Veja sintomas e formas de evitar os tipos de câncer mais comuns no Brasil
Instituto Nacional do Câncer informou que 1,2 milhão de novos casos devem aparecer no Brasil até 2019.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou previsão de que, até 2019, o Brasil terá 1,2 milhão de novos casos. Só neste ano, serão 582 mil novos registros.
De acordo com o relatório divulgado pela instituição, o G1 elencou os tipos de câncer que mais afetam as mulheres e os homens brasileiros para responder sobre cada um deles:
- Quais são os sinais aos quais preciso ficar atento para procurar um médico?
- O que posso fazer para diminuir a chance de desenvolver esse câncer?
- Quais são as chances de cura?
Brasil terá 1,2 milhão novos casos de câncer até 2019 (Foto: Karina Almeida/G1)
Pele
Há uma divisão para esse tipo de tumor: melanoma e não melanoma. Juntos, de acordo com o Inca, representam mais de um terço de todos os cânceres que surgem no Brasil.
O melanoma, entretanto, é o que tem menos incidência: representa 3% dos cânceres. Ele também é o mais agressivo.
O câncer de pele não melanoma é o tipo mais frequente no Brasil, mas apresenta altos percentuais de cura.
- Quais são os sinais?
No caso no câncer de pele não melanoma, é importante ficar atento a feridas na pele sem cicatrização após um mês, variação de cor em pintas, manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram.
Já os sintomas do melanoma podem surgir a partir de uma pele normal ou uma lesão pigmentada. Eles se manifestam após o aparecimento de uma pinta escura com bordas irregulares com coceira e descamação.
- O que fazer para reduzir os riscos?
Evitar a exposição ao sol entre as 10h e as 16h, usar protetor solar acima do fator 15, óculos escuros, chapéu e guarda-sol.
Protetor solar é artigo indispensável para prevenir o câncer de pele (Foto: Marcos Serra Lima/G1)
- Quais são as chances de cura?
O câncer de pele não melanoma é curável na maioria dos casos. Já o melanoma de pele é mais fácil de curar se descoberto no início. Após metástase (quando se espalha para outros órgãos), é incurável na maioria dos casos.
Cavidade Oral
Categoria que inclui os tumores malignos no lábio, boca, glândulas salivares e orofaringe. Quase 15 mil novos casos devem ocorrer nos próximos dois anos no Brasil. A maior parte deles, 11,2 mil, irá atingir os homens.
- Quais são os sinais?
Deve-se observar e procurar um médico quando surgirem lesões que não cicatrizam na região por mais de 15 dias; aparecimento de manchas/placas vermelhas ou brancas; detecção de nódulos no pescoço; rouquidão permanente.
- O que fazer para reduzir os riscos?
É um câncer causado por muitos fatores. Entre os mais conhecidos são o cigarro e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
- Quais são as chances de cura?
São 2,1 mortes para cada 100 mil habitantes no país, e as chances de sobrevida variam muito de acordo com o tipo e o quão avançada está a doença
Pulmão
Mais de 31 mil pessoas terão esse tipo de câncer até 2019. Na maioria das populações, a doença está relacionada com o cigarro em 85% das vezes.
- Quais são os sinais?
Os sintomas mais comuns são tosse e sangramento das vias respiratórias. A ocorrência repetitiva de pneumonia também pode ser um sinal.
- O que fazer para reduzir os riscos?
O tabagismo é a principal causa do câncer de pulmão. Por isso, não fume.
Cigarro é a principal causa do câncer de pulmão (Foto: Pixabay)
- Quais são as chances de cura?
Alta. É um dos tipos mais agressivos, com sobrevida de cinco anos de 10% a 15% dos afetados na maioria das populações pelo mundo.
Estômago
Serão mais de 21 mil casos do câncer de estômago até 2019, sendo que a maior parte deles irá atingir os homens – a taxa de incidência para eles é de 13,11 casos para cada 100 mil homens, contra 7,23 casos para cada 100 mil mulheres.
