G1 traça perfil de São José dos Campos no aniversário de 250 anos da cidade
Pluralidade da maior cidade do Vale do Paraíba é reflexo de sua história e da identidade de seus moradores.
Quantas cidades cabem dentro de São José dos Campos?
Grande e cheia de contrastes, dentro de São José moram outras ‘São Josés’ – dos operários, dos cientistas, dos migrantes, urbana e do campo, tradicional e moderna. Diversidade é a palavra que define São José dos Campos. Por isso, para retratar essa pluralidade, o G1 produziu cinco reportagens – nelas, o perfil de cada região é traduzido por meio de seus moradores. São eles que ajudam contar a história da cidade que completa 250 anos nesta quinta-feira (27). Urbanização de São José teve início na região no entorno do sanatório Vicentina Aranha (Foto: Adenir Brito/Divulgação Prefeitura de São José dos Campos) Uma cidade à margem do desenvolvimento durante o ciclo do café – assim era São José antes da fase sanatorial. Com a instalação de sanatórios para tratamento de tuberculosos, no começo do século passado, a cidade ganhou visibilidade. Esse primeiro eixo-econômico de São José, ligado a saúde, ajudou a ‘divulgar’ a cidade para o restante do país e atraiu novos moradores.
Santana, na zona norte, é o bairro mais antigo de São José dos Campos (Foto: Antonio Basílio/Divulgação Prefeitura de São José dos Campos) Primeiro foco industrial de São José dos Campos, a zona norte foi berço das maiores empresas de São José até a metade do século passado. O povoamento da região tem como protagonistas a Tecelagem Paraíba, em 1925; e depois a Cerâmica Weiss, em 1942. A zona norte, hoje conhecido reduto mineiro, ainda preserva o ritmo da vida no campo. O bairro Santana é o mais antigo da cidade.
Avenida Andrômeda, com perfil comercial, é um dos principais corredores de São José e o mais importante da zona sul (Foto: Antônio Basílio/Divulgação Prefeitura de São José dos Campos) Superlativo define a zona sul. A região que mais parece uma ‘cidade’ – maior até que a vizinha Jacareí e onde vive a maioria dos habitantes do munípio. A urbanização da zona sul teve um ‘boom’ com a instalação do CTA e o início do processo industrialização da cidade, a partir da década de 50. Operários contratados pelas recém chegadas empresas a São José mudaram em massa para a cidade. Na zona sul, eles encontraram espaço para fazer moradia. Hoje, principal característica dessa área, segundo os próprios moradores, é a subsistência. A zona sul tem um centro comercial forte e grande oferta serviços.
Zona leste cresceu ao redor do eixo da Dutra a partir da década de 1950 (Foto: Antonio Basílio/Divulgação Prefeitura de São José dos Campos) Endereço das maiores empresas de São José dos Campos, a zona leste é considerada também polo tecnológico da cidade – abriga o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no Jardim da Granja; e o Parque Tecnológico, em Eugênio de Melo. Antes da instalação de gigantes como a General Motors, Eriscon, Embraer e Petrobras, no eixo da Dutra, a atividade agrícola era a principal fonte de renda dos moradores da região. Hoje, a região dá impulso à economia da cidade. Reduto de trabalhadores, atraiu mão de obra da região norte do país para trabalho na construção civil. Nos bairros da zona leste, esses redutos dos migrantes são marcados pela tradição e sotaque nordestino.
Prédios formam ‘cinturão de concreto’ no Jardim Aquárius (Foto: Adenir Britto/Divulgação Prefeitura de São José dos Campos) Com urbanização mais recente, foi na região oeste que São José dos Campos teve o mais recente ‘boom’ de crescimento. Com a identidade ainda em construção, a região atrai principalmente famílias que buscam mais segurança e qualidade de vida. Segundo o IBGE, dentre todas as regiões de São José, a zona oeste foi a que mais cresceu em uma década – entre 2000 e 2010 -, com taxa de 4,99% de expansão. O indicador mostra que, percentualmente, a zona oeste cresceu no período mais do que o dobro de outras regiões da cidade. Fonte: G1Centro
Zona norte
Zona sul
Zona leste
Zona oeste
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