Billings pode evitar o rodízio? Veja fatos e a opinião de especialistas

Reservatório tem capacidade maior que o Cantareira, mas água é poluída.
Governo diz que aumentará captação para abastecimento da população.

São Paulo planeja retirar mais água da Represa Billings, na Zona Sul de São Paulo, para reforçar os sistemas Guarapiranga e Alto Tietê. A medida integra um pacote de ações para amenizar a falta d’água no estado. Mas, quais os impactos e as possibilidades para o uso da represa? Ela pode salvar os clientes da Sabesp que dependem do Cantareira?

O G1 ouviu especialistas e o governo. Veja abaixo fatos e opiniões sobre o tema:

Billings - O uso da Billings pode evitar o rodízio? (Foto: Arte/G1)

NÃO, O ALCANCE É LIMITADO
A água que será futuramente levada da Billings não vai chegar diretamente ao Sistema Cantareira. A água vai reforçar as reservas de dois sistemas que passaram a atender ex-clientes do Cantareira (Guarapiranga e Alto Tietê).

Atualmente o Cantareira abastece 6,2 milhões de pessoas. Antes da crise, eram 9 milhões. A diferença foi absorvida pelos outros sistemas e a Sabesp não divulgou novos planos para ampliar a interligação de toda rede e migrar todos os clientes do Cantareira para outros sistemas.


Billings - Como a água da Billings  é usada hoje? (Foto: Arte/G1)

GERA ENERGIA E ABASTECIMENTO
O primeiro uso da Billings, na primeira metade do século 20, foi para armazenamento de água para geração de energia elétrica na Usina de Henry Borden, em Cubatão, na Baixada Santista. Mas, ao longo do tempo e com o crescimento de São Paulo, o uso prioritário passou a ser para o abastecimento da população nos moldes de hoje.

Ao todo, a Billings colabora com 7,7 metros cúbicos por segundo de água para atender 2,3 milhões de pessoas pelos sistemas Rio Grande e Guarapiranga. Isso corresponde a um terço do Cantareira ou metade do Alto Tietê. Na Baixada Santista, o Rio Cubatão também usa água da represa para abastecer 250 mil pessoas, segundo a Sabesp.


Billings - Quanto volume a Billings têm disponível? (Foto: Arte/G1)

VOLUME É DE 500 BILHÕES DE LITROS
A Represa Billings tem capacidade para armazenar 1,2 trilhão de litros e é considerada o maior reservatório da região metropolitana de São Paulo, segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

Em janeiro, o volume armazenado era cerca de 500 bilhões de litros. Para efeito de comparação, o terceiro volume morto do Cantareira tem 41 bilhões de litros. Apesar disso, ela não é considerada como um dos sistemas de abastecimento da Grande São Paulo e fornece água para complementar sistemas.


Billings - Quantas pessoas ela poderia abastecer? (Foto: Arte/G1)

ESTIMATIVA É DE 4,5 MILHÕES
Estima-se que a Billings teria capacidade para fornecer água a cerca de 4,5 milhões de pessoas, o que não ocorre devido à poluição e intensa ocupação irregular nas margens, segundo especialistas.

A presença de contaminantes industriais é outra preocupação. “A Billings foi um reservatório que por muito tempo foi usado para receber afluente industrial, e o lodo no fundo da represa ainda tem uma concentração grande desses resíduos”, explicou o professor associado do departamento de engenharia hidráulica e ambiental da Escola Politécnica da USP, José Carlos Mierzwa.


A água da Billings tem qualidade? (Foto: G1)

REPRESA TEM NÍVEIS DIFERENTES DE ESGOTO EM CADA TRECHO
A água da represa tem níveis diferentes de poluição. Desde 1958, a Sabesp usa água de dois braços da represa: do Rio Grande retira 5,5 m³/segundo para atender Diadema, São Bernardo e parte de Santo André. Essa parte do manancial é considerada mais limpa e é isolada da parte mais poluída da Billings.

Do Rio Taquacetuba retira 2,19 m³/segundo. Esse trecho é mais contaminado porque está próximo à área de descarga da água dos rios Tietê e Pinheiros sem tratamento, e enviados para o Guarapiranga.  Entretanto, nem toda a represa tem a mesma qualidade. Teste feito a pedido do Bom Dia Brasil com uma amostra da Billings mostrou que a água está contaminada por bactérias, como escherichia coli, salmonella e shigella, provenientes da contaminação por esgoto não tratado.


Billings - É possível deixar a água potável? (Foto: Arte/G1)

HÁ TECNOLOGIA DISPONÍVEL PARA TRATAR A ÁGUA A REPRESA
As técnicas convencionais de limpeza da água usadas hoje em São Paulo não são suficientes, segundo o professor da USP José Carlos Mierzwa. Ele indica sistemas mais sofisticados, como o de membranas ultrafiltrantes, meio com mais capacidade para reter impurezas, como alternativa.

