Mubarak e seu ministro do Interior, Habib el Adli, foram condenados neste sábado à prisão perpétua pela morte de cerca de 850 manifestantes no ano passado. No entanto, seis antigas autoridades do Ministério do Interior processadas pelos mesmos motivos foram absolvidas.
“Se não conseguirmos justiça para nossos mártires, nós vamos morrer como eles”, gritava a multidão em Tahrir. “A prisão perpétua para o povo, e a absolvição para Mubarak”, ironizava um manifestante em um cartaz, em referência ao veredicto do qual a defesa de Mubarak se prepara para recorrer.
“Se você pensa que o antigo regime caiu, você está errado. A versão original está sendo baixada”, ironizava um outro manifestante em um cartaz.
A multidão se reuniu em torno de um dos candidatos eliminados no primeiro turno da eleição presidencial de 23 e 24 de maio, Hamdeen Sabbahi, candidato da esquerda que ficou em 3º.
Na cidade de Alexandria (norte), de 4.000 a 5.000 pessoas se manifestavam, enquanto em Ismailiya, no Canal de Suez, cerca de 1.500 pessoas estavam reunidas, segundo correspondentes da AFP no local. Em Suez, à leste do Cairo, algumas centenas de pessoas protestavam e por volta de 2.000 pessoas se manifestavam em Port-Said (nordeste) exigindo “uma limpeza no sistema judiciário”, de acordo com testemunhas.
Esse processo histórico chegou ao final neste sábado entre o primeiro e o segundo turno da eleição presidencial que vai designar o sucessor de Mubarak. O islamita Mohamed Mursi e o último primeiro-ministro de Mubarak, Ahmad Shafiq, estão na disputa pelo segundo turno nos dias 16 e 17 de junho.
O Exército prometeu entregar o poder antes do fim de junho depois que o nome do novo chefe de Estado for anunciado.
Fonte: Yahoo
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