A ONG Repórteres Sem Fronteiras divulgou nesta quarta-feira (25) o ranking da liberdade de imprensa no mundo, e constatou que 2011 foi um ano importante para as manifestações populares, mas difícil para o trabalho dos jornalistas em diversas partes do mundo, inclusive nos Estados Unidos.

O diretor da organização sediada em Paris, Gilles Lordet, destacou a repressão aos repórteres na cobertura dos movimentos de protesto que caracterizaram o ano no norte da África, no Oriente Médio e também em Uganda, Chile e nos Estados Unidos, com o movimento Ocupe Wall Street.

Na Tunísia, onde começou a primavera árabe, a liberdade de imprensa cresceu, segundo a organização, e a posição do país no ranking mundial subiu.

Os Estados Unidos perderam 27 posições no ranking, porque, segundo a Repórteres Sem Fronteiras, 25 jornalistas teriam sido presos enquanto cobriam os protestos do movimento Ocupe Wall Street. O Chile caiu 47 posições no ranking, porque repórteres teriam sido atacados em meio a manifestações estudantis no país.

O Brasil perdeu 41 posições no ranking porque três jornalistas brasileiros, segundo a organização, teriam sido assassinados em 2011. Para a ONG, corrupção local, crime organizado e danos ao meio ambiente ainda são assuntos perigosos para os jornalistas cobrirem no Norte e Nordeste do Brasil.

Rankings mundiais como o de Repórteres Sem Fronteiras sempre são sujeitos a críticas. Os critérios não são objetivos. A organização envia questionários a jornalistas, especialistas em direitos humanos e pesquisadores que avaliam a liberdade da mídia no seu próprio país. A entidade reconhece que o relatório não é científico, mas serve apenas como um termômetro das condições da imprensa no mundo.

Fonte: Repórteres Sem Fronteiras