CRESCE O DESEMPREGO NA ESPANHA

 
Pelo sétimo mês consecutivo, o número de desempregados na Espanha subiu em fevereiro em 112.269 pessoas até situar-se nos 4.712.098, informou hoje o Ministério de Emprego e Segurança Social.A cifra representa uma ascensão de 2,4 por cento em relação a janeiro de 2012, quando 177.470 espanhóis engrossaram as filas do desemprego, precisou a fonte.No espaço de um ano (desde fevereiro de 2011), o desemprego aumentou, ademais, em 412.835 pessoas, 9,6 por cento a mais.Segundo a carteira trabalhista, trata-se da segunda maior subida do desemprego em um mês de fevereiro em toda a série histórica, só superada pela de 2009, quando se situou em 154.058 pessoas.

Por setores econômicos, o desemprego escalou em fevereiro nos serviços, com 59.230 desempregados a mais (2,1 por cento), seguido da construção, com 15.656 (2,0), a agricultura, com 11.219 (7,3), e na indústria chegou a 10.269 (1,9).

De acordo com os dados, o desemprego afeta a 2.353.264 homens, depois de incrementar-se em fevereiro em 64.871 novos parados (2,8 por cento a mais), e a 2.358.834 mulheres, depois de remontar em 47.398 mulheres (2,05 por cento).

Entre os jovens menores de 25 anos cresceu em 24.885 em fevereiro (5,22 por cento) e entre os de acima de 25 anos subiu em 87.384 (2,12 por cento).

Estes são os primeiros algarismos sobre desocupação depois de ter sido posta em marcha a nova reforma trabalhista pelo governo conservador de Mariano Rajoy, o qual, a julgamento dos sindicatos e partidos da oposição, abarata e facilita a demissão.

A Espanha fechou 2011 com 5.273.600 desempregados, o que situou a taxa de desemprego em 22,85 por cento da população economicamente ativa, informou no dia 27 de janeiro o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O número de desocupados neste país ibérico aumentou em 295.300 pessoas no quarto trimestre do último exercício, indicou o Questionário da População Ativa (EPA) elaborada pelo INE.

Segundo a EPA, uma ferramenta que oferece mais precisões sobre a evolução desse flagelo que o estudo realizado pelo Ministério de Emprego, se trata da taxa de desemprego mais elevada desde o primeiro trimestre de 1995, quando atingiu 23,49 por cento.

Pela primeira vez na história, a cifra de espanhóis na rua superou de forma oficial os cinco milhões, pois no fechamento de setembro passado esta era de 4.978.300 pessoas, isto é, o 21,52 por cento da população ativa.

Dentro dos 27 países membros da União Europeia, a Espanha ostenta a cifra mais alta de desemprego.

Fonte: Prensa Latina

Pacote dá mais tempo à Grécia, mas não resolve problemas

“É impossível saber por quanto tempo o país poderá aguentar antes de chegar novamente a um ponto crítico”, afirma analista

 O novo empréstimo concedido na madrugada dE 21 de Fevereiro à Grécia pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) ajudará o país a evitar um calote dentro de um mês, mas não resolverá seus problemas a longo prazo, afirmam analistas ouvidos pela BBC Brasil.

“Claro que esse resgate não resolverá o problema da Grécia, mas será uma ajuda imensa durante os próximos meses”, opina Karel Lanoo, diretor executivo do Centro para Estudos de Política Europeia.

O resgate, de 130 bilhões de euros para os próximos dois anos, permitirá ao governo grego pagar 14,5 bilhões de euros em dívidas que vencem em 20 de março.

Segundo Lanoo, “é impossível saber agora por quanto tempo o país poderá aguentar antes de chegar novamente a um ponto crítico”.

“Vai depender muito de se o governo vai implementar as medidas de austeridade (combinadas com os credores internacionais) e com que velocidade. A Grécia precisa solucionar problemas acumulados durante anos para recuperar o equilíbrio”

Para Jean Pisani-Ferry, diretor do centro de estudos econômicos Bruegel, com sede em Bruxelas, “está claro agora que levará anos, talvez uma década, para reformar o país e corrigir seus desequilíbrios econômicos”.

Austeridade

As autoridades europeias reclamam que a Grécia passou muitos anos gastando mais do que arrecada e que a situação não mudou com a concessão do primeiro resgate, de 110 bilhões de euros, em maio de 2010.

O plano de austeridade imposto pela UE e o FMI em troca da nova ajuda visa recortar o gasto público grego em um valor equivalente ao 1,5% do PIB em 2012, com o objetivo de reduzir a dívida pública dos atuais 160% do PIB para 120,5% em 2020.

