A série de ataques que aconteceu em Paris e nos arredores da capital francesa em 13/11/15 tem muitas perguntas ainda sem respostas, mas alguns fatos já são conhecidos. Veja o que se sabe até o momento sobre a tragédia.
1. O que aconteceu em Paris?
Uma série de ataques coordenados, com explosões e tiroteios, aconteceu em cinco diferentes locais de Paris e no Stade de France, ao norte da capital em Saint-Denis. O atentado mais grave ocorreu na casa de espetáculos Bataclan, onde cerca de 1.500 pessoas assistiam a um show de rock.
Houve ataques a tiros a clientes de restaurantes e bares nos distritos de número 10 e 11 da capital francesa. Foram registradas três explosões no estádio nacional durante o amistoso entre França e Alemanha; o presidente francês, François Hollande, estava no estádio.
2. Quantas pessoas foram mortas?
O número pode subir, mas a procuradoria de Paris confirmou oficialmente 130 mortos e 351 feridos. Entre os feridos, 57 vítimas continuavam internadas em estado grave na terça-feira (17). Hospitais em Paris oferecem atendimento psicológico a testemunhas e parentes de vítimas.
Entre os mortos, as autoridades francesas afirmaram haver sete terroristas.
3. Quem é o responsável pelos ataques?
O presidente francês, François Hollande, responsabilizou o grupo radical Estado Islâmico pelo “ato de guerra”. No sábado (14), o EI assumiu a autoria dos atentados em série. No comunicado, o grupo jihadista disse que a França é o “principal alvo” do grupo e destacou que a localização dos ataques foi cuidadosamente estudada.
A polícia francesa identificou alguns dos terroristas que teriam participado dos ataques. Bilal Hadfi, um francês de 20 anos residente na Bélgica, seria um dos homens-bomba que causou explosões no Stade de France. Perto do corpo de outro suicida próximo ao estádio, foi encontrado um passaporte sírio no nome de Ahmad al Mohammad, 25. Entretanto, a polícia possui apenas a sua foto e impressão digital, já que ele entrou como refugiado na Grécia e o documento achado no ataque pode ser falso.
Samy Amimour, 28, participou do ataque ao Bataclan. O francês Ismail Omar Mostefai, 29, seria outro integrante do atentado à casa de shows. O francês Ibrahim Abdeslam, 31, teria atacado cafés e restaurantes perto do boulevard Voltaire. Abdeslam morava na Bélgica. O irmão de Ibrahim, Salah Abdeslam, 26, está foragido.
Vestígios encontrados nas armas usadas pelos terroristas durante os atentados em Paris reforçam o envolvimento direto do belga Abdelhamid Abaaoud nos ataques. O jihadista, que teria sido identificado inicialmente como mentor das ações, morreu na última quarta-feira (18), durante uma operação da polícia francesa em Saint-Denis. Os investigadores não descartam a possibilidade de que ele seja o terceiro homem –até então desconhecido– visto dentro do Seat preto (juntamente com os irmãos Abdeslam) usado para realizar os disparos em bares e restaurantes de Paris.
Ainda não se sabe qual foi a participação da prima de Abaaoud, identificada como Hasna Aitboulahcen, nos ataques. Ela e uma terceira pessoa –ainda de identidade não revelada–também morreram na operação policial em Saint-Denis.
4. Quem já foi preso?
Na segunda-feira (16), o Ministério do Interior da França divulgou que 168 operações de busca tinham sido realizadas, com apreensão de um lançador de foguetes, pistolas automáticas e um rifle, munições e coletes à prova de bala. Eram mantidas sob custódia policial 23 pessoas e 104 em prisão domiciliar. Dois dias depois, outras oito pessoas foram presas, entre elas uma mulher, em uma operação policial realizada em Saint-Denis, a norte da capital francesa.
A polícia da Bélgica deteve neste domingo (15) pelo menos cinco pessoas durante buscas em Bruxelas por suspeita de participação ou colaboração com os ataques em Paris. As circunstâncias que motivaram as prisões ainda não foram esclarecidas pelas autoridades. Outras nove pessoas foram presas no país na quinta-feira (20).
