É preciso…
(Doze Toques Conscienciais Budistas)
1. Erradicar o apego, pois a característica básica da vida na Terra é a “impermanência” – dos seres e das coisas.
2. Emanar Compaixão por todos os seres sencientes do Universo.
3. Combater tenazmente, pelas vias de reflexões ponderadas, as ilusões e fabulações mentais.
4. Renunciar ao ego e seu sentimento de posse.
5. Compreender a natureza da mente e educá-la pelas vias da Compaixão.
6. Voar nas asas do discernimento.
7. Equilibrar corretamente os desejos no campo emocional.
8. Não dar trelas ao mau humor.
9. Ver o Amor do Buda* em todos os seres.
10. Entrar no templo interno do coração espiritual e encontrar lá o Bodhisattva** da Compaixão.
11. Seguir o caminho da retidão.
12. Meditar na magnitude do Amor Universal…
P.S.:
Esses toques conscienciais me foram passados, fora do corpo, por um mentor espiritual*** ligado às vibrações dos ensinamentos do Buda.
– Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
– Notas:
* Buda – do sânscrito – O Iluminado; Aquele que despertou! Palavra derivada de “Buddhi”, que significa “Iluminação Pura” ou “Inteligência Pura”. Ou seja, quem alcança o estado de Buddhi, torna-se um Buda, um Ser iluminado e desperto.
** Boddhisattvas – do sânscrito – são aqueles seres bondosos que estão perto de tornarem-se Budas ou Iluminados. Para facilitar a explicação, podemos dizer que eles são canais espirituais ou avatares conscientes do amor de todos os Budas.
*** Mentor espiritual – entidade extrafísica e positiva que ajuda o projetor nas suas experiências extracorpóreas; amparador extrafísico; mestre extrafísico; companheiro espiritual; protetor astral; auxiliar invisível; guardião astral; guia espiritual; benfeitor espiritual.
Obs.: Enquanto eu digitava essas linhas, lembrei-me de outro texto que fiz com atmosfera budista (e que gostei muito de ter feito). Então, posto o mesmo na sequência, para enriquecimento desses escritos de hoje.
O BUDA E O BOBO
(O Amor em Silêncio)
A primeira vez em que O vi, eu não estava preparado.
Porque eu imaginava que só um grande mestre poderia vê-Lo.
E, no entanto, ali estava Você, bem na minha frente, como um velho amigo.
Ah, meu amigo, eu sempre pensei que o Seu olhar fosse abrasador.
Mas, Você me olhou de forma tão pura, como quem olha para uma criança.
E dos Seus olhos emanava uma doçura sem igual, serena e lúcida.
E isso me assustou. Porque eu era imaturo para compreender a Sua simplicidade.
E minha mente estava cheia de conceitos sobre como Você era o Iluminado.
Por isso, me choquei. A sua profundidade estava na sua simplicidade.
Porque Você veio como um amigo querido, não como um mestre.
E não havia devas* voando à Sua volta. Só havia Você e Seu Amor silencioso.
Eu era tão imaturo! E Você sabia e, mesmo assim, Você me compreendeu.
Eu queria ter um samadhi!** Mas as estrelas que vi estavam em Seus olhos.
Eu, bobo, não tive coragem de receber o Seu presente, e corri assustado.
Porque, só de vê-Lo já era um presente.
Mas eu não aguentei o seu Amor em mim.
E fugi, com o coração despedaçado… Gritei perdido na noite de mim mesmo.
Você se foi, pois sabia que ainda não era a hora, e que o tempo acertaria tudo.
Depois, eu me envergonhei tanto. Voltei, mas Você já tinha ido embora.
Então prometi a mim mesmo que cresceria e O encontraria novamente, algum dia…
O tempo passou, como sempre faz… E eu estou aqui, lembrando-me de Você.
Lembrando-me do seu olhar doce. Como eu era bobo e imaturo, e não sabia.
Hoje, é outro tempo, em outra vida. Eu ainda sou bobo, mas agora eu sei disso!
Em várias ocasiões, eu senti o Seu Abraço silencioso, por entre os planos…
Eu senti o seu Amor – e também O vi, abraçando secretamente o mundo.
Meu coração sentiu como Você absorvia a dor de muitos – e os abençoava…
E de como Você transformava o sofrimento da humanidade em pétalas de luz.
Depois, fazia chover essas pétalas, invisivelmente, no mundo dos homens tristes.
Ah, meu amigo, eu ainda sou aquele bobo de antes, mas agora eu não tenho medo.
Talvez eu tenha melhorado um pouco, não sei, mas Você sabe. E eu O sinto…
Como agora, quando o meu coração me mostra o Seu doce olhar, entre os planos…
Eu Vejo, em espírito, miríades de seres sendo abençoados dentro desse olhar.
Eu não corro mais, nem quero nenhum samadhi, nem preciso que Você venha aqui.
Porque Você está dentro do meu coração. Sempre esteve… Apenas eu não sabia.
E naquela vida, lá atrás, Você deve ter rido muito quando eu corri com medo.
Hoje, eu mesmo rio tanto disso… E, mesmo ainda sendo bobo, eu compreendo.
Ah, meu amigo, eu vejo o Seu olhar sereno, e continuo me sentindo igual criança.
Então, eu saio na varanda e olho o céu noturno da cidade, que está nublado.
Mas eu vejo estrelas, sei lá como. Elas estão dentro do meu coração.
E eu fico quietinho, pensando em Você abraçando e abençoando a humanidade.
Sim, eu fico quietinho, orando em silêncio e pegando uma carona com Você.
E vou olhando o mundo, como o Amor olha… Em silêncio, serenamente.