- Quais são os sinais?
De acordo com o Inca, não há sintomas Perda de peso e apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal podem ocorrer. A infecção pela bactéria Helicobacter Pylori, também associada a úlceras, é uma causa fortemente ligada a esse tipo de câncer.
- O que fazer para reduzir os riscos?
Seguir uma dieta balanceada, com vegetais, frutas e alimentos ricos em fibras. As vitaminas C e A agem como protetores contra o câncer de estômago. Além disso, não fumar e beber álcool em excesso. Evitar alimentos processados e com muito sódio.
Dieta rica em frutas e legumas é aliada no combate ao câncer (Foto: Rede Globo)
- Quais são as chances de cura?
Depende da região e da gravidade do tumor. Nos Estados Unidos, por exemplo, a taxa de mortalidade é a mais baixa: 2,8 para cada 100 mil para o sexo masculino, enquanto 1,5 em cada 100 mil mulheres acabam morrendo. A previsão é que as taxas gerais caiam anualmente em todo o mundo. Atualmente, segundo o Inca, o índice de sobrevida de 5 anos para quem tem esse tipo de câncer gira ao redor de 30%.
Próstata
Até 2019, mais de 136 mil novos casos deverão ocorrer no Brasil – são 66,12 para cada 100 mil homens no Brasil. É o mais incidente entre pessoas do sexo masculino em todas as regiões do país, depois do câncer de pele não melanoma.
- Quais são os sinais?
O Inca informa que, no estado inicial, o câncer de próstata tem uma evolução silenciosa. Muitas vezes os pacientes não apresentam sintomas. Mais pra frente a doença pode causar dor óssea, problemas urinários, insuficiência renal e até uma infecção generalizada.
- O que fazer para reduzir os riscos?
Passou dos 50 anos e é homem? É preciso fazer os exames para detectar a doença, se tiver. E isso é ainda mais importante se algum outro familiar já teve o câncer de próstata.
- Quais são as chances de cura?
A taxa de mortalidade global, segundo documento do Inca, é de 7,8 para cada 100 mil casos. Este câncer representa 6,6% das mortes masculinas no mundo. A probabilidade de sobrevida em cinco anos é de 80%, mas pode variar acordo com o diagnóstico, fatores genéticos, socioeconômicos e ambientais.
Cólon e reto
Até 2019, serão mais de 36 mil casos desse câncer no Brasil. No mundo, ele incide mais entre os homens, com 20,6 registros para cada 100 mil, contra 14,3 para cada 100 mil mulheres. Tem taxas mais elevadas em países desenvolvidos – 55% dos novos casos ocorrem neles, mas 53% das mortes ocorrem nos países mais pobres.
- Quais são os sinais?
O câncer de cólon e reto geralmente não apresenta sintomas no estágio inicial, de acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia. Por isso, é importante fazer exames periodicamente após os 50 anos.
- O que fazer para reduzir os riscos?
É uma doença multifatorial, influenciada por fatores genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida. Com isso, a melhor forma de evitar é: reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, consumir frutas e vegetais, reduzir o consumo de carne vermelha e alimentos processados, parar ou nunca fumar, e fazer atividade física.
- Quais são as chances de cura?
As taxas de incidência e mortalidade variam muito de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de cada país. São mais altas em países que passaram rápida transição econômica, como o Brasil; há, também, uma alta incidência com redução da mortalidade em países com alto IDH, como Canadá e Reino Unido. Apenas em países com IDH muito elevado, como Estados Unidos e Japão, as taxas de incidência e mortalidade são baixas.
Glândula Tireoide
Quase 10 mil casos ocorrerão no Brasil nos próximos dois anos. As mulheres serão as mais afetadas, representando 8 mil deles.
- Quais são os sinais?
Caroço na região do pescoço, nódulos aumentados e rouquidão.
- O que fazer para reduzir os riscos?
