O número de pessoas à espera de um filho para adotar é, em média, seis vezes maior do que o número de crianças e adolescentes que esperam para serem adotados. 

No Brasil, hoje são 26 694 candidados à adoção para só 4427 menores à espera de um lar, sendo São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais os Estados com maior número destes.

Os motivos pelos quais existe esse desequilíbrio numérico é que os candidatos almejam menores de seis anos, sem irmãos e sem vínculo com os pais biológicos. Além disso, quase 38% daqueles só aceitam menores brancos. A tolerência é maior apenas quanto ao sexo do filho.

A questão dos menores vivendo em iminente risco social possui outro desdobramento. Há casos em que Organizações Não-governamentais (ONGs) defensoras de direitos humanos estão sendo acusadas de facilitarem crimes de tráfico de menores do Haiti para a Europa, por exemplo, onde aqueles são obrigados a prostituírem-se.

Portanto, além do narcotráfico, o comércio de pessoas é outro delito que vem se expandindo devido à facilidade de viajar-se, ao aumento do fluxo de pessoas e produtos e à fragilidade da fiscalização das fronteiras.

Fonte: El País