto no Sainsbury´s, rede de supermercado inglesa, custa 7 libras (cerca de R$ 21) – exemplifica o inglês Tom Le Mesurier, que trabalha como analista de Negócios e acabou tirando do forno o blog “Eat Rio” com dicas de restaurantes e preços.
– Já que os vinhos são muito caros aqui, hoje eu bebo cachaça como alternativa. Há sempre uma solução – brincou o inglês que mora no Rio há dois anos.
Mesurier pondera que alguns produtos como frutas, legumes e peixes vendidos nas feiras do Rio são mais baratos que em Londres. Segundo ele, porém, a grande diferença é na busca por restaurantes mais sofisticados.
– Se você quiser comida italiana ou japonesa em Ipanema, uma refeição para duas pessoas pode custar R$ 200 ou mais, especialmente se beber vinho. Em Londres custa quase a metade do preço – disse.
O italiano Gugo Cruciani rodou o mundo antes de se mudar para o Rio. Morou em Roma, Miami, Caracas, Londres e Bruxelas. E diz que foi na cidade maravilhosa que encontrou a maior dificuldade para se instalar.
– Sempre quis morar no Rio, sou apaixonado pela cidade. Mas tive que adiar a mudança por causa do alto custo de vida. Tudo é muito caro, os preços estão fora de controle, subiram de uma forma impressionante. É difícil morar bem aqui se não tiver um bom trabalho – contou.
Antes de se mudar, Cruciani, que também é economista e administrador, já frequentava território carioca de olho na oportunidade de negócios. Há um mês o italiano reside no Rio e se prepara para inaugurar uma sorveteria entre janeiro e fevereiro. Apesar de o sonho estar próximo de se tornar realidade, os preços inflados continuam sendo motivo de preocupação:
– A economia está crescendo, a Copa chegando, se quiser montar seu negócio é possível, mas a questão dos preços é um ponto negativo para a cidade. Muitas vezes me pergunto como as pessoas da classe média fazem para sobreviver na zona sul – disse.
Enquanto o país não diminuir seus custos de produção, os 69.263 estrangeiros que moram no Rio, segundo dados do Censo de 2010, provavelmente não poderão ver a queda dos preços. Na avaliação do coordenador do Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, esse é um dos principais desafios de um Brasil que pretende ser competitivo.
– A forte incidência tributária, tanto na mão de obra como nos insumos, torna a produção cara e o custo de vida fica elevado. Para o país poder ter mais competitividade, tem que baixar os custos. A redução do custo de vida será consequência da redução do custo de produção – disse.
Aperto para os vizinhos
Se os preços são altos para os europeus, a situação é mais grave para os latinos. A colombiana Carolina Aldana diz que gasta no Rio quatro vezes mais do que gastaria em sua cidade, Cáli. Ela, que também já morou em Buenos Aires, Miami e Paris, chama a atenção para os custos de transporte:
– O transporte público é absurdo. Em Buenos Aires, o ônibus custa cerca de 1,20 pesos, o que equivale a R$ 0,50, enquanto no Rio custa R$ 2,75 – disse.
Há apenas sete meses no Brasil trabalhando como analista de Marketing, o aluguel em Ipanema também aperta o orçamento da colombiana. Ela diz haver morado em bairros nobres nas suas andanças pelo mundo, mas nada supera o valor cobrado no Rio:
– Fico pensando o tempo inteiro como as coisas podem ser tão caras aqui. Em Buenos Aires, pagava 780 pesos por um quarto (cerca de R$ 550). Em Paris, 550 euros (em torno de R$ 1.400) e, no Rio, gasto R$ 1.600 com aluguel – comparou.
– Em Miami, por exemplo, é possível encontrar um bom apartamento em regiões valorizadas por US$ 1.000 (cerca de R$ 2.000). No Rio, as opções são muito restritas – complementou.
Segundo o economista da FGV, os aluguéis tem subido sistematicamente acima da inflação há alguns anos. O Rio desbancou até Brasília e passou a ter o metro quadrado mais caro no país.
– O setor imobiliário ganhou um impulso especial com acesso a crédito. Não só o Rio com todas as cidades grandes brasileiras têm passado por um boom imobiliário. A valorização dos imóveis e de terrenos e aluguéis vão junto. As pessoas estão demandando mais do que o mercado está conseguindo atender – disse Quadros.
Disparidade na relação custo x benefício
A percepção de cidade cara é compartilhada pelo francês Thomas Sparfel. Ele viu o preço do apartamento onde morava dobrar desde que chegou no Rio, há cinco anos.
– Alugava um conjugado de 40 metros quadrados em Santa Teresa. Antes, pagava R$ 1mil. Hoje, subiu para R$ 2 mil – afirmou.
Sparfel é formado em Ciências Políticas e veio para o Brasil após receber uma proposta de trabalho no Consulado Francês no Rio. Segundo ele, o problema da cidade, mais do que os preços altos, está na relação entre custo e benefício.
– O Rio está tão caro como Paris e os serviços públicos não são da mesma qualidade. Moro em uma rua que tem problema de recolhimento de lixo, por exemplo.
O lazer também não foge à regra, na avaliação de Sparfel.
– Os ingressos para shows internacionais são absurdamente caros. O ingresso mais barato para o show do Bob Dylan no Rio foi de R$ 500. Em Paris, custou menos da metade, em torno de 80 euros (o que equivale a R$ 200). Em uma das apresentações na minha cidade, o ingresso foi mais barato ainda, valia mais ou menos 40 euros (cerca de R$ 100) – afirmou o francês, de Bretagne, no interior da França.