É causado, muitas vezes, pela exposição à radiação, como o tratamento com radioterapia. Não há evidências estabelecidas sobre como prevenir este tipo de tumor.
- Quais são as chances de cura?
De acordo com a Fundação do Câncer, há 95% de chance de cura com diagnóstico precoce e atendimento médico.
Exames de mamografia devem ser feitos regularmente após os 35 anos (Foto: Divulgação/Sesacre)
Mama
Câncer com maior incidência entre as mulheres. Até 2019 deverão ocorrer mais de 119 mil casos. O risco estimado é de 56,33 casos para cada 100 mil.
- Quais são os sinais?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, os principais sintomas são: caroço nos seios, alergia e/ou mudança na pele ao redor nos mamilos, pele retraída, inchaço e sensação de calor, saída de secreção pelo bico do seio.
- O que fazer para reduzir os riscos?
Todas as mulheres acima de 35 anos precisam fazer mamografia todos os anos. Todas, independente da idade, podem fazer autoexame – pressionar a mama para encontrar caroços, inspecionar com cuidado mudanças no bico do seio e na pele e ter atenção às secreções mamilares anormais.
- Quais são as chances de cura?
A letalidade é baixa, já que nem um terço das pessoas que o desenvolvem morrem devido à doença. Ainda assim, como tem alta incidência, acaba tendo maior taxa de mortalidade do que qualquer outro câncer (12,9/100 mil).
Cólo do útero
Mais de 16 mil mulheres brasileiras terão esse tipo de câncer nos próximos dois anos.
- Quais são os sinais?
O desenvolvimento da doença é lento e pode não ter sintomas inicialmente. Pode evoluir para sangramento vaginal intermitente ou durante a relação sexual, secreção anormal e dor abdominal.
Vacina contra o HPV está disponível no Sistema Único de Saúde (Foto: Zaqueu Proença/Prefeitura de Sorocaba)
- O que fazer para reduzir os riscos?
Vacinar-se contra o HPV. A infecção pelo papilomavírus humano é a principal causa do câncer de cólo de útero. A vacina está no calendário do Ministério da Saúde, disponível para meninas e meninos.
Além disso, é fundamental ir ao ginecologista periodicamente e fazer o exame Papanicolau.
- Quais são as chances de cura?
As taxas de incidência variam de região para região e de país para país, indo de 9,9/100 mil nas regiões mais desenvolvidas para 15,7/100 mil nas áreas menos desenvolvidas, segundo o Inca. Em relação às taxas de mortalidade, a variação vai de de 3,3/100 mil para 8,3/100 mil. Tem taxa de 4,72 mortes para cada 100 mil mulheres no Brasil.
Fonte: G1
Como o câncer começa? Todos deveriam saber
Para muitas pessoas a palavra “câncer” já provoca preocupações e chega até ser evitada de forma quase supersticiosa, mas ignorar sua existência apenas contribui para o medo, o preconceito e a falta de consciência sobre o assunto.
Entender como um câncer começa, por exemplo, ajuda a antecipar diagnósticos, tratamentos e, claro, uma cura da condição que abriga um grupo de mais de 200 doenças diferentes. Aprenda como ocorre a formação de células cancerígenas, de acordo com informações do Site do Instituto Oncoguia
Como células cancerígenas se formam no organismo
© Fornecido por Batanga Media Difusão pela Internet LTDA celula cancer ataque 0817 400x1400O câncer começa quando há um descontrole no crescimento de células de determinado órgão ou tecido. A anormalidade faz com que as células cancerosas, em vez de morrer, aumentem e formem novas células que, ao contrário das normais, invadem outros tecidos e assumem características aberrantes quando comparadas a células normais.
As células se tornam cancerosas quando há um dano no DNA, atrapalhando o trabalho de genes que controlam o crescimento e a divisão normal das células.
