Por Elisabeth Cavalcante

Vivemos um momento especial na história da humanidade. As transformações que têm sido anunciadas já há algum tempo, baseiam-se fundamentalmente numa mudança no padrão de consciência dos seres humanos.

Muitas pessoas ao redor do planeta recebem orientações e mensagens que se assemelham em muitos pontos, pois preconizam uma liberdade cada vez maior do homem em relação a dogmas, crenças e todos os tipos de amarras que o impedem de vivenciar plenamente sua natureza divina.

Há muito os mestres espirituais falam sobre a importância do voltar-se para dentro, entrar em contato com nossa interioridade, descobrir uma nova dimensão do ser totalmente desconhecida e ignorada pela maioria de nós.

Mas, durante muito tempo, suas palavras atingiram um numero reduzido de pessoas – aquelas que haviam despertado para a busca, a necessidade de ir além da realidade aparente de suas vidas. Agora, no entanto, esta mensagem precisa alcançar uma quantidade cada vez maior de seres, pois o tempo exige da humanidade um novo direcionamento que não pode mais ser adiado.

Ao invés do medo, é essencial que nos conectemos com outra energia, a da confiança, a da entrega aos desígnios da existência que, se tivermos olhos e sensibilidade para enxergar, é protetora, nutridora e amorosa, como tão bem explicitou Cristo em suas Cartas recentemente divulgadas.

Tudo no Universo é a expressão desta força criadora, que se transforma e renasce o tempo todo. Por isso, não há porque não acreditarmos que este é um momento valioso, em que tudo o que nos prende ao sofrimento, à limitação e à dor, poderá finalmente começar a ser transmutado em alegria, abundância e paz.

“O homem nasce para atingir a vida, mas tudo depende dele… Ele pode seguir respirando, ele pode seguir comendo, ele pode seguir envelhecendo, ele pode seguir se movendo em direção ao túmulo – mas isso não é vida.

…Desenvolver-se significa mover-se a cada momento mais profundamente no princípio da vida… Como desenvolver-se? Simplesmente observe uma árvore. Enquanto a árvore cresce, suas raízes crescem para baixo, tornam-se mais profundas.

Existe um equilíbrio; quanto mais alto a árvore vai, mais fundo as raízes vão. Na vida, desenvolver-se significa crescer profundamente para dentro de si mesmo – que é onde suas raízes estão.

Para mim o primeiro princípio da vida é meditação. Tudo o mais vem em segundo lugar… Meditação significa entrar na sua imortalidade, entrar na sua eternidade, entrar na sua divindade.

…Meditação é apenas um método cirúrgico não convencional que corta tudo aquilo que não é seu e só preserva aquilo que é o seu autêntico ser. Ela queima tudo o mais e o deixa nu, sozinho embaixo do sol, no vento.

É como se você fosse o primeiro homem que tivesse descido na Terra – que nada sabe e que tem que descobrir tudo, que tem que ser um buscador, que tem que ir em peregrinação.

O segundo princípio é a peregrinação. A vida deve ser uma busca – não um desejo, mas uma pesquisa: não uma ambição para tornar-se isso, para tornar-se aquilo, um presidente de um país, ou um primeiro-ministro, mas uma pesquisa para encontrar ‘Quem sou eu?’.

…Você se torna tão sensível que até a menor folha de grama passa a ter uma importância imensa para você. Sua sensibilidade torna claro para você que essa pequena folha de grama é tão importante para a existência quanto a maior estrela;

…E essa sensibilidade criará novas amizades para você – amizades com árvores, com pássaros, com animais, com montanhas, com rios, com oceanos, com as estrelas. A vida se torna mais rica enquanto o amor cresce, enquanto a amizade cresce…

Quando você se torna mais sensível, a vida se torna maior. Ela não é um pequeno poço, ela se torna oceânica…Toda essa existência se torna a sua família e a não ser que toda essa existência seja a sua família, você não conheceu o que é a vida. – porque homem algum é uma ilha, nós estamos todos conectados.

Nós somos um vasto continente, unidos de mil maneiras. E se o nosso coração não está cheio de amor pelo todo, na mesma proporção a nossa vida é diminuída.

…Faça todas as coisas criativas, faça o melhor a partir do pior – isso é o que eu chamo de arte. E se um homem viveu toda a vida fazendo a todo momento uma beleza, um amor, um desfrute, naturalmente a sua morte será o supremo pico no empenho de toda a sua vida.

…Comece com a meditação e muitas coisas crescerão em você – silêncio, serenidade, êxtase, sensibilidade. E o que quer que venha com a meditação, tente trazer para a sua vida. Compartilhe isso, porque tudo o que é compartilhado cresce mais rápido. E quando você atingir o momento da morte, você saberá que não existe morte…”.

OSHO, O Livro da Cura.

Fonte: STUM