“Até agora não se fez nada substancial sobre o crescimento. Um programa de ajuste é necessariamente recessionário, mas não precisa impedir a mobilização de ferramentas para a recuperação econômica”, critica Pisani-Ferry.

“Uma quebra ou a saída da zona do euro seria muito pior, seria um desastre para o país.”
Karel Lanoo, Centro para Estudos de Política Europeia.

No entanto, Lanoo defende que a Grécia “não tem alternativa a receber esse resgate e cumprir as condições” exigidas por seus credores, que incluem redução de salários e aposentadorias, demissão de funcionários públicos, flexibilização do mercado de trabalho e liberalização dos mercados.

“Uma quebra ou a saída da zona do euro seria muito pior, seria um desastre para o país. A expectativa (com o atual plano) é de que a redução dos salários e outras reformas tornem o país mais barato e, portanto, mais atraente para as empresas. Isso ajudaria a melhorar a economia a longo prazo”, explica.

Calote

Ao mesmo tempo, ambos analistas concordam que a evolução da situação dependerá, igualmente, de como os investidores privados responderão ao acordo fechado na madrugada desta terça-feira, que inclui o cancelamento de 106 bilhões de euros da dívida grega em mãos do setor bancário.

“Essa operação é um calote voluntário. Mesmo se a UE não quer usar esse termo, trata-se de um calote, e a UE e os mercados sabem disso”, ressalta Lanoo.

Por sua parte, a Comissão Europeia (CE) recorda que a conclusão do segundo resgate para Grécia terá também “efeitos positivos” sobre os demais países vulneráveis da zona do euro, como Portugal, Espanha e Itália.

“Portugal e outros países vulneráveis da UE sofrem os impactos das incertezas sobre a resposta global (europeia) à crise e da situação em Grécia. Por isso, a solução de um segundo resgate para Grécia também terá um impacto positivo em todos os países vulneráveis da UE”, afirma o porta-voz de Assuntos Econômicos, Amadeu Altafaj.

Fonte: Ig

Após um dia de violentos confrontos à porta do Parlamento de Atenas que se prolongaram até ao início da noite, os deputados gregos aprovaram um novo plano de austeridade. Muito contestado nas ruas, o Governo da coligação deu à zona euro a garantia que os parceiros europeus pediam para accionar um segundo pacote financeiro. Internamente, contudo, os partidos estão longe de um consenso. Dezenas de socialistas e conservadores desrespeitaram a disciplina de voto e serão expulsos da coligação.

Antes da votação terminar, o Governo de coligação liderado por Lucas Papademos já tinha conseguido fazer passar a nova vaga de austeridade, ao alcançar minutos antes da 1h locais (23h em Portugal Continental) o número de votos necessários (151) para a aprovação do pacote de reformas económicas e de poupanças no valor de 3,3 mil milhões de euros. No final, feitas as contas, 199 deputados votaram a favor e 74 contra.

Dezenas de deputados dos partidos socialista e conservador, que suportam o Executivo de unidade nacional, desrespeitaram a disciplina de voto e votaram contra. A esses, os partidos já anunciaram a expulsão: 20 dos 153 socialistas do PASOK e 21 dos 83 da Nova Democracia.

No hemiciclo, o primeiro-ministro condenou com veemência a violência que durante a tarde e o início da noite tomou conta do centro da capital. A polícia e grupos de manifestantes envolveram-se em confrontos, num cenário de batalha campal, e edifícios ficaram em chamas. Em Atenas estiveram, segundo as contas da polícia, 80 mil pessoas em protesto a partir do iníco da tarde e outras 20 mil em Salónica.

“A violência e as destruições não têm lugar em democracia”, afirmou Papademos, lembrando que, no Parlamento, os deputados dariam o seu voto de responsabilidade para com a Europa e a moeda única. Seria a definição da “escolha mais importante” para o futuro do país, sustentou.

Os conservadores e socialistas da coligação de Governo falaram em cenários catastrofistas em caso de não aprovação das medidas de austeridade – o mesmo que tinham feito os membros do Executivo nos últimos dias.

Quando em Outubro, o líder dos socialistas, Georgios Papandreou, estava no lugar de primeiro-ministro a pedir ao Parlamento que fizesse passar um pacote de austeridade, o Executivo tinha uma maioria frágil, com menos garantias de conseguir aprovar o projecto-lei das reformas económicas.