5. O que já foi apreendido?
Dois carros foram apreendidos na capital francesa, na sexta-feira (13) –um Seat Leon e um Volkswagen Polo, ambos de cor preta. Os veículos tinham placa com identificação belga. Em um deles, policiais franceses encontraram vários fuzis AK-47, do mesmo tipo que os utilizados nos ataques em Paris.
Um telefone celular foi encontrado em uma lata de lixo nos arredores da casa de shows Bataclan. O aparelho ajudou a polícia a encontrar o suposto mentor dos ataques, Abdelhamid Abaaoud, que acreditava-se que estivesse na Síria.
6. Qual foi a motivação dos ataques?
Ao assumir a autoria dos ataques, o Estado Islâmico informou que os atentados são retaliações motivadas pela participação do país europeu na coalizão contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque. No Twitter, um militante ligado aos terroristas afirmou que a França “não viverá em paz até que os bombardeios continuem”. “Vocês terão medo até de ir ao mercado”, disse.
O grupo jihadista disse ainda, em comunicado, considerar a França “a capital da abominação e da perversão”.
7. Quantos brasileiros ficaram feridos?
Três brasileiros foram feridos nos ataques, mas sem risco de morte. Os brasileiros estavam no restaurante Le Petit Cambodge, nas proximidades do Canal Saint-Martin, no 10° distrito da capital, que foi atacado ao mesmo tempo que o bar Le Carillon, bem próximo: 15 pessoas morreram nos dois locais.
O arquiteto Gabriel Sepe, 29, levou três tiros e passou por cirurgia. A estudante Camila Issa, 29, levou um tiro de raspão. Diego Mauro, 28, também arquiteto, escapou com alguns arranhões.
8. Como foi o ataque à casa de espetáculos Bataclan?
O show da banda norte-americana Eagles of Death Metal era realizado no Bataclan, em Paris, quando homens armados invadiram o lugar atirando para todos os lados, segundo testemunhas. Cerca de uma centena de pessoas foram mantidas reféns por cerca de duas horas. A polícia invadiu a casa pouco depois da meia-noite. Somente no Bataclan morreram 89 vítimas.
9. Como foi o ataque ao Stade de France?
O jogo amistoso de futebol entre as seleções da França e da Alemanha estava em andamento quando ocorreram três explosões perto dos portões, com diferença de um pequeno espaço de tempo entre elas, com início às 21h20. O presidente François Hollande acompanhava a partida no local e foi retirado às pressas para o prédio do Ministério do Interior. Três homens-bomba e um pedestre morreram.
10. O que houve nos outros alvos dos terroristas?
Foram registrados ataques com armas de fogo em ao menos quatro ruas de Paris, nos distritos de número 10 e 11. Os tiroteios miraram bares e restaurantes com mesas nas calçadas, com grande movimento de clientes. Testemunhas relataram que os atiradores chegaram em carros pretos, fuzilando vítimas nas ruas.
11. Quais medidas de segurança foram tomadas após os ataques?
As fronteiras da França foram fechadas, e o presidente decretou estado de emergência em todo o território francês. As forças militares foram convocadas para reforçar a segurança da região de Paris.
12. A França sofreu outros ataques recentemente?
Em janeiro de 2015, foram cometidos atentados contra a revista satírica “Charlie Hebdo” e um mercado kosher, ambos na capital francesa, e uma policial foi baleada na região sul parisiense, em ações ocorridas entre os dias 7 e 9 de janeiro, com 17 mortos (12 na revista, quatro no mercado e a policial).
Outros incidentes foram registrados ao longo do ano. Em abril, um estudante argelino foi preso em Paris com armas de guerra. Ele confessou ter planejado ações terroristas, especialmente contra um trem, com o objetivo de “matar 150 infiéis”. Em junho, nas proximidades de Lyon, um homem matou e decapitou o patrão e exibiu bandeiras islâmicas no local do crime.