Ah, Buda, eu não corro mais! Agora eu viajo junto na doçura do Seu Olhar…
E o céu fica lindo, cheio de estrelas, porque eu vejo pétalas de luz caindo…
Eu fico aqui, com o Seu Olhar refletido nos meus olhos, na cheia do Amor…
Enquanto Você absorve a dor do mundo e faz chover pétalas de luz secretamente.
P.S.:
Ah, Buda, eu ainda sou bobo, Você sabe.
Mas Você me olhou como um velho amigo.
E, agora, mesmo bobo, eu compreendo.
Iluminação é Amor consciente!
Amor que abraça.
Que nada julga.
Que ama serenamente.
E que compreende os bobos que correm…
Ah, Buda, Você deve ter rido tanto.
(Dedicado aos mentores espirituais, de todas as linhas, que viajam por entre os planos, em meio às pétalas de luz que descem do céu, sempre ajudando a todos, sem aparecer, por obra e graça de um Grande Amor.)
Om Mani Padme Hum!***
Com Gratidão.
Paz e Luz.
Wagner Borges – ainda bobo, mas melhorando… Sempre!
– Notas:
* Devas – do sânscrito – divindades; seres de luz; anjos; seres celestes.
** Samadhi – do sânscrito – expansão da consciência; estado de consciência cósmica.
*** Om Mani Padme Hum – do sânscrito – sua tradução literal é: “Salve a jóia no lótus”. Esse é um mantra de evocação do boddhisattva da compaixão entre os budistas tibetanos e chineses. Om é a vibração do TODO. Mani é a “Jóia espiritual que mora no coração”; ou seja, é o próprio Ser, a essência divina. Padme / Lótus é o chacra cardíaco que envolve, energeticamente, essa jóia sutil. Hum é a vibração dessa compaixão do TODO vertendo a luz pelo chacra cardíaco em favor de todos os seres.
Esse mantra é mais conhecido como o “mantra da compaixão”. É um dos mantras mais poderosos que conheço. Pode ser concentrado, mentalmente, dentro do peito – como se a voz mental estivesse reverberando ali -, ou dentro de qualquer um dos chacras que a pessoa desejar ativar. No entanto, o melhor lugar para ele é realmente o chacra cardíaco, pois o que chega ali é distribuído para todo o corpo, pela circulação do sangue comandada pelo coração, e também a todos os outros chacras do corpo energético.
O chacra frontal, na testa, também é excelente para a prática desse mantra, pois o que chega nele é distribuído ao longo da coluna pelos nádis – condutos sutis de transporte energético pelo sistema -, e comunicado a todos os outros chacras abaixo dele. Esse é o motivo pelo qual vários mestres iogues sempre aconselham aos seus discípulos iniciar alguma prática bioenergética por ele.
Um livro excelente sobre isso é o do pesquisador iogue japonês Hiroshi Motoyama, “Teoria dos Chacras”, pela Editora Pensamento.
Eis alguns CDs maravilhosos que contêm esse mantra:
– Laíze, com a participação de Áurio Corrá nos teclados e arranjos – CD. “OM”, pela Gravadora Lua Music – Brasil – A segunda faixa desse disco é um canto de amor e faz um bem enorme ao chacra cardíaco. É amor em forma de ondas sonoras.
– CD. “Tibetan Incantations – The Meditative Sound of Buddhist Chants”, pela Gravadora Music Club, Série 50050 – England – A segunda faixa é de uma profunda alegria e melhora o humor do ouvinte. É alegria em forma de ondas sonoras. A terceira música é o mantra Om Mani Padme Hum cantado a capela pelos monges tibetanos. Esse álbum tem 74 minutos de música.
– CD. “Six-Word Mantra of Avalokitesvara – The Avalokitesvara Boddhisattva Dharma Door Vol. ll”, pela Gravadora Wind Records, Série TCD – 2109 – E.U.A. – Esse CD foi feito por músicos chineses e direcionado para a cura de órgãos internos pelo mantra Om Mani Padme Hum. Entretanto, como a pronúncia é chinesa, o mantra fica Om Mani Pa Me Hung. Seu efeito é bem forte. Nesse trabalho, o lance é mais de energia do que de amor. É vitalidade em ondas sonoras.
– Beijing Central Juvenile Chorus – CD. “Wingsong of The Lotus World”, pela Gravadora Wind Records, Série TCD – 2152 – E.U.A. – Esse disco é cantado por um coro juvenil chinês. Aqui o Avalokitesvara, criador do mantra Om Mani Padme Hum – representado pelos chineses na figura da Deusa da compaixão “Kuan-Yin” -, é reverenciado em um belo canto que encanta o coração do ouvinte sensível. Esse disco é paz em ondas sonoras.
– Buedi Siebert – CD. “Om Mani Padme Hum”, pela Gravadora Real Music, Série RM – 4040 – E.U.A. – Esse CD contém diversas versões do mantra Om mani Padme Hum. É excelente para momentos de prece, práticas meditativas, práticas de Ioga e momentos de inspiração e conexão espiritual.
– Fan Li-bin – CD. “Sound From the Cosmos”, pela Gravadora Wind Records, Série TCD – 2112 – E.U.A. – Nesse trabalho de fortes vibrações, Fan Li-bin, vocalista nascido em Taiwan e exímio praticante de mantras, procurou realizar uma conexão espiritual do mantra Om Mani Padme Hum com os chacras. Aqui a pronúncia do mantra é cantada como Om Ma Ni Pa Mei Hum.
– Craig Pruess – CD. “Sacred Chants of Buddha”, pela Gravadora Heaven on Earth Music, Série HOEM – 12 – England – A terceira faixa deste CD é uma versão do mantra Om Mani Padme Hum elaborada para profundo relaxamento psicofísico.
Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia
e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
Fonte: Anjo de Luz
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