Neste domingo, o partido da coligação de Papademos contava no hemiciclo com uma maioria confortável. Mas, mesmo assim, o líder do PASOK acompanhou as palavras de Papademos e fez um apelo à unidade, insistindo que o pacote de medidas é “a única esperança do país”.

Enquanto os deputados debatiam as medidas de reforma económica e de poupança no valor de No valor de 3,3 mil milhões de euros que a troika quer ver implementadas este ano, as principais artérias de Atenas transformavam-se num cenário de batalha campal. Cinemas históricos, cafés e lojas ficaram em chamas. E nas ruas próximas do Parlamento a polícia e grupos de manifestantes envolviam em confrontos violentos.

As autoridades contabilizaram 80 mil pessoas nos protestos da capital. À ofensiva de grupos de manifestantes, a polícia respondeu com uma carga policial, lançando gás lacrimogéneo. Projécteis foram lançados contra a polícia e edifícios, enquanto manifestantes arremessavam pedras em direcção às forças de segurança.

Foi o dia em que se registou maior violência nas ruas desde terça-feira, o primeiro de três dias de greves e manifestações na última semana.

A Grécia, que actualmente está a receber um empréstimo externo de 110 mil milhões de euros suportado pela União Europeia e o FMI, só terá luz verde da zona euro para continuar a receber financiamento externo e ver libertado o segundo resgate financeiro se fizesse aprovar o plano. Essa é a contrapartida dos parceiros europeus, que deverão agora avaliar se têm as garantias necessárias para avançar com o pacote de 130 mil milhões euros.

Mas em jogo estão também os encargos financeiros que a Grécia tem de garantir no próximo mês – 14,5 milhões de euros em empréstimos que o Estado terá de pagar até 20 de Março. Isto numa altura em que a Grécia está totalmente dependente do financiamento externo para assegurar os compromissos financeiros.

Fonte: O Público (Portugal)

Os principais índices acionários de Wall Street encerraram o pregão desta sexta-feira em queda, pressionados pela incerteza na Grécia e pelo fraco desempenho do nível de confiança do consumidor, que recuaram acima do esperado.

Ao final desta jornada, o índice industrial Dow Jones caiu 0,69% aos 12.801 pontos. O S&P 500 recuou 0,69% para 1.342 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 0,80% aos 2.903 pontos.

Na agenda local, o déficit do comércio exterior de bens e serviços avançou em dezembro e chegou aos US$ 48,8 bilhões.

Em novembro, o déficit havia sido de US$ 47,1 bilhões. O resultado veio acima da estimativa de mercado, que era de déficit de US$ 48,1 bilhões (previsão Forex Factory).

A confiança do consumidor caiu entre janeiro e fevereiro. A leitura preliminar do índice, medido pela Universidade de Michigan, caiu para 72,5 este mês, após leitura anterior de 75 pontos (dado revisado).

O déficit em conta corrente caiu para US$ 27,4 bilhões em janeiro, segundo dados preliminares divulgados pelo Departamento de Comércio norte-americano.

No dezembro, o saldo havia ficado negativo em US$ 86 bilhões. O resultado veio acima do esperado pelo mercado, de déficit de US$ 58,5 bilhões (previsão Forex Factory).

No Velho Continente, a produção industrial francesa registrou desaceleração em dezembro, informou o Instituto Nacional de Estatística (INSEE).

A produção industrial caiu 1,4% no último mês de 2011, contra o avanço de 1,1% em novembro.

A inflação da Alemanha subiu 2,1% em janeiro comparado ao mesmo mês de 2011. A previsão dos analistas era de avanço de 2% no período.

Na comparação mensal, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país caiu 0,4% em janeiro ante aumento de 0,7% no mês anterior. O resultado está em linha com o estimado pelo mercado.

O índice de produção industrial na Itália registrou avanço de 1,4% em dezembro de 2011, em relação ao mês anterior, após a aceleração de 0,3% em novembro. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (Istat).

O índice ficou acima da expectativa de mercado, que aguardava recuo de 0,5% (previsão Forex Factory).

O índice de preços cobrados pelos produtores na porta das fábricas (PPI output), subiu 0,5% em janeiro, comparado a dezembro de 2011, que caiu 0,6% de acordo com dados do Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês).

Já o indicador de preços que os produtores pagam por bens e serviços (PPI “input”) também apresentou elevação de 0,5% em janeiro, ante queda de 0,2% no mês anterior.

Fora da agenda econômica, o Eurogrupo adiou ontem o aval ao plano de resgate à Grécia por considerar que ainda faltam elementos para o acordo, além de pedir à Atenas cortes de € 325 milhões em gastos públicos neste ano para garantir o cumprimento da meta de déficit.

