FONTES: Revista Saúde, ONU e Site Cura e Ascensão

COMO PREPARAR O TSAMPA – ALIMENTO DO FUTURO. ALIMENTO QUE DURA 7 ANOS
LIVRE DE FUNGOS OU BACTÉRIAS
Cândida aos Vigilantes da LuzReceita de TSAMPA: em caso de escassez.

Alimento (uma bolinha) que substitui uma refeição.

No caso de que os alimentos em determinado momento escasseiem, em casos de conflitos ou de severas mudanças terrestres que poderão acontecer…

Seria importante que, as pessoas saibam como elaborar este alimento, pois uma só bolinha já elaborada do mesmo substitui uma refeição, claro junto com líquido suficiente.

Nota importante para que enfatizes

NÃO É PERMITIDO VENDÊ-LO …

É para que se formem grupos nas comunidades e o preparem em cada casa e o tenham guardado hermeticamente, pois pode durar até sete anos, livre de fungos e bactérias.

Elaboração do TSAMPA:

Os ingredientes necessários para a confecção do TSAMPA são 9:
Feijão vermelho

Grão de bico

Lentilha Milho seco

Amendoim natural

Mel puro

Banana verde

Soja em grão

Trigo seco
A quantidade é determinada pelo número de pessoas que farão parte na preparação e posterior repartição do TSAMPA. Em nosso grupo, composto por 15 integrantes, se tomou como medida básica 5 quilos. Foram feitas perto de 1.700 (bolinhas) de SAMPA e em sua repartição ficou mais de cem bolinhas para cada um.

É importante que se respeite a proporção de “1 por 1” entre todos os grãos. Quer dizer que se se estabelecer como medida básica 1 quilo, deverá ser 1 quilo de feijão, 1 de grão de bico e assim sucessivamente para todos os componentes. Se se toma como medida básica 3 quilo s, deverão ser 3 quilos de feijão, 3 quilos de grão de bico, 3 quilos de lentilhas e assim para todos os ingredientes.

Nota sobre a Banana verde:

Para obter 1 quilo útil de banana têm que se descascar 5 quilos de banana verde, portanto, se por exemplo se se estabelece como medida básica 5 quilos, tem que descascar 5 x 5 = 25 quilos de banana verde para se conseguir a quantidade necessária; logo se corta em tiras para poder tostar antes de moê-la.

Nota sobre o Mel:

Em geral o mel é utilizado na proporção de “1 por 3”, quer dizer, se estabelece como medida básica 1 quilo, a quantidade de mel necessária para amassar o TSAMPA é de três quilos; se se estabelece uma medida básica de 5 quilos a quantidade necessária é de 15 (5 x 3 = 15) quilos de mel puro.

Entretanto, no momento da preparação do TSAMPA o sentido comum sugerirá a quantidade exata do mel a utilizar, já que as bolinhas não devem ficar nem muito secas, que poderiam desmanchar-se em seguida, nem muito molhadas, já que demorariam muito tempo para secar ou poderiam deformar ou achatar no momento de serem armazenadas.

PREPARAÇÃO TOSTADO:

Todos os ingredientes serão tostados em separado, já que cada um tem seu grau de tostagem específico.

A banana uma vez cortada em tiras pode ser seca ao sol, se é que tem a possibilidade de fazê-lo. Se não, simplesmente se pode tostá-la num forno para logo moê-la.

Moinho de Tsampa

MOAGEM:

Se moem os ingredientes separadamente já que cada um tem seu grau de dureza específico (o milho é o mais duro de moer) utilizando um moinho manual tipo corona. (NÃO UTILIZAR MOINHO ELÉTRICO). Recomenda-se não utilizar moinhos elétricos de nenhum tipo já que ao utilizar estes artefatos se estaria privando aos ingredientes do corpo elétrico ou corpo energético, que também os vegetais possuem e que neles constitui em definitivo o elemento nutritivo principal para nós, os humanos.

MISTURA:

Quando tiver todos os grãos e a banana moída, juntam-se todas as farinhas, dependendo da quantidade em um,dois ou mais recipientes não de metal e sim de plástico, tomando o cuidado de fazer uma mescla o mais uniforme possível.

