G-7 discutirá resposta coordenada para crise econômica

 

O Grupo dos Sete países mais industrializados (G-7), que se reúne a partir de sexta-feira em Marselha, na França, vai buscar uma resposta coordenada às dificuldades econômicas, disse o ministro das Finanças da França, François Baroin. “Estamos conversando com todos os nossos parceiros sobre a política correta para manter o crescimento, criar empregos e reduzir as dívidas”, disse Baroin durante uma apresentação das medidas de austeridade aos parlamentares da França.

 

“Vou me reunir com meus pares, assim como com os representantes dos bancos centrais do G-7, em Marselha, para discutir uma resposta coordenada, que seja também adaptada à situação econômica e orçamentária de todos”, disse o ministro das Finanças da França, que detém a presidência rotativa do G-7 e do G-20.

 

Baroin também disse que estará atento ao discurso sobre a criação de empregos, do presidente dos EUA, Barack Obama, marcado para a próxima quinta-feira, uma vez que a França não está “vivendo numa ilha”. Ele reiterou que a zona do euro está em melhor forma do que os EUA, com níveis conjuntos mais baixos de dívida privada e pública.

 

“Nos EUA, a situação é conhecida: há uma soma significativa de dívida pública e dívida privada elevadas. Isso – juntamente com as incertezas políticas por causa da dificuldades das discussões entre o governo Obama e os republicanos – criou pontos de interrogação”, disse Baroin.

 

O ministro também defendeu os bancos europeus e sua solidez depois que sua antecessora, Christine Lagarde, disse no fim de agosto, em sua nova função de diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), que os bancos europeus devem ser urgentemente recapitalizados.

 

Baroin disse que os testes de estresse nos bancos da União Europeia este ano foram os mais rígidos até agora e apenas alguns pequenos bancos não passaram. “O sucesso dos testes de estresse nos permite confiar na solidez do modelo bancário europeu e dos bancos franceses em particular”, disse Baroin.

 

Ele disse que não importa que os testes não tenham levado em conta a possibilidade de uma moratória porque a zona do euro está adotando mecanismos para evitá-la. Mesmo assim, Baroin reconheceu que os investidores estão duvidando da capacidade de alguns estados da zona do euro de pagar suas dívida e que comentários da Eslováquia e da Finlândia estão dando a impressão de problemas na governança na área.

 

Hoje, o Ministério das Finanças da Eslováquia reiterou o interesse do país em receber garantias para o pacote de ajuda à Grécia, ecoando exigência da Finlândia, que coloca em risco os termos do acordo de 109 bilhões de euros em socorro à Grécia acertado em 21 de julho pelos líderes da zona do euro. As informações são da Dow Jones.

 

 Fonte: Estadão