A Sabesp não definiu como será ampliado o tratamento com o aumento da vazão da Billings, mas o sistema de membranas já é usado pela empresa e deve ser implantado nas estações de reúso de esgoto, as EPARs. O resultado, segundo o superintendente de tratamento de esgotos da RMSP Roberval Tavares de Souza, é uma água absolutamente limpa e sem nenhuma impureza.


Billings - É preciso obra para ampliar o tratamento? (Foto: Arte/G1)

PROCESSO NÃO FOI ESCLARECIDO
Apesar da indicação do uso de membranas ultrafiltrantes, a Sabesp não deixa claro como o tratamento da água será adaptado para o aumento da vazão nos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê. O governador disse que serão instalados contêineres para a filtragem com membranas, mas o material precisa ser importado porque não há fabricação no Brasil.

A compra do material e adaptação para a filtragem é considerada rápida, mas levaria em torno de um ano, segundo o professor do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Escola Politécnica da USP, José Carlos Mierzwa.

A Sabesp diz que essa tecnologia produz água com muito mais rapidez e que precisa de um espaço físico menor. O tratamento, que levaria pelo menos duas horas, ocorre em 20 a 30 minutos, funcionamento automatizado e com menos produtos químicos.


Billings - Como a Billings vai ajudar o Cantareira? (Foto: Arte/G1)

AJUDA NÃO SERÁ DIRETA
A Sabesp não divulgou planos para levar o volume retirado da Billings ao Cantareira. O destino será os sistemas Guarapiranga e Alto Tietê. Alckmin diz que a ideia é aumentar mais 1 metro cúbico por segundo da Billings para a Guarapiranga e outros 4 metros cúbicos por segundo para o Alto Tietê, mas os volumes de captação ainda não foram confirmados.

Não há plano de envio de água direto para o Cantareira. Ao atender esses dois sistemas, a Billings indiretamente atende ex-clientes do Cantareira, que foram remanejados pela Sabesp após o início da crise hídrica.

O professor titular da Universidade Federal do ABC em engenharia ambiental e urbana Ricardo Moretti defende que a ideia de usar a água da Billings não deixa de ser uma “cortina de fumaça”. “Não tem como completar os 16 m³/s do Cantareira do dia para a noite”, afirmou.


Billings - quando a água chegará aos outros sistemas (Foto: Arte/G1)

PRAZO PARA CAPTAÇÃO É INCERTO
A forma como a captação será ampliada e quando ela começará ainda não foi divulgada pelo governo e pela Sabesp.

O Jornal Nacional apurou que os técnicos planejam iniciar as obras em fevereiro, com prazo de conclusão entre fim de maio ou começo de junho. Entre as opções está a construção de 13 quilômetros de dutos entre a Billings até a Represa Taiaçupeba, para a inclusão de 4 metros cúbicos por segundo no Sistema Alto Tietê.

Ricardo Moretti, da Universidade Federal do ABC, defende que a represa não vai resolver, a curto prazo, a crise hídrica. “Construir tubulações para tirar água da Billings até uma ETA [estação de tratamento de afluentes] precisa de obra, e não é nada simples. Mesmo que seja a curto prazo, não é algo para 2015”, explicou.


Billings - Santos terá geração de energia prejudicada? (Foto: Arte/G1)

EMAE NEGA PREJUÍZO PARA BAIXADA
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. (EMAE), que tem a concessão para explorar a Billings e outros reservatórios para geração de energia elétrica, afirma que as manobras para aumento da retirada da represa não prejudicarão a operação porque têm sido discutidas entre os órgãos gestores de recursos hídrico e de energia.

Desde novembro, a vazão de água da represa para a usina foi limitada em 6 m³/s para que a Billings pudesse bombear maior volume para a Guarapiranga. Isso faz com que a geração de energia seja de 34 MW, quando a capacidade instalada na Usina de Henry Borden é de 889 MW. A operação do sistema segue determinações do Operador Nacional do Sistema (ONS) para o Sistema Interligado Nacional (SIN).


Billings - Quais as alternativas além da Billings (Foto: Arte/G1)

RODÍZIO ESTÁ EM ESTUDO
A Sabesp admite que estuda o rodízio, embora oficialmente negue que exista um formato ou data definida. Por sua vez, o governador de São Paulo cita que estão em andamento novos projetos, obras de interligação, medidas de incentivo à redução do consumo e aguarda que chova. Nenhuma obra que mudará a condição do Cantareira tem data de entrega prevista para 2015.

O governo promete entregar até o fim do ano a Estação de Produção de Água de Reúso (EPAR) perto do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul, para gerar 2 metros cúbicos de água no abastecimento da represa de Guarapiranga.