MISTURA COM MEL:

Quando as farinhas estiverem bem misturadas, coloca-se gradualmente o mel.Vai amassando manualmente toda a mistura até obter a consistência desejada, procurando não deixar pequenas bolinhas de farinha sem mel.

BOLINHAS:

Quando estiver toda a massa pronta, bem misturada, nem muito seca e nem muito molhada, fazem-se manualmente pequenas bolinhas do tamanho aproximado de uma bola de golfe ou pingue- pongue.

SECAGEM:

Quando terminar de fazer as bolinhas, deixar secar num local adequado e possivelmente à sombra, tomando cuidado de cobri-las com um pano ou tela que impeça que os insetos, sobretudo as moscas, possam colocar ali seus ovinhos, estragando assim um trabalho de muitos esforços. Uma boa secagem se obtém quando as bolinhas de SAMPA tenham uma consistência não muito dura e apresentem certo grau de maleabilidade sem serem demasiadas pegajosas.

CONSERVAÇÃO:

Uma vez obtido uma boa secagem se passa para a conservação.

Recomenda-se armazenar as bolinhas de TSAMPA em recipientes de vidro possivelmente de boca larga que, além de assegurar uma boa conservação natural, permitem um acesso fácil na hora de pegá-las, entretanto também pode utilizar-se um recipiente de plástico… Ambos os tipos de recipientes devem ficar fechados hermeticamente para que não haja aceleração no processo de deteriorização das bolinhas ao serem expostas ao ar.

Um TSAMPA bem preparado,que teve uma boa secagem, longe de mosquitos e de insetos e que tenha sido bem armazenado, chega a conservar-se perfeitamente comestível por um tempo de não menos de quatro anos e isto já foi comprovado por vários de nossos amigos.

CONSUMO:

O TSAMPA é um alimento altamente energético. O consumo de uma bolinha de TSAMPA é o equivalente a uma das três refeições que normalmente consumimos num dia, portanto com a ingestão diária de três bolinhas de TSAMPA não se necessita consumir nenhum outro alimento, já que só elas fornecem ao organismo a energia necessária e suficiente para seu desenvolvimento funcional durante o dia. Em tempos “difíceis”, o TSAMPA preparado e armazenado com antecipação pode ser a única tábua de salvação frente à escassez de alimento ou diante da impossibilidade de consumir o que se consiga ao redor devido a sua contaminação, seja química, biológica ou nuclear.

Observações

A experiência acumulada nas anteriores preparações do TSAMPA, nos impulsiona a formular as seguintes sugestões: Se o TSAMPA vai ser preparado por um determinado número de pessoas, se aconselha, para diminuir os tempos e facilitar a preparação, repartir entre os componentes do grupo a compra dos ingredientes e a tostagem dos mesmos que poderá ser efetuada, esta última, permanecendo cada um em sua respectiva casa.

No dia estabelecido quando tiver todos os ingredientes já prontos, poderão reunir -se em um local escolhido aonde se termina primeiro a moagem dos ingredientes, logo a mistura das farinhas, depois a mescla com o mel e finalmente a confecção das bolinhas de SAMPA. Quando estiverem já prontas as bolinhas, é recomendável que da secagem,contagem e repartição se encarregue uma só pessoa que goze da plena confiança de todos os componentes do grupo.

Recomenda-se em primeira instância, que todas as crianças (filhos, sobrinhos, netos ou simples amiguinhos dos componentes do grupo) sejam sempre bem-vindas em todas as fases da elaboração do TSAMPA, em especial no momento de moer os grãos, atividade que lhes fascina.

Recomenda-se enfim que todas as pessoas que participam da repartição final das bolinhas estejam presentes e participem diretamente em todas e cada uma das fases da preparação das mesmas, em especial na fase da mistura do mel, já que durante este processo, se estará transmitindo a energia de todos e cada um dos componentes do grupo.

