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Fonte: Youtube
As centrais sindicais, como a CSP-Conlutas, estão convocando a classe trabalhadora à greve geral, no dia 11 de julho, a greve geral para cobrar do governo e dos patrões o atendimento as reivindicações da classe trabalhadora.
O Brasil está sendo sacudido nas últimas semanas por grandes manifestações de rua. O povo está indo às ruas, com a juventude à frente, para cobrar dos nossos governantes solução para as mazelas que afligem a vida de todos: além do transporte, saúde, educação, moradia, inflação, violência policial, corrupção, desmandos dos políticos, entre muitas outras.
A classe trabalhadora brasileira precisa ocupar participar dos protestos de forma organizada, e em defesa das reivindicações geral e específica:
– Reduzir o preço e melhorar a qualidade dos transportes coletivos;
– Mais investimentos na saúde e educação pública;
– Fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias;
– Redução da jornada de trabalho;
– Fim dos leilões das reservas de petróleo;
– Contra o PL 4330 da terceirização;
– Contra o PL 092 que permite privatizar o serviço público;
– Reforma Agrária;
– Reajuste linear e data-base para os servidores públicos.
A estas reivindicações, obviamente, podem agregar-se outras que cada categoria achar adequado e que ajude a mobilizar os trabalhadores.
De quem vamos cobrar o atendimento destas reivindicações? Muitas das reivindicações são cobradas aos patrões diretamente, nas campanhas salariais ou fora delas. No entanto, a maior parte dos problemas, que afetam a classe trabalhadora, é causada pelas decisões dos governos estaduais, municipais e federal. É para cobrar destes governo que é importante participar das manifestações no dia 11 de julho. O governo Dilma tem demonstrado muita disposição quando se trata de atender os interesses das grandes empresas e dos bancos, mantendo a sangria aos cofres públicos com o pagamento dos juros da dívida pública que leva 48% do orçamento da União, o equivalente a R$ 800 bilhões.
O primeiro passo de uma longa jornada Para que se criem condições de resolver os problemas apontados nas manifestações de rua e para atender as necessidades dos trabalhadores é preciso cobrar do governo a suspensão do pagamento da dívida externa e interna, que todo ano destina metade do orçamento do país aos banqueiros e grandes especuladores. Só assim haverá recursos para investir na educação, moradia, transporte e na saúde pública.
É preciso parar as privatizações (a começar com o fim dos leilões das reservas de petróleo) e reverter as que já forma feitas, recuperar o patrimônio público que foi entregue a preço de banana para empresas privadas. Sem isso não há soberania nem futuro para o país. O governo precisa de parar de dar dinheiro público para as grandes empresas, para que haja recursos para financiar as políticas públicas que melhorem a vida do povo.
É preciso acabar com o domínio dos bancos sobre o nosso país. O povo brasileiro trabalha a vida inteira apenas para enriquecer banqueiros. É preciso estatizar o sistema financeiro, de modo que o sistema bancário possa estar a serviço de promover crédito barato para a população e para financiar aquilo que for de interesse da população.
Nenhuma destas mudanças será feita sem muita luta contra, pois nenhuma destas medidas cabe dentro do modelo econômico aplicado no país pelo governo Dilma (e reproduzido nos estados e municípios pelos governadores e prefeitos). Por isso é importante entender que nossa luta está apenas no começo. Que o dia 11 seja prenuncio de uma jornada duradoura e que só termine quando mudarmos o país!
O desafio das centrais sindicais e sindicatos de todo o país Em toda luta que se pretenda vencer é preciso saber contra quem lutamos. A jornada que ora se inicia tem como objetivo fortalecer as mobilizações em curso para mudar o país e melhorar a vida dos trabalhadores e do povo pobre. Essa mudança só será possível houver uma inversão completa do modelo econômico que se aplica no país hoje. Trata-se de um modelo todo voltado para favorecer os bancos, as empreiteiras, as grandes empresas e o agronegócio.
Não vai haver investimentos necessários na educação e saúde pública, na moradia popular, nos transportes públicos, na melhoria dos salários, das aposentadorias, ampliação dos direitos dos trabalhadores enquanto este modelo persistir. E este modelo econômico que aí está não caiu do céu. Foi definido e é aplicado pelo governo que aí está. Pelo governo Dilma, principalmente, e também pelos governos estaduais e municipais.
É contra estes governos e seu modelo econômico que lutamos. Cabe às centrais sindicais, algumas delas apoiadoras do governo, fazer uma escolha. Ou ficam do lado dos trabalhadores e suas reivindicações e levam adiante esta luta contra o governo até forçarmos uma mudança de fundo no país, em benefício dos trabalhadores; ou ficam do lado do governo e acabarão tendo de abandonar a defesa dos interesses da nossa classe.
Por isso nos preocupa declarações com as que deram dirigentes da CUT, comprometendo-se a fazer campanha pela reforma política e do plebiscito conforme pedido do governo. Não há como atender a dois senhores. Defender o governo é incompatível com defender os trabalhadores. Nossa trincheira é a dos trabalhadores. Na outra estão os governos e os patrões (que são os beneficiados pelas políticas praticadas destes governos).
Presidenta Dilma: Enrolação, não! A presidenta Dilma tem dito que está ouvindo a cobrança dos manifestantes. Mas, ao invés de apresentar solução concreta para os problemas da saúde, da educação, da moradia, do transporte, aparece com uma proposta de Reforma política e de Plebiscito. Nós achamos que o sistema político brasileiro, dominado pela corrupção, precisa sim mudar, não representa o povo brasileiro. Mas nem por isso vamos aceitar que nos vendam gato por lebre, trazendo este assunto à tona desta forma, apenas para fugir de atender nossas demandas.