A Suécia elevou o estado de alerta nacional depois de receber informações sobre um ataque planejado ─ mesmo motivo pelo qual o amistoso entre Alemanha e Holanda foi cancelado às pressas em Hannover no meio da semana.
Há guardas armados no metrô e soldados em estações de trem.
Há operações militares acontecendo em áreas residenciais em Paris e Bruxelas, e a busca por homens armados e outros suspeitos ligados aos ataques na capital francesa continua.
As pessoas que acompanham notícias estão acostumadas a ver esse tipo de imagem perturbadora no Oriente Médio. Mas agora elas temem que o caos e o derramamento de sangue tenha chegado “à porta de casa”.
Unidos contra o EI?
O presidente francês, François Hollande, que normalmente não costuma falar muito, já proclamou uma “guerra” contra o grupo que se autodenomina “Estado Islâmico” nesta semana.
Concorde ou não com ele, essas palavras têm consequências enormes ─ para a política externa francesa no Oriente Médio, para as liberdades civis na França e para a Europa, como um todo.
A indignação pública que tomou conta do mundo após os ataques em Paris uniu os países europeus (pelo menos de maneira superficial) ─ depois de um período de divergências sobre o fluxo de imigrantes e a crise do euro.
E os ataques em Paris podem também “catalisar” um movimento para trazer a Rússia para perto de novo.
A França declarou que quer destruir o EI após o grupo extremista ter assumido a autoria dos atentados na capital francesa. Mas a França não pode fazer isso sozinha. A Rússia é a principal candidata a ajudá-la nessa tarefa ─ e Moscou quer aproveitar o momento para acabar com as sanções impostas ao país após a anexação da Península da Crimeia.
A recente reunião do G20 na Turquia teve cenas que seriam consideradas pouco prováveis até então: o presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversando com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.
Ainda é cedo para falar em uma grande “coalizão anti-EI”, mas há rumores de que ela possa surgir em breve.

Foto: Divulgação/BBC Brasil / BBCBrasil.com
Acordo de Schengen
O momento também é crítico para questões de segurança na Europa.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, repreendeu seus colegas ministros por terem “perdido muito tempo” na luta contra o terrorismo e pediu atitudes concretas.
Agora o debate está sendo direcionado para o Acordo de Schengen, firmado em 1997, que selou a livre circulação de pessoas em 26 países da União Europeia.
O acordo é considerado uma das maiores conquistas da União Europeia, mas agora tem sido alvo de críticas porque acabou permitindo também a livre circulação de terroristas ─ um dos mentores dos ataques, por exemplo, Abdelhamid Abaaoud, nascido na Bélgica, viajou da Síria para a França sem ser identificado.
A França agora está pedindo um uso mais efetivo do Sistema de Informação de Schengen, uma base de dados que permitiria às forças de segurança fazerem alertas a respeito de indivíduos, objetos e veículos.
O país também quer facilitar o compartilhamento de informações sobre passageiros que viajam de avião e defende a criação de uma verdadeira agência europeia para policiar as fronteiras externas ─ algo a que alguns ministros já se opuseram.
Promessas
As promessas políticas costumam se multiplicar depois de atrocidades como as cometidas em Paris, mas um conselheiro de segurança britânico me disse que os serviços secretos gostam de manter suas informações, bem, secretas.
Infelizmente, a Europa foi alvo de vários ataques terroristas recentemente.
Depois de Madri em 2004, Londres em 2005, e do ataque ao semanário satírico francês Charlie Hebdo , foram feitas promessas de uma “cooperação além das fronteiras”.
Mas isso acabou virando, na verdade, uma “disputa entre as fronteiras”.
Talvez agora aconteça de maneira diferente.
Existe um senso de urgência maior, com uma perspectiva crescente de novos ataques.