Desta forma a energização do TSAMPA será muito maior e maiores serão os benefícios no momento de consumi-lo. Cada jardim tem seus mistérios, que só a mão paciente do jardineiro é capaz de decifrar. Por isto prefere concentrar-se no sol, na chuva, nas estações. Não nas opiniões e dizeres dos demais.

Ter sempre presente que a parte mais importante de ti é teu ser interior, tua alma, tua mente, teu espírito, e tudo aquilo que está dentro de ti. Sem estas partes invisíveis, teu ser físico não poderia existir.

Assim como cuida de teu corpo também cuida de tua alma..

Assim como alimentas teu corpo, também alimenta teu espírito.

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Por  Cândida aos Vigilantes da Luz

Solange Christtine Ventura

http://www.curaeascensao.com.br

ONU aposta em insectos como alimento do futuro

Introduzir mais os insectos na dieta global é uma das alternativas para combater o dilema da produção alimentar num mundo com cada vez mais habitantes, defende a FAO, a agência da ONU para a alimentação e a agricultura.

Num estudo divulgado esta segunda-feira, a FAO estima que 2000 milhões de pessoas – cerca de 28% da população mundial – já ingerem insectos numa base regular. O relatório identifica nada menos do que 1909 espécies comestíveis, das quais 31% são besouros ou escaravelhos. A seguir vêm as lagartas (18%), as abelhas e formigas (14%) e os gafanhotos (13%). No menu de invertebrados constam também cigarras, libélulas, térmitas e moscas.

Não sendo novidade, o consumo de insectos é apontado agora como uma boa solução para alargar as fontes de alimento do mundo no futuro. A população global continua a subir, embora a menor ritmo, e poderá chegar aos 9000 milhões em 2050. Saciar a fome de tantas bocas pode implicar em sérios problemas de exploração de recursos. Criar uma vaca nos Estados Unidos, por exemplo, implica gastar quase dez quilos de ração ou pasto por cada quilo adicional de animal vivo. Como depois só se aproveita 40% do animal, na prática são necessários 25 quilos de alimentos para produzir um quilo de carne bovina. Um quilo de bife também implica no consumo de 22 mil a 43 mil litros de água.

Os insectos, por sua vez, são animais mais eficientes, sobretudo porque têm sangue frio e não gastam energia a manter a temperatura do corpo. Para um grilo, são necessários 1,7 quilos de alimento por cada quilo de animal vivo. Mas 80% do bicho é mastigável, resultando na prática em 2,1 quilos de alimento por quilo de insecto comestível – menos de um décimo do necessário para uma vaca.

Os insectos também produzem menos gases com efeito de estufa e ajudam na decomposição do lixo. Além disso, são ricos em proteínas e podem ter maior concentração de mais elementos importantes, como cálcio, ferro e gorduras “boas”.

Potencial inexplorado
Segundo Eva Muller, directora da FAO e co-autora do estudo, os resultados não indicam que todos os 7000 milhões de habitantes da Terra devam começar imediatamente a comer insectos. “O que estamos a dizer é que os insectos são um dos recursos proporcionados pelas florestas, e cujo potencial para a alimentação humana e sobretudo animal está ainda muito inexplorado”, diz Muller, citada num comunicado da FAO.

Como em qualquer outra fonte de alimentos, os insectos também correm o risco de serem sobre-explorados. Um estudo publicado em 2006 na revista Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine chama a atenção para o risco existente sobre 14 espécies de insectos ameaçados no México, sugerindo a criação dos mesmos como alternativa.

Investigar o que é melhor em termos ambientais é um dos passos que a FAO diz ser necessário agora para melhor aproveitar o alargamento desta potencial fonte alimentar. O relatório menciona que nalguns países já se pratica a criação de insectos – como a de grilos no Laos, Vietname e Tailândia. Mas a maior parte ainda é capturada na natureza.

A FAO também alerta para a necessidade de legislação nessa área e de mais investigação sobre o valor nutritivo das espécies comestíveis.