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker explicou que os parceiros europeus reconhecem o esforço dos cidadãos gregos, mas ressaltou a necessidade de esforços adicionais para retomar o crescimento econômico, além de afirmar que o Parlamento grego deverá aprovar neste domingo o plano de reformas estipulado entre o governo e a troika.

Contudo, o partido ultradireitista grego Alerta Popular Ortodoxo (LAOS) afirmou nesta sexta-feira que não votará a favor do acordo feito com a troika, por considerar que a medida “humilha” o país.

O partido possui 16 dos 252 deputados que formam a coalizão de governo da qual participam também social-democratas e conservadores, onde também aumenta o descontentamento com os ajustes.

Relembre:

Britânicos desesperados, com crescentes problemas de custos por conta das medidas de austeridade do governo, estão se voltando para a prostituição, os jogos de azar e outras atividades perigosas para financiar seus estudos, disseram líderes estudantis e de cooperativas de trabalhadores na quarta-feira.

A Cooperativa Inglesa de Prostitutas (ECP, na sigla em inglês), uma entidade que cuida das trabalhadoras do sexo, disse que o número de pessoas que procurou a organização em busca de ajuda dobrou no último ano, com estudantes se esforçando para cobrir as despesas.

“(O governo) conhece os cortes e os programas de austeridade e a remoção dos empréstimos, ele sabe que quando remove esses recursos empurra as mulheres para a pobreza”, disse Sarah Walker da ECP à Reuters.

“O modo como as mulheres sobrevivem à pobreza geralmente é pela prostituição. O governo sabe disso e, francamente, não parece se importar.”

Jovens foram os mais atingidos pela recessão econômica, com o desemprego juvenil agora totalizando 1,03 milhão dos 2,64 milhões de desempregados, o maior índice desde 1992.

No ano passado, o governo disse que iria se desfazer da Pensão para a Educação, um subsídio para estudantes adolescentes para ajudá-los a permanecerem na escola, e permitiu que as taxas de mensalidade subissem para 9.000 libras (14.000 dólares) por ano a partir de 2012.

Com empregos de meio período escassos e o custo de vida apertado pela inflação, a União Nacional dos Estudantes (NUS) disse que os jovens estavam adotando medidas desesperadas e perigosas para pagar por sua educação.

TRABALHO PERIGOSO

“Em alguns casos é a prostituição, mas também escutamos histórias de testes como cobaia em clínicas, jogos de azar… atividades perigosas, em que praticamente não há nenhum tipo de direito trabalhista”, disse Estelle Hart, da NUS.

“Você sempre escuta que é muito fácil conseguir um trabalho em um bar. Bem, não é fácil conseguir trabalho em bar nesse clima econômico, não é fácil conseguir trabalho nenhum.”

Um estudo feito por pesquisadores de uma universidade londrina, publicado no ano passado, mostrou que 16 por cento dos alunos estavam dispostos a se prostituir para pagar sua educação e 11 por cento iria trabalharia para agências de acompanhamento.

Hart disse que um estudo recente da Universidade de Leeds, no norte da Inglaterra, revelou que 25 por cento das strippers eram estudantes Ela disse que o governo tinha o dever de investigar quais eram os efeitos de suas mudanças e cortes nos orçamentos da educação.

A cooperativa das prostitutas disse que mulheres de todas as idades estavam sendo afetadas.

“Com a prostituição você pode trabalhar por talvez uma noite por semana e conseguir dinheiro para cobrir suas despesas”, disse Walker.

O governo disse que estava providenciando 180 milhões de libras por ano para ajudar as adolescentes mais vulneráveis, e que nenhum estudante teria que pagar adiantado por seus estudos.

“Nossas reformas tornarão o sistema ainda mais justo, com mais apoio financeiro e menos mensalidades para pagar o empréstimo quando se conseguir um emprego bem remunerado”, disse um porta-voz do Departamento para Negócios, Inovação e Habilidades do governo.

Fonte: Yahoo

Relembre os principais fatos da crise na Europa

Em 26 de Março, houve manifestação em Londres, contra o corte estimado de 130 bilhões de dólares nos gastos públicos, reunindo cerca de 250 mil pessoas. Os manifestantes creem que essa contenção vai prejudicar a recuperação econômica do País. Foi a maior concentração de populares desde 2003, quando se reuniram contra a Guerra do Iraque. Algumas pessoas fizeram quebradeira, enquanto outras vestiram-se de preto e atiraram bombas feitas de amônia na polícia. O Primeiro-Ministro, David Cameron, considera o corte necessário, porque o déficit público é de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) da Grã-Bretanha, além de já haver elevado o imposto sobre as vendas e anunciado restrição aos serviços públicos.