A alteração no DNA pode ser herdada ou causada por fatores externos, como exposição excessiva ao sol ou tabagismo, por exemplo, em casos mais óbvios. Mas nem sempre é possível determinar exatamente o que causou um câncer em um indivíduo.
© Fornecido por Batanga Media Difusão pela Internet LTDA cancer no corpo 0317 400x800As células cancerígenas geralmente formam um tumor, mas no caso de leucemia, elas, na maioria das vezes, atingem o sangue e os órgãos hematopoiéticos e circulam por tecidos onde elas se desenvolvem.
Quando entram na corrente sanguínea ou nos vasos linfáticos, as células cancerosas se espalham em outras partes do corpo, crescendo e formando novos tumores que, ao longo do tempo, passam a substituir o tecido normal. O processo de disseminação do câncer é que chamamos de metástase, o estágio mais avançado da doença.
Fonte: msn
Óleo de coco mata 93% das células cancerígenas de cólon em apenas dois dias |
O câncer de cólon tornou-se um dos cânceres mais comuns entre homens e mulheres em todo o mundo e apesar de uma série de remédios naturais terem sido relacionados com a prevenção da doença, as autoridades de saúde do governo ainda insistem em dizer que nenhuma investigação foi o suficiente para justificar a prescrição de tais remédios. Esta tem sido a retórica mais comum quando se trata de usar alimentos naturais como um remédio ou remédios naturais ao combate de certas doenças.
O que é mais lamentável é que a ciência hoje é dominada pela indústria farmacêutica, e que a maioria das pesquisas recebidas por médicos no mundo ocidental vem diretamente de empresas farmacêuticas. Investigação que se baseia em ganho monetário, em detrimento da saúde e bem estar.
“A profissão médica está sendo comprada pela indústria farmacêutica, não só em termos da prática da medicina, mas também em termos de ensino e pesquisa. As instituições acadêmicas do país estão se permitindo ser os agentes pagos da indústria farmacêutica. Eu acho uma vergonha “. – Arnold Seymour Relman (1923-2014), Professor de Medicina de Harvard e ex-editor-chefe do New England Medical Journal
Isso não significa que outras pesquisas, publicadas em revistas pagas respeitáveis, não está sendo realizadas, ou não são significativas.
Um excelente exemplo vem de um estudo que mostra que há um componente ativo anti-câncer no óleo de coco que constitui 50 por cento de sua maquiagem. É chamado de ácido láurico, e em um estudo publicado na revista Cancer Research, os pesquisadores da Universidade de Adelaide descobriram que este componente extermina completamente mais de 90 por cento das células cancerígenas do cólon depois de apenas dois dias de tratamento em uma linha de células do cancro do cólon (CRC) em vitro.
O estudo também relata / cita estudos que postulam e, na verdade suportam a posição de que o ácido láurico pode induzir a morte de células de cancro in vitro e in vivo. Para este estudo, os investigadores usaram uma pequena linha celular intestinal de ratos como modelo de células do epitélio intestinal normal, que mais uma vez, “demonstrou que a morte induzida por ácido láurico celular é considerável.”
Com isso dito, conforme relatado pela Universidade das Nações Unidas, os experimentos estão sendo conduzidos com animais para descobrir como o óleo de coco pode proteger contra o câncer e já produziu alguns resultados interessantes.
Quais são as diferenças entre in vivo e in vitro? Para estudos in vitro, os investigadores realizam os experimentos utilizando células em uma placa de Petri, ou realizam um procedimento em um ambiente controlado fora de um organismo vivo. Então, quando estamos a falar de óleo de coco e câncer, o estudo não foi realizado in vivo, onde os pesquisadores vão realizar experimentos em todo organismo vivo, em oposição a um organismo parcial ou morto. ensaios clínicos e estudos em animais são duas formas de pesquisa in vivo.