Vegetais com muito mais nutrientes (muito mais mesmo) e produtos que saem da indústria livres de corantes artificiais. Pinçados na natureza ou turbinados pela biotecnologia, eles já estão chegando

Como você reagiria se soubesse que o tomate vermelho-vivo, selecionado a dedo na feira ou no supermercado, só ganhou a tonalidade vibrante porque seus genes foram alterados? “É natural ter certo medo do novo”, antecipa a resposta mais provável a química Alda Lerayer, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), em Campinas, no interior paulista. Ainda mais quando o novo, no caso do nosso exemplo, é sinônimo de biotecnologia.
Rigorosos testes demonstram que o consumo de alimentosgeneticamente modificados pode ser seguro. Mesmo assim paira uma nuvem de desconfiança sobre eles. Até porque muita gente confunde o conceito de geneticamente modificados com o de transgênicos — quando, em vez de reforçar ou desligar certos genes próprios de uma espécie, como é o primeiro caso, os cientistas introduzem DNAs alheios, o que é outra história.
Nem todo superalimento, porém, é fruto da Engenharia Genética. Pesquisadores espalhados pelo mundo rastreiam cada canto do planeta atrás de espécies escondidas em matas com doses extras de vitaminas. A idéia é disseminar sementes mais nutritivas, aprimorar a qualidade das safras e, a reboque, melhorar a saúde da população mundial. A indústria também faz sua parte, acrescentando ingredientes funcionais às suas fórmulas —  aqueles que previnem doenças — e substituindo aditivos artificiais por naturais. Ou seja, o admirável mundo novo da alimentação poderá ser muito mais saudável.

O que é biotecnologia
Se nós pensarmos no seu mprincípio básico — colocar um microorganismo na produção de algo, seja alimento ou não —, vamos ver que ela não é nada moderna. Podemos dizer que existe desde que o homem aprendeu a fazer pão, há muitos e muitos anos — ora, o fermento usado era fungo. A milenar produção do vinho e a da cerveja, que também envolvem microorganismos, seriam outro exemplo de domínio da biotecnologia, emboram as pessoas nem imaginassem isso. Hoje em dia, é bem verdade, ela virou ciência, que engloba os conhecimentos da engenharia genética, usando os tais micróbios para transportar genes específicos àquilo que se busca enriquecer.

 

Não faltam notícias saborosas, como a de um novo melão cheio de betacaroteno, substância que se transforma em vitamina A no organismo, a qual  faz uma diferença danada para a saúde dos olhos. Os cientistas da Embrapa transformaram a fruta de polpa branca numa versão alaranjada, em tom   parecido com o do melão cantaloupe. Explica-se: o betacaroteno tinge tudo de laranja. Em alguns anos a novidade estará na mesa.
Os pesquisadores brasileiros também querem acabar com a palidez de algumas bananas. Primeiro selecionaram tipos de polpa mais amarela — um  indicador de que contêm betacaroteno — oriundos da Ásia e da África. Depois vasculharam todo o seu material genético até que depararam com a  porção de DNA responsável pela coloração. O próximo passo será introduzir essa porção nas bananas branquelas.
Já na Suíça, acaba de ser colhido um arroz dourado. “Ele foi desenvolvido usando o gene de uma flor também rica em betacaroteno”, conta o  geneticista Marcelo Menossi, da Universidade Estadual de Campinas. O cereal passa por análises que deverão habilitá-lo para chegar às cozinhas.
Mas é preciso conter o apetite pelas novidades “Os testes em alimentos geneticamente modificados são bastante rigorosos e por isso consomem muito tempo”, explica a engenheira de alimentos Marília Nutti, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, no Rio de Janeiro. Toxicidade e alergia são as principais ameaças a serem descartadas. Se há qualquer risco em um candidato a superalimento, ele acaba na lata do lixo dos laboratórios, garantem os cientistas.