Ações como o aumento da produção de água, com a Parceria Público-Privada (PPP) do Sistema Produtor de Água São Lourenço, além do aumento da captação dos sistemas Rio Grande, Guarapiranga, Baixo Cotia e a interligação do Rio Paraíba do Sul, também são apontadas pelo governo estadual como alternativas para aumentar a oferta de água, mas os projetos dependem de obras com prazos de conclusão a médio e longo prazo.

E se o Cantareira secar? Veja fatos e a opinião de especialistas

Janeiro tem menos chuva do que previsto e cresce possibilidade de colapso.
Na semana passada, presidente da Sabesp admitiu que sistema pode secar.

 

Gráfico mostra o nível de chuva nas represas do Sistema Cantareira nos períodos de outubro e abril de 2013/2014 e de 2014/2015 (Foto: Arte G1)O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, disse ao SPTV 1ª edição que o principal sistema de abastecimento de São Paulo, o Cantareira, pode secar nos próximos meses. No pior cenário, seca em março, segundo Kelman, que assumiu o comando da empresa estatal de água e esgoto neste mês, em meio a grave crise.Mas o que acontece se realmente acabar a água do Cantareira? O G1ouviu o que dizem especialistas e o governo.Veja abaixo os principais cenários caso o reservatório entre em colapso:

água (Foto: água)

MARÇO PODE SER LIMITE: Projeção do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres do Ministério da Tecnologia aponta que se a chuva for somente 10% da média histórica durante o verão, a água do volume morto do Cantareira pode se esgotar em março.

Caso a chuva mantenha a média de dezembro (74,9% do previsto para o mês), a água pode acabar em junho, segundo a projeção. O presidente da Sabesp não descartou essa previsão. Hoje, o governo do estado só tem autorização para usar a água do segundo volume morto.

água (Foto: água)

APOSTA É O 3º VOLUME MORTO: A Sabesp aposta que sim. Além de contar com a economia da população, a empresa diz que ainda estuda usar o 3º volume morto disponível na represa Atibainha.

“O uso depende também de aprovação da Agência Nacional de Águas (ANA). O volume corresponde a 41 bilhões de litros de água”, informa a Sabesp. “Seria o último recurso”, afirmou o presidente da Sabesp, Jerson Kelman. Em outubro do ano passado, o governador Geraldo Alckmin chegou a citar o 3º volume morto como alternativa, mas negou que a medida estivesse nos planos.

O professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e especialista em recursos hídricos Antônio Carlos Zuffo diz que, em caso de o sistema se esgotar, a Sabesp pode ter que distribuir apenas o que entrar nas represas, por chuva ou pelos rios que abastecem os reservatórios. “Sem o volume morto, só seria possível usar o volume de água referente à vazão de entrada no sistema, que depende do dia e das condições climáticas”, disse Zuffo.

água (Foto: água)

PRAZO E ALTERNATIVAS NÃO SÃO CLAROS: A Sabesp não tem previsão de quanto tempo pode durar a terceira cota do volume morto. A empresa também não divulga previsões sobre os outros sistemas.

O professor da Unicamp e especialista em recursos hídricos Antônio Carlos Zuffo diz que uma estratégia para garantir água para a população pode ser limitar o uso no comércio e indústria. “Mesmo antes de entrar no rodízio, pode haver suspensão de uso da água que não seja abastecimento humano, como comercial e industrial”, afirmou o especialista.

CAPACIDADE DOS DEMAIS SISTEMAS É LIMITADA: Segundo dados da Sabesp, ainda que fosse possível uma interligação plena, os demais sistemas têm capacidade limitada e são bem menores que o Cantareira:

Cantareira
Capacidade: 1,4 trilhão de litros
Nível em 20/01/14: 5,6%
Abastece 6,2 milhões de habitantes

Alto Tietê
Capacidade: 520 bilhões de litros
Nível em 20/01/14: 10,2%
Abastece 4,5 milhões de habitantes

Guarapiranga
Capacidade: 171 bilhões de litros
Nível em 20/01/14: 38,5%
Abastece  5,2 milhões de pessoas

Rio Grande
Capacidade: 112 bilhões de litros
Nível em 20/01/14: 68,8%
Abastece 1,2 milhão de pessoas

Alto Cotia
Capacidade: 16 bilhões de litros
Nível em 20/01/14: 28,5%
Abastece 410 mil pessoas

Rio Claro
Capacidade: 13 bilhões de litros
Nível em 20/01/14: 22,6%
Abastece 1,5 milhão de pessoas

água (Foto: água)

SABESP NEGA POSSIBILIDADE IMEDIATA: O Cantareira já atendeu 9 milhões de pessoas. Com o remanejamento e interligação, hoje fornece água para 6,2 milhões. “A falta de chuva atinge todos os mananciais. Neste momento, não temos possibilidade de aumentar o remanejamento de vazão”, disse o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato.