Um dos desafios enfrentados são de que os ensaios clínicos são muito caros, tornando o estudo dos efeitos benéficos do ácido láurico sobre o câncer difícil para os pesquisadores que não têm acesso adequado ao financiamento. Apesar do fato de que vários estudos salientam a necessidade de uma investigação mais rigorosa, simplesmente não há dinheiro disponível. Qual é a causa? É porque a investigação médica é financiado pela ”Big Pharma”, e produtos de grau farmacêutico, como drogas, são o que testam em ensaios clínicos em humanos e animais. Coisas feitas da natureza não podem ser patenteadas e as drogas podem ser patenteadas. Portanto, não é no melhor interesse de uma empresa farmacêutica financiar este tipo de investigação, mesmo que seja claramente nos melhores interesses do resto da população.
Mais formação sobre o óleo de coco
Ácido láurico, que destrói o câncer de cólon que está presente no óleo de coco, é normalmente encontrado no leite materno também. É um ácido graxo de cadeia média que suporta o sistema imunológico e tem abundância de propriedades antimicrobianas. Algumas pessoas consideram o óleo de coco cru, orgânico, virgem um superalimento que pode ajudar a curar o câncer e outras doenças, e estudos como o descrito acima suportam essa afirmação.
De acordo com a American Society for Nutrition, estudos clínicos mostraram também que as gorduras encontradas dentro de óleo de coco (MCFAs) “podem ??ser útil no tratamento e prevenção de doenças, tais como, osteoporose, doenças diabetes relacionadas com o vírus (mononucleose, hepatite C, herpes, etc.), doença da vesícula biliar, doença de Crohn e câncer. “(fonte)
O óleo de coco foi ainda demonstrado diminuir os efeitos secundários da quimioterapia e melhorar a qualidade de vida de doentes com cancro.
Há também muitos potenciais propriedades de cura e saúde associados com óleo de coco virgem. Por favor, faça sua própria investigação sobre o óleo de coco e veja todos os maravilhosos benefícios de saúde que ele possui.
A Mãe Natureza nos oferece muitas curas para o câncer, de alimentos a plantas potenciais, que é esmagadora, e ao mesmo tempo comovente que as empresas farmacêuticas não usem seus recursos para incentivar mais pesquisas, ou reconhecer a pesquisa que já foi feita. As estatísticas correntes são 25 por cento dos ingredientes ativos em medicamentos contra o câncer são encontrados apenas na Amazônia, apesar do fato de que apenas 10 por cento de suas plantas têm sido estudadas por suas propriedades medicinais.
De acordo com estudos publicados em Ciências Biológicas, Câncer Letters e Anticancer Drugs, artemisinina, um derivado da planta artemísia comumente usada na medicina chinesa, pode matar células cancerosas e torna-las saudáveis novamente.
Recentemente também foi provado que suco de melão amargo mata as células cancerígenas pancreáticas in vitro e em camundongos em um estudo feito pela Universidade de Colorado. Considerando os resultados foram observados em ambos in vitro e in vivo, a eficácia do suco de melão amargo no tratamento do câncer de pâncreas, e potencialmente outros tipos de câncer, a nível clínico, são claramente promissores.
Fonte: Site Cura e Ascensão
Metade das mortes por câncer poderia ser evitada com vida saudável
Estudo mostra que maus hábitos são mais perigosos que poluição

Até 40% dos casos de câncer, e metade das mortes causadas pela doença, são resultados de maus hábitos que as pessoas podem mudar, e não problemas genéticos ou contaminação química, revela um novo estudo da Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, publicado nesta quinta-feira na revista especializada JAMA Oncology.
A equipe calculou que entre 20% e 40% dos casos totais e metade das mortes poderia ser evita se as pessoas adotassem um estilo de vida mais saudável, sem fumar, bebendo moderadamente, cuidando do próprio peso e fazendo ao menos meia hora de exercícios todos os dias.
O estudo se baseou em dados de 140 mil profissionais de saúde, que foram acompanhados no longo prazo. Eles foram separados em dois grupos: os que tinham vida saudável e os que não tinham.