Tesouros escondidos
O agrônomo egípcio Nagib Nassar, professor da Universidade de Brasília, lembra que muitas espécies de vegetais ainda estão incógnitas na natureza. “O Brasil tem uma grande biodiversidade, mas é preciso conhecê-la”, diz. Ele tem se dedicado à coleta de mandiocas ricas em substâncias benéficas, inclusive licopeno — sim, o mesmo do tomate, quem diria. O cientista e seu grupo não hesitam em adentrar aldeias indígenas atrás de espécies silvestres. Tanto empenho já rende frutos. Em Goiás eles encontraram uma variedade que oferecia o dobro de proteína. “Essa mandioca poderá ser ingrediente de pães mais ricos”, prevê, animado.
Às vezes, porém, a meta não é enriquecer alimentos — quase ao contrário, é de certa maneira empobrecê-los, retirando- lhes aquilo que pode nos fazer mal. Nessa linha, há quem busque, por exemplo, feijões e grãos de soja com menos fitato, substância que atrapalha o aproveitamento de minerais e, ainda por cima, provoca gases. “Identificamos o gene responsável por sua produção e conseguimos alterar seu funcionamento para que as leguminosas fiquem livres desse componente”, comemora o engenheiro agrônomo Francisco Aragão.Extrapolando os limites da nutrição, porém, estão os pesquisadores que sonham com plantações que seriam verdadeiras indústrias farmacêuticas. Isso mesmo. O cientista Marcelo Menossi, da Unicamp, está desenvolvendo um milho produtor de hormônio do crescimento. “Após a colheita, a substância é extraída e purificada”, ele conta. Já o pessoal da Embrapa trabalha em cima de uma alface que sintetiza uma vacina contra a diarréia.
“Em matéria de produção industrial, há pesquisas com aditivos extraídos da natureza que, além de livrar o alimento de substâncias artificiais, acrescentam-lhe propriedades funcionais”, conta o engenheiro agrônomo Paulo Stringheta, da Universidade de Viçosa, em Minas Gerais. Imagine uma gelatina colorida por pigmentos de frutas que ajudam a afastar doenças cardiovasculares. Os pigmentos, no caso, são as antocianinas, que dão o tom arroxeado às uvas tintas e ajudam a proteger o peito.
Outros pigmentos naturais, a luteína e zeaxantina, que tingem de amarelo flores como a calêndula, também merecem destaque nessa corrente de pesquisas. Afinal, previnem a degeneração macular, doença da retina que leva à cegueira. Os cientistas experimentam usar essa dupla como corante de iogurtes e outros alimentos.
Nesse movimento de volta à natureza não se pode esquecer dos aromatizantes — os artificiais, é sabido, aumentam os riscos de alergia alimentar. Na Unicamp os testes são com extratos de limão que, para completar, carregam alguns valiosos compostos do fruto, hoje reconhecidos por prevenirem diversos tipos de câncer.

Nutrientes se perderam no tempo
Há 10 mil anos, nos primórdios da agricultura, a grande preocupação era cortar pela raiz as espécies venenosas. “Com a evolução do plantio, o homem notou que também precisava se preocupar em plantar variedades que se adaptassem bem ao solo”, conta o engenheiro agrônomo Francisco Aragão, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Levavam-se em conta, é claro, aspectos que facilitassem a colheita, como o tamanho do vegetal, mas foi só com o passar do tempo que o foco se tornou a produtividade. “Aí iniciou-se uma era de valorizar as espécies que cresciam depressa”, diz. E, na natureza, quando se cresce depressa o teor de nutrientes pode ficar em segundo plano. Sem contar que o uso em  excesso de adubos fez com que muitos vegetais perdessem a necessidade de produzir doses generosas de defensivos naturais, como as vitaminas  antioxidantes.

