Os conflitos entre Israel e os palestinos remontam ao século XIX, quando os judeus iniciaram o movimento, chamado de sionismo, de retorno à terra natal, ocupada pelos árabes, estimulados pela Declaração de Balfour, iniciativa britânica, por meio da qual se reconheceram os direitos políticos daqueles, mesmo porque, com a queda do Império Otomano, a região disputada tornou-se colônia britânica.
Com a Segunda Guerra Mundial, veio o Nazismo, acirrando o movimento de fuga dos judeus para a Palestina.
A ONU (Organização das Nações Unidas) ofereceu-se para repartir a região entre ambos os povos, mas estes não anuíram.
Com o fim da colonização, os judeus quiseram fundar o Estado de Israel, mas o Egito, Iraque, Síria, Líbano e Jordânia entraram na briga por terras, levando os egípcios a ocuparem a Faixa de Gaza, enquanto a Jordânia, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Então, em 1964, os Palestinos fundaram a organização política armada OLP (Organização pela Libertação da Palestina), já que não lhes sobrara território algum.
Em 1967, houve muita tensão na região, com a Guerra dos Seis Dias, pois, em Gaza, os navios israelenses foram impedidos de circularem, e houve ocupação egípcia no Monte Sinai, além de síria e da Jordânia nas fronteiras, mas Israel venceu, reavendo parte da Faixa, Sinai, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Colinas de Golã.
Em 1973, houve a Guerra de Yom Kippur, um dos principais feriados judeus, entre Israel e árabes, liderados pelo Egito e Síria. Houve, então, crise de fornecimento de petróleo, pois os países árabes, grandes produtores deste, boicotavam sua venda ao Ocidente, que apoiava Israel. Este venceu o conflito, com a assinatura de acordo de paz em Camp David, Estados Unidos, com o Egito, presidido por Anuar Sadat, que foi expulso da Liga Árabe.
Em 1979, Israel e Egito assinam acordo, levando o primeiro a deixar o Sinai em 1982, mas, neste mesmo ano, o primeiro iniciou conflito com o Líbano, por suposto movimento terrorista da OLP neste.
Em 1987, inicia-se a Intifada, movimento popular em que os palestinos atacavam os israelenses com paus e pedras, mas, em 1988, o Conselho Palestino aceitou a divisão do território proposta antes pela ONU. Em 1993, fundou-se a Autoridade Palestina, presidida por Yasser Arafat, a partir do Tratado de Paz de Oslo, em que, mesmo Israel alegando aceitar deixar partes de Gaza e Cisjordânia, mantém assentamentos judaicos nestas. Além disso, os ataques de palestinos seguem, pois não se resolveu a divisão de Jerusalém.
Assim, em 2000, volta a Intifada, pois Ariel Sharon, Primeiro-Ministro de Israel decide construir muro na Cisjordânia, alegando ser para evitar ataques dos homens-bomba, atenuando-se em 2004, quando, com a morte de Arafat, Israel retira-se de áreas ocupadas.
Em 2006, os ânimos acirram-se novamente, pois o Hamas, terrorista, ascende ao Parlamento Palestino, recusando-se a aceitar o Estado de Israel, ao mesmo tempo em que aquele não é reconhecido pela comunidade internacional. O Fatah é outro grupo terrorista atuante na Palestina.
Nos dias atuais, a maior parte das opiniões é de reconhecimento da Faixa de Gaza e da Cisjordânia como território Palestino. O Presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, por exemplo, defende, publicamente, a criação de um Estado Palestino desmilitarizado, com base nas fronteiras pré-1967, distinto, pois, de Israel. Nesse sentido, a Autoridade Palestina, em Setembro, foi à Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) pleitear o reconhecimento da Palestina como membro desta, englobando a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, além de Jerusalém Oriental, enquanto o premiê de Israel, Binyamin Natanyahu, não concorda com o limite das fronteiras citado por Obama, já que muitos isrealenses vivem na Cisjordânia, ou seja, fora do Estado de Israel. O Brasil e outros Estados já se declararam-se favoráveis ao anseio dos palestinos
Em 19 de Agosto, o Hamas anunciou o fim da trégua com Israel, iniciada em 2009, depois que este atacou a Faixa de Gaza no dia anterior, em represália contra a morte de israelenses
Fonte: Yahoo
You have to Login