O padrão para “vida saudável” foi estabelecido em outros estudos. Incluiu não fumar, beber até dois drinques por dia (1 para mulheres), manter um peso entre um índice de massa corporal 18,5 (bastante magro) e um levemente acima do peso 27,5, e ter uma hora de exercício forte ou 2h30 de exercício moderado na semana.
Beber muito aumenta risco de câncer de cólon, mama, fígado, na cabeça e no pescoço. Obesidade aumenta os riscos para o esôfago, o cólon e o pâncreas. Fumar causa entre 80 e 90% das mortes por câncer de pulmão.
Dos 140 mil, só 28 mil (20%) entraram na categoria “Vida saudável”, e as diferenças eram claras nos resultados. Nas mulheres não-saudáveis, a taxa de câncer era de 618 casos para cada 100 mil pessoas. Nas saudáveis, são 463, uma redução de quase um terço. Entre os homens, são 425 casos para os não saudáveis, e 283 para os que mantém bons hábitos.
“A maioria dos casos de câncer poderiam ser evitados com uma boa prevenção e uma vida saudável”, dizem os doutores Graham Colditz e Siobhan Sutcliffe, em um comentário avaliando o trabalho.
“As seguradoras e os médicos deveriam incentivar os pacientes a serem mais ativos, usarem menos celulares e computadores, comerem mais vegetais, controlarem o peso e se vacinarem. A comunidade também deve ajudar em termos macros, apoiando feiras de rua, lugares baratos para exercícios e prédios que incentivem a movimentação”, dizem eles.
Fonte: O Globo
Entenda o caso da droga vetada, que combate câncer comum entre crianças
O medicamento Aginasa é usado no tratamento de leucemia linfoide aguda

Oministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que a presidente do hospital Boldrini, Silvia Brandalise, tem “algum interesse” na compra do medicamento Aginasa, usado no tratamento de leucemia linfoide aguda, tipo de câncer mais comum em crianças e adolescentes.
Brandalise foi uma das principais vozes a protestar quando o governo federal substituiu o Aginasa, fabricado no Japão em parceria com a Alemanha, pelo LeugiNase, medicamento chinês que custa menos de ¼ do preço do antecessor, é desconhecido da classe médica e foi vetado pela Justiça em setembro, mas ainda é distribuído pela rede, como revelou a Folha de S.Paulo na quarta-feira (3).
A declaração de Barros foi feita à rádio “CBN” na quinta-feira (4). “Algum interesse ela [Brandalise] tem em que o produto que ela defende seja comprado pelo ministério. É isso que me parece, porque todo medicamento que aparece ela critica”, afirmou Barros.
Em 24 de setembro, o juiz federal Rolando Valcir Spanholo, do DF , proibiu o governo federal de continuar a comprar e distribuir LeugiNase, sob justificativa de que não havia provas de que o remédio funciona em humanos.
O Boldrini, hospital referência no tratamento de câncer infantil sediado em Campinas, recebeu três remessas do remédio após a proibição, a última justamente no dia em que a reportagem foi publicada. Recusou todas. O governo informou que recomendou que hospitais e Estados não interrompessem o tratamento com L-asparaginase porque a sentença, diz o órgão, é de “cunho gerencial” e foi cumprida.
A decisão proíbe a União de comprar e distribuir o remédio, o que o Ministério da Saúde diz não ter feito mais. O texto do juiz não faz referências a entregas feitas pelos Estados, que recebem a droga do Ministério da Saúde e abastecem os hospitais.
Barros não fez qualquer menção, na entrevista à “CBN”, ao fato de ter permitido a continuidade do tratamento com uma droga que a Justiça entendeu que não tinha eficácia comprovada. Segundo ele, o LeugiNase “atestadamente é bom”.