Os seguidores dos Le Pen na França, os fãs de Wilders na Holanda, e os de Salvini na Itália querem que a Europa crie uma ponte com os imigrantes, mas os ataques em Paris levantaram o problema de jihadistas crescendo dentro de casa.
Os atentados a inocentes em Paris estão tendo um impacto enorme na Europa como um todo.
Os debates sobre imigrantes, fronteiras, o acordo de Schengen, as liberdades civis, Assad, o Estado Islâmico e etc estão fervendo.
Mas uma vez que as coisas forem se ajeitando, quais propostas e discussões vão se transformar em ações concretas?
Fonte: Terra
O que o Estado Islâmico quer?

Paris virou cenário de filme de terror. Na verdade, de um sangrento reality show. O Estado Islâmico (ISIS) dirigiu ações coordenadas de homens-bomba e atiradores em vários pontos da capital francesa. Até o fechamento desta edição, eram 129 mortos, de 17 países, e mais de 350 feridos. Foi o segundo atentado do grupo à França no ano – em janeiro, na redação do jornal Charlie Hebdo, 12 pessoas foram executadas.
Pouco antes do ataque parisiense, o ISIS abateu um avião russo que sobrevoava o Egito e explodiu dois homens-bomba em Beirute, capital do Líbano. Nada disso é isolado de um plano maior. O ISIS, que nasceu na primeira década dos anos 2000, é mais que uma mera organização terrorista. Hoje, se afirma como um Estado e, ainda que não seja reconhecido por outras nações, funciona como um. Eles têm território controlado, exército, cobrança de impostos (provavelmente a maior fonte de renda do governo), comércio (ênfase no contrabando de petróleo) e prestação de serviço aos “cidadãos”. Estabilizado como poder paralelo, parece estar iniciando uma ofensiva sistemática para cutucar os inimigos e convocá-los para o combate.
Em carta, o ISIS comemorou o ataque à “capital da prostituição e da obscenidade, (…) pelo qual Alá é todo louvor e gratidão”. Ao fim do texto, uma ameaça: “esse ataque foi o primeiro de uma tempestade e um aviso àqueles que quiserem aprender”. Mas até onde vai a tempestade? O que o ISIS quer, de fato, com atentados espetaculares em nome da fé? Nas próximas páginas, explicamos as principais razões que norteiam este Estado de guerra.
1. Vingança
Os militantes do ISIS atribuem a desavença com o Ocidente a um passado distante: às sangrentas Cruzadas medievais, que espalharam terror pelo território islâmico. Mas, apesar dessa guerra religiosa ter sido mesmo marcante, na verdade, muçulmanos e cristãos conviveram pacificamente durante boa parte da história.
Só que os conflitos políticos entre os dois mundos se acirraram. Alguns árabes se ressentem da influência europeia e americana em suas questões nacionais – inclusive na delimitação das suas fronteiras, que foram definidas por França e Reino Unido após a 1ª Guerra. Sem falar da cobiça ocidental pela região, que é rica em petróleo, gás natural e pedras preciosas, o que resulta em frequentes invasões e investidas pela dominação do território.
Um dos objetivos do Estado Islâmico é dominar o Oriente Médio, impedindo que os países ocidentais continuem donos de tanto poder na região. Na época de Saddam Hussein, que governou o Iraque entre as décadas de 1980 e 2000, o país era uma das áreas mais poderosas e importantes do mundo árabe, graças às riquezas naturais e às vantagens de possuir um Estado laico. Quando os EUA invadiram o país, em 2003, alegando a existência de armas de destruição em massa, exigiram o desmembramento do exército local. Muitos desses soldados treinados, que entraram para diferentes grupos armados, hoje estão no Estado Islâmico. Natural que tenham os americanos em sua lista de inimigos a combater.
Mas por que tantas investidas contra a França? Milhões de muçulmanos residem na França e são tratados como cidadãos de segunda. Isso irrita essas pessoas. A maioria dos terroristas envolvidos no ataque a Paris eram franceses ou belgas, que são vizinhos da França. Outro motivo seriam os 200 bombardeios franceses a posições do ISIS no Iraque desde setembro de 2014. E, claro, valores. Os ataques de um Estado paralelo e totalitário ao berço do Iluminismo é simbólico: uma afronta à democracia moderna.