Um homem de sorte
O advogado americano Nathan Walters, de Kansas, se considera “sortudo” por haver encontrado um apartamento na Avenida Atlântica, em Copacabana, de dois quartos, com aluguel de R$ 3.200.
– É uma dificuldade encontrar apartamento que valha a pena aqui. Alugar um imóvel em uma região tradicional é caríssimo. Todos que me visitam dizem o quanto tenho sorte por haver encontrado o meu – disse.
Walters conta que quando vai aos Estados Unidos volta munido de roupas e eletrônicos para não ousar pagar os altos preços cobrados no Brasil.
Segundo ele, se fizer um esforço, é possível levar uma vida com gastos razoáveis. Mas nos padrões americano e europeu, é quase impossível:
– Na Europa e nos Estados Unidos você come em ótimos restaurantes e paga bem menos. No Rio não é assim – afirmou.
Apesar das queixas, quando são questionados sobre a possibilidade de deixar Rio por causa do alto custa de vida, os estrangeiros têm sempre a mesma resposta: Não trocariam o Rio por outro lugar.
A difícil arte da convivência…
por Maria Silvia Orlovas
Não é preciso nenhum esforço para perceber o quanto é difícil viver de forma harmoniosa. Parece que o tempo todo somos testados para sair do prumo, para dizer verdades, cair na culpa, ou chorar no silêncio. E apesar desse tipo de comportamento ser mais observado em nós, mulheres, os homens também não escapam desse aprendizado.
Trabalhando com pessoas e espiritualidade a vida inteira, percebo que mais difícil do que se conectar com Deus é vê-Lo no semelhante, e quanto mais próxima essa pessoa for, quase sempre é ainda mais difícil. Porque quando nos conectamos com Deus precisamos nos abrir, deixar fluir sua Luz, receber e aceitar aquilo que nos acontecer com alegria, porque será aquilo que vamos ter…
Para falar a verdade, tenho que confidenciar que nunca fui muito de aceitar as coisas do jeito que elas são. Sempre lutei, tentei melhorar, arrumar, entender, tudo isso que a gente costuma fazer para se dar bem com as pessoas, mas com Deus o negócio é diferente, porque não terá aquela vez que Ele, o Todo-Poderoso terá que ceder aos nossos caprichos.
No caso da nossa relação com Deus, sempre nos restará aceitar o que nos couber, porque a palavra final é Dele e sempre será. Agora, nos relacionamentos, não lidamos com almas puras, iluminadas que querem apenas o nosso bem. Lidamos com pessoas com caprichos, com mágoas guardadas, com histórias de vida, às vezes, completamente diferente das nossas.
E o que fazer? Que língua falar com esta pessoa que está no nosso caminho, e com a qual precisamos nos relacionar, se não com amor, pelo menos de uma forma gentil, delicada?
Costuma ser nesse momento de impasse que as pessoas me procuram para entender do passado. Nessas horas em que já tentaram de tudo e não conseguiram alcançar seus intentos e geralmente acabo compartilhando boas e más notícias. As boas é que sempre podemos nos libertar do passado, de relacionamentos kármicos, de pessoas e situações pesadas que carregamos, e as más se referem a aceitar certos aprendizados que fazem parte da evolução, e compreender que não mudamos as pessoas.
Isso tudo pode parecer lógico para alguns e, no mínimo, irritante para tantos outros, mas ainda que não gostemos, teremos que aceitar o fato de que a felicidade na nossa vida depende de nós e não de circunstâncias externas, e que lidar com a vida poderá ser mais leve se relevarmos muitas coisas.
Percebi que pessoas tristes, emocionalmente pesadas, costumam carregar muitas mágoas e muitas esperanças frustradas, algumas que de fato poderiam ter dado certo, e outras em que nunca tiveram muita chance, porém, o desapego nem sempre é natural como poderia ser.
Os mentores ensinam que conviver em família, no amor e mesmo no trabalho, é o buril da nossa evolução. E justamente por isso tende a ser o maior desafio na vida das pessoas. Porque conviver significa colocar em prática tudo aquilo que fomos, desde a infância, convidados a aprender, como o respeito aos pais, às pessoas mais velhas, doentes, e mesmo amigos e familiares em maus momentos. Precisamos respeitar as pessoas e quando percebemos que seremos respeitados -mas que o outro não tem a sabedoria de nos tratar como merecemos-, o único caminho é se afastar, se não fisicamente (porque nem sempre isso é possível), saibamos ao menos observar quem é a pessoa e o que ela poderá nos oferecer…
Conviver é também sinônimo de sabedoria, de treino de amor que oferecemos ao outro e a nós mesmos. Porque não há como amar alguém sem se aperceber de oferecer primeiro amor a nós mesmos, e que se agirmos assim com mais auto-estima, com certeza, não nos magoaremos com tanta facilidade. Mas, se no caminho da vida surgirem as inevitáveis frustrações, não podemos esquecer que esta existência é um exercício para o nosso espírito que é eterno e muito maior que os nossos altos e baixos. E é por isso que, constantemente, vamos e voltamos para Deus, porque é Ele que sempre pode nos ajudar a viver com mais amor e mais luz. Ele é o nosso mais fiel amor e companheiro, ainda que não faça sempre o nosso gosto.
Fonte: Vidanova