O ministro afirmou que a presidente do Boldrini deve “cuidar bem dos seus clientes” e parar de “perturbar o sono de mães” de crianças com câncer. “Já faz um ano isso [que o LeugiNase é distribuído], não houve nenhum efeito adverso, não aconteceu nada de errado com a aplicação do medicamento, e ela insiste. Então fica para mim a impressão de que ela não tem nada contra o medicamento chinês, que ela tem a favor do que ela defende”, afirmou Barros.
Quando perguntado se após a suspensão do LeugiNase pela Justiça, não foi questionada a certificação do produto, Barros respondeu: “Sim, mas o produto que ela compra também não tem a certificação que ela exige do outro..não há estudo clínico do produto que ela defende.” Em entrevista anterior à Folha de S.Paulo, Brandalise disse que o Aginasa é amplamente conhecido da classe médica e tem segurança e eficácia comprovadas.
A DROGA
O Aginasa e o LeugiNase são drogas compostas pelo princípio ativo L-asparaginase. O fármaco faz parte dos remédios usados na poliquimioterapia. É considerado fundamental para elevar as chances de cura dos pacientes. A aplicação adequada gera remissão em 98% dos casos.
Após a suspensão judicial, o Ministério da Saúde abriu pregão para compra de L-asparaginase. O preço mais baixo é de outro medicamento chinês (Leucospar), oferecido pelo laboratório Xetley, mesmo distribuidor do LeugiNase. O ministro disse que nesta segunda (8) haverá reunião do ministério com entidades médicas para verificar se o medicamento tem condições de ser adquirido.
Barros afirmou que descontará o valor do remédio da verba repassada aos hospitais oncológicos. Segundo o governo, a verba repassada pelo SUS já contempla custos de aquisição de medicamentos. Brandalise está em viagem aos EUA, com o celular desligado, segundo a assessoria do hospital.
A advogada do Boldrini, Carina Moisés Mendonça, disse ser uma insinuação leviana do ministro. “Não há nenhum outro interesse da Dra. Silvia ou do Boldrini com relação a Aginasa (L-Asparaginase alemã) a não ser, unicamente, fornecer aos doentes um medicamento com eficácia e segurança comprovados”.
O Boldrini obteve uma liminar que obriga o Ministério da Saúde a fornecer Aginasa ao hospital, mas não tem recebido o medicamento – o órgão diz que recorre decorre da decisão. “Diferentemente do que o Ministro alega, há diversos estudos científicos, publicados em literatura técnico-científica, que atestam a eficácia e segurança da Aginasa, todos juntados na ação judicial movida pelo Boldrini contra a União, o que inexiste com relação ao Leuginase”, afirmou a advogada.
O que é a droga vetada:
O que é l-asparaginase
Princípio ativo de uma das drogas usadas na poliquimioterapia. Ela combate a leucemia linfoide aguda, tipo de câncer mais comum entre crianças. A aplicação adequada gera remissão da doença em cerca de 98% dos casos.
A doença
A leucemia linfoide aguda consiste no crescimento excessivo das células progenitoras da medula óssea (responsável pelos elementos do sangue como hemácias, leucócitos e plaquetas).
Histórico
Em 2017, o Ministério da Saúde comprou um novo remédio, o LeugiNase, cujo custo é 1/4 do que o usado antes, o Aginasa (japonês/alemão). Hospitais barraram o remédio. Teste apontou que só 60% do remédio chinês corresponde ao L-asparaginase. No japonês/alemão há 99,5% da substância.
Justiça
O Ministério Público Federal moveu ação civil pública para interromper o uso do medicamento. A Justiça Federal concedeu liminar proibindo a União de comprar e distribuir novos lotes do remédio.
Outubro e novembro
O Centro Infantil Boldrini recebeu remessas do LeugiNase. Governo diz que não encaminhou, mas admite que enviou a Estados e hospitais nota para que não interrompessem o tratamento com o remédio.
Dezembro
Ministério da Saúde abre novo pregão para compra de asparaginase. Menor preço é da Xetley, mesma distribuidora do LeugiNase. A licitação ainda não foi concluída.
Fonte: Notícias ao Minuto
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