Se a solução é plebiscito, por que então não convocar um plebiscito para que o povo decida se o país deve ou não aplicar 10% do PIB na educação pública, já? Porque não perguntar no Plebiscito, o que o povo acha de o país destinar metade do orçamento federal para banqueiros e grandes especuladores, sob a forma de pagamento de uma dívida que ninguém sabe se existe? Porque não perguntar no Plebiscito se o povo é a favor de leiloar as reservas de petróleo que o país tem, para as empresas privadas estrangeiras?
Agora, Plebiscito para que os mesmos políticos e partidos que sempre dominaram a política brasileira definam como é que vão continuar dominando, não tem nenhum sentido. Se fosse Plebiscito para mudar mesmo, porque então não perguntar se o povo é a favor, sim ou não, de que o salário de um deputado, senador, presidente da república, seja igual ao salário de um professor? Se o povo é a favor, sim ou não, da revogabilidade do mandato do político que não cumprir seus compromissos de campanha? Ou se o povo é a favor, sim ou não, de confiscar todos os bens e colocar na cadeia os corruptos e os corruptores?
Força Sindical aprova greves e protestos para o dia 11; rodovias serão fechada
Participam das manifestações, além da Força Sindical, a Central única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Nova Central. De acordo com os sindicalistas, o metrô de São Paulo deverá parar por algumas horas e os funcionários dos portos também devem cruzar os braços.
Se tiver alguma pessoa infiltrada, com a intenção de fazer atos de vandalismo, nós mesmos avisaremos a polícia
Paulinho da Força presidente da Força Sindical
O governo estadual, por meio do secretário de segurança pública, informou que garantirá o direito de greve e manifestação dos trabalhadores. Além das centrais sindicais, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) devem realizar atos por todo o Brasil.
As principais reivindicações dos manifestantes são o fim do fator previdenciário, 40 horas semanais, reajuste para aposentados e ampliação nos investimentos nas áreas da Saúde e da Educação, além da reforma política e econômica no Brasil.
Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.
A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.
A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.
A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.
O presidente nacional da Força Sindical, Paulinho da Força, afirmou nesta segunda-feira que o PT tenta “contrabandear” a paralisação geral programada para quinta-feira (11) em várias cidades do País. Segundo o líder sindical, o partido propositalmente tenta desvirtuar o foco das pautas das demandas específicas dos trabalhadores ao convocar a militância a apoiar a ideia do plebiscito, por exemplo.
“A gente vê isso (o apoio ao plebiscito) muito mal. Se quiser apoiar a causa (defendida pela Força Sindical) será bem-vindo. A pauta é clara, é única, não tem essa história de plebiscito”, afirmou Paulinho. “Não vamos aceitar uma coisa que nem sabemos no que vai dar. (…) Esse plebiscito é um OVNI.”
A Força Sindical divulga a partir desta segunda-feira cidades e locais onde ocorrerão greves e atos. Segundo Paulinho, um ato será feito na avenida Paulista a partir das 12h na quinta-feira.
No mesmo dia, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que colocou a defesa do plebiscito junto às suas pautas trabalhistas, também fará manifestações pelo País. Os eventos desta central sindical têm o apoio do PT, que inclusive divulgou o ato em seu site oficial.
Um possível encontro entre os dois atos preocupa Paulinho, que afirmou que a marcha da manifestação feita pela Força Sindical pode ser modificada. “Assim não tem nenhuma possibilidade de ter o contrabando do PT.”
Apesar de criticar o que classifica como tentativa de desvirtuar a manifestação, Paulinho afirmou que aceita a participação de partidos nos atos. “Se apoiarem a causa dos trabalhadores, serão bem-vindos”.
Centrais no RJ aderem ao Dia Nacional de Luta com greves e protestos
Para cobrar a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas, mudanças nas regras da aposentadoria (fim do fator previdenciário) e reajustes para aposentados, cinco centrais sindicais organizam atividades no Rio. O Dia Nacional de Luta, em 11 de julho, culminará com um ato próximo à Igreja Candelária, a partir das 15h.
Para definir a agenda, que deve incluir passeatas, protestos e paralisações, as centrais se reuniram nesta terça-feira na sede da Força Sindical. De acordo com o presidente estadual da entidade, Francisco Dal Prá, ela será levada à aprovação dos sindicatos e, na próxima segunda-feira, divulgada a estratégia de mobilização.
Entre os itens mais importantes da pauta de reivindicação, Dal Prá destacou a redução da jornada de trabalho, que deve ser aprovada pelo Congresso Nacional, por meio de proposta de emenda à Constituição, pronta para ser votada desde setembro de 2012. “A redução vai dar mais tempo para o trabalhador investir na formação profissional e na família, gerando mais 2 milhões de empregos”, disse.
Representando a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o coordenador do Setor Naval, Jadir Baptista confirmou que já discute atos com a participação dos 127 sindicatos filiados no Rio, conforme orientação nacional. “Os fluminenses estão mobilizados, inclusive em Campos dos Goytacazes e Niterói, no norte do estado e na região metropolitana”, declarou.
Baptista destacou que as manifestações das últimas semanas não incorporaram as reivindicações trabalhistas. “Tinha a questão da educação, do funcionamento do governo, contra a corrupção, que somos contra também, mas sem tocar claramente no ponto”, acrescentou.
O Dia Nacional de Lutas também incorpora reivindicações dos movimentos sociais, como a reforma agrária e o fim dos leilões de petróleo. É esperada a participação desses grupos nos atos.
Também participaram do encontro a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), que reúne os sindicatos das principais empresas do setor de transportes, da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
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