Ainda segundo Massato, as possibilidades seriam o Alto Tietê e Alto Cotia, que operam com nível baixo, além do Sistema Guarapiranga, cujas obras ainda estão em andamento. “Existem várias propostas, mas que foram projetadas para um período em que voltaria a chover mais”, afirmou.

água (Foto: água)

SISTEMA É ALTERNATIVA DE LONGO PRAZO: Ampliar a produção de água do Guarapiranga é uma alternativa viável, segundo especialistas, mas a médio ou longo prazo, pois não foi projetado para uma demanda tão alta.

“Seria necessário fazer toda a ampliação de novas estações de tratamento. E isso é uma obra demorada”, explicou o geólogo Pedro Luiz Côrtes, que também é pesquisador da USP e membro do programa de Mestrado em Gestão Ambiental da Uninove.

“A última solução seria lançar água bruta direto na rede, mas isso contamina a água e ela vai com cor. A única coisa que dá para fazer é desinfetar, mas não deixa a água potável”, completou o pesquisador da Unicamp Antônio Carlos Zuffo.

água (Foto: água)

BILLINGS PODE SER ALTERNATIVA DE LONGO PRAZO: A represa Billings, que armazena principalmente água para geração de energia elétrica, possui 600 bilhões de litros, mas de péssima qualidade por causa da contaminação por esgoto. Ela é apontada por especialistas como alternativa.

A Sabesp admite que estuda formas de tratar e distribuir essa água. Mesmo assim, não há indicativos da companhia de abastecimento de que o volume da Billings possa ser usado de imediato na atual crise.

A Billings poderia ser considerada, mas tem níveis de poluição consideráveis, e você precisa desenvolver essa estrutura que não é feita do dia para a noite”
Pedro Luiz Côrtes,
geólogo e especialista em recursos hídricos

“Tecnologicamente não há empecilho [para usar essa água], mas há um problema de prazo e o segundo é o transporte. É uma caixa d’água enorme, uma reserva fundamental”, explicou o presidente da Sabesp.

O geólogo Pedro Luiz Côrtes diz que falta estrutura para uso imediato. “A Billings poderia ser considerada, mas tem níveis de poluição consideráveis, e você precisa desenvolver essa estrutura que não é feita do dia para noite”, defendeu o geólogo.

água (Foto: água)

ALTERNATIVA É OPÇÃO PONTUAL: A curto prazo, o uso de água subterrânea poderia ser uma alternativa pontual e para uso restrito durante a crise, segundo o geólogo Pedro Luiz Côrtes. Ele usou como exemplo um estudo de geociência da USP que apontou ser possível extrair 10 mil  litros de água/segundo com poços abertos pela Sabesp.

“A Sabesp teria a possibilidade de abrir esses poços em um prazo de 30 dias e o tratamento dessa água é muito mais simples que um volume morto, por exemplo, mas para abastecer locais emergenciais, como escolas e hospitais”, explicou o especialista.

“Poços profundos só seriam interessantes para atender uma demanda urgente e pontual”, completou o professor titular de recursos hídricos do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental (PHA) da Escola Politécnica da USP, Mario Thadeu Leme de Barros. Perfuração indiscriminada de poços pode comprometer outras regiões que dependem da água profunda.

Existem uma proposta do governo de explorar uma área de afloramento do Aquífero Guarani no interior do estado e reforçar o abastecimento em cidades da bacia Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) com a perfuração de 24 poços profundos. Isso, segundo o governador, aliviaria o Sistema Cantareira. Não há previsão para início das obras.

água (Foto: água)

ESTRATÉGIA ESTÁ PARCIALMENTE EM ANDAMENTO: O reaproveitamento da água da chuva e esgoto tratado aliviaria a dependência  do Cantareira, principalmente em locais com alto consumo, como indústria e irrigação, segundo Gesner Oliveira, ex-presidente da  Sabesp (gestão 2007 a 2010) e sócio de uma consultoria especializada em recursos hídricos.

“A reciclagem para a água me parece a melhor alternativa, em particular a situação de reúso do Sistema Guarapiranga e Alto Cotia”, disse. O governo do estado anunciou no ano passado obras de implantação das Estações Produtoras de Água de Reúso (EPARs) para aumentar a disponibilidade hídrica nos dois sistemas em 14% e 100%, respectivamente, com tratamento de esgoto.

Se o prazo prometido for cumprido, a primeira obra – do Guarapiranga – ficará  pronta em novembro deste ano. “Tudo isso precisaria ser feito com o ritmo que o problema requer. Essas obras precisariam de uma abordagem especial e deveria haver uma aceleração. Com a água de reúso, os resultados surgem em um período curto, ainda em 2015”, completou o ex-presidente da Sabesp.

Fonte: G1