Em Portugal, a crise financeira derrubou o Primeiro-Ministro, José Sócrates, no cargo desde 2005, porque o Parlamento não aprovou o plano de austeridade por ele proposto para combater a crise que assola o País. O mercado espera que ele seja o próximo a utilizar a ajuda do FMI (Fundo Monetário Internacional) , depois da Irlanda e Grécia. Hoje, o déficit público português é de 7,3% do PIB,  a taxa de juros dos títulos da dívida portuguesa é de 8%, o desempenho da economia é o pior em 90 anos, e a dívida pública, a maior em 160 anos, o que, porém, não fez cair o gasto público.  Com isso, caiu a taxa de poupança do País, mesmo porque a taxa de desemprego segue elevada (13,2%),  a maior dos últimos oitenta anos, assim como a emigração. Em março, havia 112 000 pessoas com ensino médio e 48 000 com ensino superior procurando emprego, sendo maior entre as mulheres.

Na verdade, em 2011, tem havido protestos em toda a Europa, diante da crise financeira que a atinge, com destaque para a Espanha, com protestos em 170 Cidades e cinco milhões de desempregados, cujos manifestantes são chamados de “Indignados”, mas também há na Itália, Berlim, Paris, Viena e Bruxelas. Com grande endividamento, o Continente já teve de oferecer ajuda financeira à Irlanda e Grécia, além de Portugal. Em 27 de Maio, em Barcelona, os protestos sofreram repressão policial, com cerca de 121 pessoas feridas. Em 28 de Agosto, as manifestações ocorreram em Madrid, favoráveis a um referendo para acatar ou não as medidas de contenção da economia

Na Grécia, em 29 de Junho, houve os protestos mais intensos desde o início da crise, já que, no dia anterior, o Parlamento havia aprovado plano de austeridade de cerca de 28 bilhões de euros. Jovens puseram fogo em prédios públicos e confrontaram-se com a polícia. Esse plano vai implicar corte de gastos e aumento de impostos, e foi condição estabelecida pelo FMI para liberar-se parcela de 12 bilhões de euros do empréstimo total de 110 bilhões de euros

Em Outubro, professores protestaram em Portugal contra o desemprego e o aumento de impostos, e, na Grécia, o Governo aprovou a demissão de cerca de 30 mil servidores públicos, além de outros deles poderem receber metade do salário durante um ano, sendo demitidos após. Na verdade, o Governo vem sinalizando dificuldades para pagar os salários do funcionalismo já em Outubro de 2011. O quadro no País agravou-se em 3 de Outubro, quando o Governo divulgou que não honrará o compromisso firmado com o FMI e União Europeia e que, em 2012, o crescimento econômico deverá recuar cerca de 2,5%. Em 10 de Outubro, os credores da Grécia resolveram reduzir em 60% a dívida do País

Assista a este vídeo para entender melhor a questão

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Fonte: Youtube

Em 13 de Outubro, houve nova manifestação em Atenas, desta vez, contra novo tributo imposto sobre as novas propriedades e os trabalhadores do setor de transportes

Em 19 de Outubro, houve greve geral no País, uma reação contra as várias medidas adotadas pelo Primeiro-Ministro, George Papandreou, envolvendo cortes orçamentários, visando a satisfazer aos credores estrangeiros, tendo em vista que ainda há risco de a Grécia deixar de honrar os compromissos financeiros com eles assumidos

Durante a greve, houve confrontos entre policiais e manifestantes, estimados em 80 mil, e incluíram prisões. O pacote aprovado pelo Parlamento abarca novos impostos, mais cortes de salários e aposentadorias e demissão de 30 mil servidores públicos

As más notícias na Grécia vêm refletindo no resto do mundo, por meio da queda das Bolsas e da alta do dólar.

Em 2 de Novembro, houve reunião do G-20, encabeçada pela França e Alemanha, além do FMI, Banco Central Europeu e outros líderes da União Europeia, em que se discutiu com a Grécia a necessidade do referendo que o Primeiro-Ministro Giorgos Papandreu quer convocar para saber se tem apoio popular para as medidas de contenção de despesa que vêm sendo implantadas no País. Os credores não aprovam a ideia, mesmo porque acabam de perdoar 50% da dívida do País.  Diante da pressão, Papandreu desistiu do referendo em 3 de Novembro.

Fonte: Terra