2. Dominação
O Estado Islâmico já é, de fato, um Estado. Não no sentido de país reconhecido pela ONU, mas como um espaço autônomo, com autoridades e leis próprias. A Constituição é a Sharia, sistema de leis baseado em uma interpretação estrita do Corão, livro sagrado do Islã. Isso significa que: ladrões pegos em flagrante devem ter suas mãos cortadas; crucificar é uma forma legítima de executar infiéis; mulheres de inimigos podem ser escravizadas; e estrangeiros só podem viver se pagarem impostos especiais e se admitirem ser inferiores aos muçulmanos. Isso tudo é lei nos domínios do ISIS.
O império deles é o califado, zona comandada desde 2014 por Abu Bakr al Baghdadi, líder que clama ser sucessor de Maomé. Ele não foi eleito, mas autoproclamado.
Atualmente, o Estado Islâmico domina um território que faz parte de Síria e Iraque. Segundo levantamento do exército dos EUA, a área ultrapassa 190 mil km² – aproximadamente o tamanho do Paraná. A intenção é só crescer. O ISIS não reconhece qualquer tipo de autoridade. Por isso, não hesita em invadir territórios de outros Estados.
Em seu livro Empire of Fear: Inside the Islamic State (Império do Medo: Por dentro do Estado Islâmico, não lançado no Brasil), o jornalista Andrew Hosken traça um mapa da área que eles pretendem dominar até 2020. O plano é conquistar todo o Oriente Médio, o norte da África e países europeus como Portugal e França.
Em 2020, o ISIS quer dominar toda esta área, que deve ser comandada pelo mesmo califa e reunir todos os muçulmanos do mundo. Atualmente, o Estado Islâmico se concentra entre a Síria e o Iraque.

3. O Apocalipse
Hoje, a população sob comando do ISIS soma cerca de 8 milhões de pessoas. Mas o Estado Islâmico impõe que muçulmanos de todas as partes do mundo migrem para o califado, assim que ele seja consolidado. Os próprios membros da religião que não concordarem com pontos do governo, como os xiitas, devem ser mortos.
Em comunicados, o ISIS proclama que seus ataques são uma forma de iniciar o fim dos tempos. Eles acreditam que uma grande batalha contra os infiéis dará início ao julgamento final, profetizado no Hadiz, um de seus textos sagrados. Um detalhe importante é que, segundo a interpretação da profecia, isso tudo aconteceria em Dabiq, na Síria, onde está localizada a base do ISIS. Após decapitar o agente humanitário Peter Kassig, em 2014, o executor disse “aqui estamos, enterrando o primeiro cruzado americano em Dabiq e esperando avidamente o resto de seus exércitos chegarem”. A mensagem deixa claro que o grupo quer atrair o inimigo até o seu território para a batalha final e invoca a morte de um falso messias. “Quando o inimigo de Alá vir Jesus, ele se dissolverá, assim como o sal se dissolve na água”, diz no Hadiz. Claro que o Estado Islâmico interpreta o texto do jeito mais conveniente. “A linguagem é muito simbólica. Os terroristas dão o tom que querem. Há quem defenda que essa batalha não é física, e sim uma metáfora sobre manter-se firme nas dificuldades pessoais e religiosas”, afirma Rodrigo Franklin, teólogo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Fora dos livros religiosos, os conflitos no Oriente Médio estão realmente detonando o mundo. Além da carnificina das execuções e dos ataques a monumentos, sobrou até para a natureza. Estudo publicado na revista Science Advances aponta que a qualidade do ar em países como Síria, Palestina e Egito está piorando drasticamente em consequência da queima de combustíveis em áreas de conflito. É o ISIS acabando com o mundo até mesmo quando não está pensando nisso.
Fonte: Super
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