Enzimas que comem açúcar
Alguns alimentos modificados já estão no comércio, anunciando a nova era. Um deles é o leite com baixíssimo teor de lactose, criado para aqueles que não digerem bem o açúcar desse alimento. “Para chegar a esse tipo de leite foram desenvolvidos microorganismos produtores de enzimas que se encarregam de fragmentar a lactose”, explica Alda Lerayer. Esse processo acontece em um tanque, antes de a bebida ser envasada. “A manipulação de genes também torna os laticínios mais ricos em vitaminas do complexo B, principalmente a B12 e o ácido fólico”, diz Alda. Essa dupla de nutrientes é indispensável para o desenvolvimento do sistema nervoso.
Hoje, no mercado, há ainda laticínios que são fontes de fibras. Mas aqui não entra a genética. A técnica é até mesmo prosaica. Para incrementar queijos, iogurtes e leite, as indústrias extraem uma substância da raiz da chicória, a inulina. “Como ela é do tipo solúvel, sua inclusão acaba imperceptível”, diz o engenheiro agrônomo Francisco Abrahão, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
E no Reino Unido a inulina virou ingrediente do doce mais consumido no mundo. Cientistas do Leatherhead Food International — uma instituição que investiga alimentos funcionais — acabam de desenvolver um chocolate cheio dessa fibra. Para analisar seus benefícios, ofereceram o alimento a 14 voluntários e observaram que os níveis de açúcar no sangue não subiam tão rapidamente se comparados com o efeito de uma barra comum. Esse ótimo resultado mostra que o chocolate acrescido de inulina não faz disparar o risco do diabete do tipo 2. Desde que não haja exagero no consumo, lógico.

Adoçante de cogumelo
Quando alguém descobre uma substância natural que pode ser usada como adoçante, é uma verdadeira festa. No 6º Simpósio Latino-Americano de Ciência de Alimentos, que aconteceu em novembro passado em Campinas, interior paulista, pesquisadores mencionaram o composto eritritol, produzido com base na fermentação de um fungo. A substância poderá ser componente de sorvetes, bolos, bebidas e adoçantes de mesa. Infelizmente ainda não há previsão de chegada ao nosso mercado. Outra aposta dos cientistas é o xilitol, extraído do tronco de árvores de madeira dura, como a cerejeira. Esse edulcorante já é utilizado em gomas de mascar, mas testes provam que ele pode entrar na composição de refrescos..
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Adoçante de cogumelo
Quando alguém descobre uma substância natural que pode ser usada como adoçante, é uma verdadeira festa. No 6º Simpósio Latino-Americano de Ciência de Alimentos, que aconteceu em novembro passado em Campinas, interior paulista, pesquisadores mencionaram o composto eritritol, produzido com base na fermentação de um fungo. A substância poderá ser componente de sorvetes, bolos, bebidas e adoçantes de mesa. Infelizmente ainda não há previsão de chegada ao nosso mercado. Outra aposta dos cientistas é o xilitol, extraído do tronco de árvores de madeira dura, como a cerejeira. Esse edulcorante já é utilizado em gomas de mascar, mas testes provam que ele pode entrar na composição de

os compostos do fruto, hoje reconhecidos por prevenirem diversos tipos de câncer.

 

Nutrientes se perderam no tempo
Há 10 mil anos, nos primórdios da agricultura, a grande preocupação era cortar pela raiz as espécies venenosas. “Com a evolução do plantio, o homem notou que também precisava se preocupar em plantar variedades que se adaptassem bem ao solo”, conta o engenheiro agrônomo Francisco Aragão, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Levavam-se em conta, é claro, aspectos que facilitassem a colheita, como o tamanho do vegetal, mas foi só com o passar do tempo que o foco se tornou a produtividade. “Aí iniciou-se uma era de valorizar as espécies que cresciam depressa”, diz. E, na natureza, quando se cresce depressa o teor de nutrientes pode ficar em segundo plano. Sem contar que o uso em  excesso de adubos fez com que muitos vegetais perdessem a necessidade de produzir doses generosas de defensivos naturais, como as vitaminas  antioxidantes.
O que é biotecnologia
Se nós pensarmos no seu mprincípio básico — colocar um microorganismo na produção de algo, seja alimento ou não —, vamos ver que ela não é nada moderna. Podemos dizer que existe desde que o homem aprendeu a fazer pão, há muitos e muitos anos — ora, o fermento usado era fungo. A milenar produção do vinho e a da cerveja, que também envolvem microorganismos, seriam outro exemplo de domínio da biotecnologia, emboram as pessoas nem imaginassem isso. Hoje em dia, é bem verdade, ela virou ciência, que engloba os conhecimentos da engenharia genética, usando os tais micróbios para transportar genes específicos àquilo que se busca enriquecer.